Teste de glicemia pode virar procedimento padrão no SUS de Curitiba

por José Lázaro Jr. | Revisão: Ricardo Marques — publicado 10/07/2024 08h30, última modificação 09/07/2024 16h56
Além de medir pressão arterial, oxigenação e temperatura corporal, projeto de lei torna teste de glicemia um procedimento de rotina no SUS de Curitiba.
Teste de glicemia pode virar procedimento padrão no SUS de Curitiba

Unidades de saúde, públicas ou privadas, podem ser obrigadas a realizar teste de glicemia de rotina em seus pacientes. (Foto: José Lázaro Jr./CMC)

Quando um paciente for recebido em uma unidade do Sistema Único de Saúde (SUS) de Curitiba, além das tradicionais aferições da pressão arterial, oxigenação e temperatura corporal, ele terá que fazer um teste de glicemia. É o que determina um projeto de lei em tramitação na Câmara Municipal de Curitiba (CMC), que torna a medição do açúcar no sangue um procedimento obrigatório “em todas as pessoas que ingressarem nas referidas unidades de atendimento à saúde”.

No texto original, protocolado no dia 20 de junho, além das unidades do SUS, o teste de glicemia é exigido “nos atendimentos de hospitais, prontos-socorros, unidades de saúde da rede pública ou particular, juntamente com outros procedimentos médicos iniciais”. Durante a tramitação na CMC, as comissões poderão discutir o assunto com a Prefeitura de Curitiba e com a sociedade civil, por meio da realização de audiências públicas (005.00081.2024).

Para tornar obrigatória a realização do teste de glicemia, “para efeito de diagnóstico precoce e preventivo do diabetes”, o projeto de lei embasa a exigência nos princípios da universalidade, integralidade, prevenção, promoção da saúde, gratuidade, informação e eficiência. “O teste de glicemia capilar deve ser realizado de forma gratuita, exceto quando feito na rede particular”, estipula a iniciativa.

No momento, o projeto de lei está sob análise da Procuradoria Jurídica da CMC, cuja instrução prévia auxiliará a discussão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Se conseguir o aval da CCJ, a iniciativa passará por outras comissões temáticas do Legislativo antes de ir ao plenário da Câmara de Curitiba. A qualquer momento, antes da votação final, é permitido o protocolo de emendas para atualizar o texto em discussão entre os vereadores. O autor do projeto de lei é o vereador Nori Seto (PP).


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