Transporte é tema de debates pelo terceiro dia consecutivo
Pelo terceiro dia seguido, os vereadores de Curitiba debateram a situação do transporte coletivo da cidade. Nesta quarta-feira (11), o vereador Valdemir Soares (PRB) leu em plenário o teor do projeto de lei 005.00019.2015, assinado por ele e outros quatro vereadores, que pede a destinação do Fundo Especial da Câmara (FEC) para os cofres do Executivo quando houver solicitação formal. O objetivo, dizem, seria custear gastos do subsídio dos ônibus e de despesas da Saúde, por exemplo (leia mais).
“O apelo popular já está indo da Assembleia Legislativa para a Prefeitura de Curitiba, por causa do preço da passagem”, disse Soares da tribuna, em tom de alerta. “Vamos ser coerentes. Se podemos mexer na lei do FEC? Não só podemos, mas necessitamos fazer isso. Todas as partes da administração pública têm que se mexer nessa busca incessante de soluções”, afirmou. Durante a sessão, a medida voltou a ser defendida também por Chico do Uberaba (PMN).
Pier Petruzziello (PTB), no entanto, disse que as pessoas esperam mais da Câmara Municipal que apenas “tapar buraco” ou ficar de “discursinho”. “Temos que levar o parlamento a sério e não aceitar falsos moralismos. Temos que debater de forma coerente, tomar atitudes”, rebateu o parlamentar. “Se a Prefeitura de Curitiba deve R$ 500 milhões, devolvermos R$ 40 milhões não resolve nada”, ponderou Petruzziello, emendando que “se a população não invadiu a Câmara é por que alguma coisa a gente tem feito a respeito dos problemas da cidade”.
A vereadora Professora Josete (PT) voltou a pedir que a planilha de custos seja revista, para retirar do valor o Imposto de Renda das empresas, o “lucro certo de 13%” e o fundo assistencial do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc). O projeto que autoriza uso do FEC pelo Executivo começou a tramitar nessa semana e ainda passará pelas comissões temáticas antes de ser analisado em plenário.
“Fora do ponto”
Os vereadores Chicarelli (PSDC) e Dirceu Moreira (PSL) apontaram que a recente determinação da Urbs, autorizando os passageiros a descerem “fora do ponto” após as 22 horas, “copia” o teor de projetos de lei em tramitação na Câmara Municipal. A proposição 005.00436.2013, de Chicarelli, que autoriza a parada “fora do ponto” a partir das 20 horas, está apta a ser votada em plenário desde dezembro de 2014.
“E o meu projeto que autoriza mulheres a descerem fora do ponto após as 22 horas está anexado ao do Chicarelli, pois começou a tramitar depois (005.00067.2014). Podíamos votar em plenário essas proposições, agora sem problemas com a Urbs, regulamentando em lei essa iniciativa”, convocou Dirceu Moreira.
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