Surto de esporotricose animal preocupa vereadores da Câmara de Curitiba
A ideia de criar uma ala isolada no futuro Hospital Veterinário de Curitiba para doenças contagiosas ganhou o apoio dos vereadores da capital do Paraná nesta segunda-feira (29). A sugestão foi trazida pela vereadora Giorgia Prates - Mandata Preta (PT), que alertou o plenário para um surto de esporotricose animal em regiões da cidade. “É uma micose que passa para as pessoas”, alertou a parlamentar. Rapidamente, Alexandre Leprevost (União) e Indiara Barbosa (Novo) pediram a palavra e apoiaram a sugestão, relatando terem recebido os mesmos alertas de cuidadores de animais.
A esporotricose é uma micose subcutânea causada pelo fungo do gênero Sporothrix, que está presente no solo, em madeira e nos vegetais, atingindo majoritariamente gatos domésticos. “Precisa conscientizar os tutores, especialmente aqueles que deixam seus gatos saírem às ruas”, cobrou Leprevost. “Há registros da doença em vários bairros da capital”, atestou Indiara Barbosa. Giorgia Prates apontou que, com uma ala separada, será possível controlar melhor os casos e talvez reduzir a incidência da esporotricose animal em Curitiba (205.00177.2024).
Os vereadores apoiaram outras duas sugestões da Mandata Preta relacionadas à defesa animal. Em uma delas, Giorgia Prates pede a ampliação do horário de funcionamento da Unidade de Resgate Animal, que hoje atende das 7h30 às 16h (205.00175.2024), e que, na visão da parlamentar, poderia ser um serviço 24 horas. “Muitos animais sofrem acidentes à noite e morrem por não terem quem possa socorrê-los”, disse. Na outra, pediu fiscalização do Executivo sobre clínicas veterinárias da cidade, que estariam utilizando analgésicos banidos pela Anvisa (205.00176.2024). “Essa medicação impede a movimentação do animal, mas ele continua sentindo dor”, protestou.
Obras no Capão da Imbuia e uso das calçadas pelo comércio são discutidas
“É possível conciliar, avançando com as obras públicas de infraestrutura, sem prejudicar a vida das pessoas que moram na região”, afirmou Marcos Vieira (PDT), ao pedir que a Prefeitura de Curitiba reveja os impactos da obra do novo Inter 2 no Capão da Imbuia. Ele relatou que entulhos são levados para um terreno na rua Araguaia, levando pó e danos às vias públicas pelo entra e sai de caminhões em alta velocidade. “O terreno não tem isolamento. Eu estive lá e vi que os relatos são verdadeiros, não tem isolamento, é um lote aberto. Não tem condição”, disse, cobrando atendimento com urgência (205.00171.2024).
Já Alexandre Leprevost (União) apresentou, e foram aprovadas, em votação simbólica, duas sugestões relacionadas ao comércio de rua da cidade de Curitiba. Na primeira, ele pede a revogação do artigo 7º do decreto municipal 675/2020, que impede a liberação do uso do recuo frontal por imóvel com duas ou mais subeconomias (205.00172.2024). “Se dois ou mais imóveis vizinhos podem fazer uso dos recuos, por que aqueles em regime de condomínio ou sublotes não podem?”, questionou o parlamentar.
Na outra indicação ao Executivo, Leprevost pede a modernização do decreto 1066/2006, que regulamenta a construção e padronização de calçadas em Curitiba. Para o vereador, a redação da norma deveria priorizar “a acessibilidade com padrões mais simples, econômicos e eficientes” (205.00173.2024). “Uma lei tão importante quanto essa não pode ficar sem atualização”, defendeu, criticando os modelos em uso atualmente, do petit-pavé ao paver, “que é irregular e causa trepidação, ruim para as pessoas que utilizam cadeira de rodas em Curitiba”.
Hoje também foi aprovada, sem debate, a requisição do vereador Pier Petruzziello (PP) para que o projeto Acesso Transporte passe a contemplar pessoas com deficiência que recebem até dois salários mínimos (205.00170.2024). As indicações aprovadas serão convertidas em ofícios e enviadas ao Executivo, que decidirá quais providências tomar.
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