Sugestões ao Executivo abordam motos no Samu e habitação para idosos
A Câmara Municipal de Curitiba discutiu e aprovou, na segunda parte da ordem do dia da sessão desta quarta-feira (20), duas indicações ao Poder Executivo. De Mauro Bobato (Pode), a sugestão é criar o programa Motos que Salvam, em que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) teria o apoio de motocicletas (203.00206.2019). De Edson do Parolin (PSDB), também em votação simbólica, a proposta é implantar programa habitacional para idosos, em parceria com o Governo do Paraná (203.00209.2019).
Mauro Bobato explicou que o Motos que Salvam é mote de projeto de lei de sua iniciativa, considerado inconstitucional pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), devido a vício de iniciativa (005.00192.2019). O colegiado então devolveu a matéria a seu gabinete, justamente com a indicação que fosse reapresentada na forma de sugestão à Prefeitura de Curitiba.
“Depois tive conversas com o Executivo, a Secretaria da Saúde. Já existia essa proposta em 2004, se não me engano. Qual seria o conceito? O atendimento mais efetivo, mais rápido”, explicou Bobato. A sugestão recebeu o apoio dos vereadores Rogério Campos (PSC) e Osias Moraes. “Temos problemas [à circulação de ambulâncias] nas canaletas do transporte coletivo, que são ciclistas que acabam usando de maneira errada”, disse o primeiro parlamentar.
“Eu e você moramos em bairros que não estão em torno dos eixos estruturantes. Não têm canaleta. O viaduto Pompeia ajudou a dinamizar, mas precisamos melhorar. Isso é um caminho que vai levar tempo. Vou conversar mais [com o Executivo, sobre a indicação]”, respondeu Bobato. Moraes lembrou que o trânsito muitas vezes “trava”, e que uma vida pode ser salva por uma questão de minutos.
Médica, a vereadora Maria Leticia (PV) se posicionou contra a matéria: “Acho que a gente tem que entender que a vai colocar em risco a equipe de saúde, a gente aumenta o risco do deslocamento da equipe de saúde. Sem falar que o atendimento não se faz apenas com as mãos. É necessário equipamento, que está dentro da ambulância”.
Habitação para idosos
“A gente que mora nos bairros da periferia, muitos idosos são judiados. Ficam cuidando de netos, têm baixa autoestima”, justificou Edson do Parolin, sobre a adesão de Curitiba ao programa Viver Mais Paraná, da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar). O projeto-piloto foi implantado em outubro, em Ponta Grossa.
A ideia é que os condomínios tenham toda a infraestrutura para os idosos, como moradias adaptadas, praça de convivência e atendimento ambulatorial, com aluguel mensal de 15% de um salário mínimo. “O programa de habitação está sendo considerado o maior do país para a terceira idade”, disse o autor. Pontuando a “grande parceria” ente o governador Ratinho Junior e o prefeito Rafael Greca, Parolin acrescentou: “Por que não fazer em Curitiba, para trazer mais qualidade de vida aos idosos?”.
“Trabalho muito com idosos”, citou Maria Manfron (PP), lembrando o debate sobre a implantação de um centro dia para essa população, em Curitiba. “[É importante] ver o idoso sendo cuidado, até resgatado de vulnerabilidade, tendo qualidade de vida, parabéns a nosso governador”, acrescentou Oscalino do Povo (Pode). Outra sugestão de Parolin, para a desafetação do trecho de uma rua, foi adiada a pedido do autor (201.00079.2019).
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