Sugestões à Prefeitura: debatidos pontos de ônibus e outros temas
Instalação de bancos nos pontos de ônibus, mudança no sistema de pagamento dos Armazéns da Família, preservação das ruas de paralelepípedos e sinal sonoro nos semáforos da cidade foram os temas debatidos nas quatro sugestões aprovadas nesta terça-feira (21), na segunda parte da ordem do dia. As proposições agora serão enviadas pela Câmara Municipal de Curitiba (CMC) ao Poder Executivo.
Das quatro indicações, a mais debatida pelos vereadores foi a indicação de ato administrativo ou de gestão referente ao transporte coletivo (203.00113.2018). A sugestão é para que todos os pontos de ônibus da cidade sejam equipados com bancos, com a justificativa de garantir o bem-estar dos usuários e atrair mais pagantes ao sistema.
“Todos vemos, principalmente nos bairros, pontos em que a própria população colocou o banquinho de madeira, para criar o mínimo de conforto. A gente também tem os chamados "bundódromos" [barra de apoio chamada tecnicamente de bundoril]”, afirmou o autor da indicação, vereador Goura (PDT). Para ele, é uma contradição os pontos de táxi terem bancos, mas não os de ônibus. “O conforto ao usuário tem que ser levado em consideração. A gente tem uma população idosa crescente.”
Segundo Chicarelli (DC), esta já era uma demanda na gestão passada. Ele e Bruno Pessuti (PSD) citaram o banco em formato de pinhão, sugerido recentemente por um designer para o mobiliário urbano de Curitiba, a exemplo dos pontos de ônibus. “A cidade civilizada concede a oportunidade de uma senhora de 80 anos esperar o ônibus sentada”, declarou Julieta Reis (DEM). Ela também falou sobre o uso dos abrigos por moradores de rua. Katia Dittrich (SD) alertou que itens colocados pela população como assento e sofás são incendiados.
Para Oscalino do Povo (Pode), deveria haver bancos nos abrigos de ônibus pelo menos em frente às unidades de saúde e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Autora de projeto de lei que dispunha sobre o tema, arquivado devido ao final da legislatura, em 2013, Professora Josete (PT) comentou o contrato com a Clear Channel (005.00125.2011). Na avaliação de Helio Wirbiski (PPS), projetos para novos abrigos, bancos e estações-tubos poderiam ser contratos via concursos de arquiteturas, mote de discussão em audiência pública da Comissão de Urbanismo, Obras Públicas e TI (saiba mais). Por fim, Rogério Campos (PSC) avaliou que os atuais mobiliários dificultam a acessibilidade.
Armazéns da Família
A prefeitura também receberá sugestão de ato administrativo ou de gestão para que os Armazéns da Família substituam o pagamento em dinheiro por um cartão pré-pago, nos mesmos moldes do cartão-transporte, ou de outra modalidade, como o de crédito (203.00114.2018). A circulação de menos dinheiro nesses equipamentos públicos, aponta a proposição, seria mais segura. A indicação é assinada pela Comissão Executiva da CMC – formada pelo presidente, Serginho do Posto (PSDB), e o primeiro e o segundo-secretários, respectivamente Bruno Pessuti e Mauro Ignácio (PSB).
“O efetivo [da guarda municipal] precisou ser transferido para uma ação mais efetiva nas ruas. Nesse sentido a prefeitura modificou o sistema de monitoramento. A guarda vai até os espaços diariamente, porém não fica estática como era”, justificou Serginho. O presidente apontou que a mudança traria mais controle sobre as vendas, conforto ao usuário e segurança aos servidores e frequentadores.
Participaram do debate, em apoio à iniciativa, os vereadores Pessuti e Maria Manfron (PP), para quem a alteração traria ganho em termos de segurança. Já Rogério Campos avaliou que uma eventual mudança no sistema de pagamento nos Armazéns da Família “deveria ser feita de maneira gradativa, para não gerar impacto”. O vereador afirmou que agora, com menos dinheiro em circulação nos ônibus, devido à ampliação do pagamento com cartão-transporte, estão ocorrendo arrastões contra usuários do sistema.
Mais sugestões
Outra indicação ao Executivo acatada pelo plenário nesta terça propõe que a administração municipal crie projetos e políticas públicas de preservação às ruas de paralelepípedos da capital (201.00071.2018). Segundo o autor, Goura, seu mandato realizou ao longo de julho um inventário das condições dessas ruas, em parceria com um grupo de acadêmicos de Arquitetura e Urbanismo, estudo que poderia embasar o trabalho da Prefeitura de Curitiba.
“A gente fez esse mapeamento a partir do mapa do Ippuc [Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba]. A maior parte [das vias] foi da Regional Matriz”, disse o autor. Apresentado também ao Conselho Municipal de Patrimônio Histórico, o estudo identifica outras características das ruas, como presença de Unidades de Interesse de Conservação (UIPs) e a arborização. “O paralelepípedo tem diversos benefícios à cidade. Ambientais, pela permeabilidade da água da chuva. A preservação do conjunto histórico e também a questão da segurança viária, pelo acalmamento natural do tráfego.”
No debate da proposição, Mauro Ignácio citou as ruas de paralelepípedo do setor gastronômico de Santa Felicidade e defendeu que a prefeitura “já tem essa preocupação [de preservar as vias]”. “Precisamos criar políticas públicas de Estado, independentemente de administrações que se renovem”, comentou Professora Josete.
Já para a acessibilidade das pessoas com deficiência visual, o plenário aprovou uma sugestão de ato administrativo ou de gestão que propõe a adaptação dos semáforos da cidade, por meio de sinal sonoro (203.00111.2018). A medida, segundo a indicação à prefeitura, poderia ser implantada principalmente nas áreas de grande circulação.
“[A ideia] vem no sentido de nós ampliarmos a acessibilidade dos deficientes visuais, que é uma população de quase 15 mil pessoas em Curitiba”, disse o autor, Osias Moraes (PRB). Em 2015, de acordo com ele, foram instalados na cidade dois semáforos com sinal sonoro, mas o projeto “não se ampliou, não se sabe se teve efetividade e se podem ser instalados em mais locais”.
Das quatro indicações, a mais debatida pelos vereadores foi a indicação de ato administrativo ou de gestão referente ao transporte coletivo (203.00113.2018). A sugestão é para que todos os pontos de ônibus da cidade sejam equipados com bancos, com a justificativa de garantir o bem-estar dos usuários e atrair mais pagantes ao sistema.
“Todos vemos, principalmente nos bairros, pontos em que a própria população colocou o banquinho de madeira, para criar o mínimo de conforto. A gente também tem os chamados "bundódromos" [barra de apoio chamada tecnicamente de bundoril]”, afirmou o autor da indicação, vereador Goura (PDT). Para ele, é uma contradição os pontos de táxi terem bancos, mas não os de ônibus. “O conforto ao usuário tem que ser levado em consideração. A gente tem uma população idosa crescente.”
Segundo Chicarelli (DC), esta já era uma demanda na gestão passada. Ele e Bruno Pessuti (PSD) citaram o banco em formato de pinhão, sugerido recentemente por um designer para o mobiliário urbano de Curitiba, a exemplo dos pontos de ônibus. “A cidade civilizada concede a oportunidade de uma senhora de 80 anos esperar o ônibus sentada”, declarou Julieta Reis (DEM). Ela também falou sobre o uso dos abrigos por moradores de rua. Katia Dittrich (SD) alertou que itens colocados pela população como assento e sofás são incendiados.
Para Oscalino do Povo (Pode), deveria haver bancos nos abrigos de ônibus pelo menos em frente às unidades de saúde e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Autora de projeto de lei que dispunha sobre o tema, arquivado devido ao final da legislatura, em 2013, Professora Josete (PT) comentou o contrato com a Clear Channel (005.00125.2011). Na avaliação de Helio Wirbiski (PPS), projetos para novos abrigos, bancos e estações-tubos poderiam ser contratos via concursos de arquiteturas, mote de discussão em audiência pública da Comissão de Urbanismo, Obras Públicas e TI (saiba mais). Por fim, Rogério Campos (PSC) avaliou que os atuais mobiliários dificultam a acessibilidade.
Armazéns da Família
A prefeitura também receberá sugestão de ato administrativo ou de gestão para que os Armazéns da Família substituam o pagamento em dinheiro por um cartão pré-pago, nos mesmos moldes do cartão-transporte, ou de outra modalidade, como o de crédito (203.00114.2018). A circulação de menos dinheiro nesses equipamentos públicos, aponta a proposição, seria mais segura. A indicação é assinada pela Comissão Executiva da CMC – formada pelo presidente, Serginho do Posto (PSDB), e o primeiro e o segundo-secretários, respectivamente Bruno Pessuti e Mauro Ignácio (PSB).
“O efetivo [da guarda municipal] precisou ser transferido para uma ação mais efetiva nas ruas. Nesse sentido a prefeitura modificou o sistema de monitoramento. A guarda vai até os espaços diariamente, porém não fica estática como era”, justificou Serginho. O presidente apontou que a mudança traria mais controle sobre as vendas, conforto ao usuário e segurança aos servidores e frequentadores.
Participaram do debate, em apoio à iniciativa, os vereadores Pessuti e Maria Manfron (PP), para quem a alteração traria ganho em termos de segurança. Já Rogério Campos avaliou que uma eventual mudança no sistema de pagamento nos Armazéns da Família “deveria ser feita de maneira gradativa, para não gerar impacto”. O vereador afirmou que agora, com menos dinheiro em circulação nos ônibus, devido à ampliação do pagamento com cartão-transporte, estão ocorrendo arrastões contra usuários do sistema.
Mais sugestões
Outra indicação ao Executivo acatada pelo plenário nesta terça propõe que a administração municipal crie projetos e políticas públicas de preservação às ruas de paralelepípedos da capital (201.00071.2018). Segundo o autor, Goura, seu mandato realizou ao longo de julho um inventário das condições dessas ruas, em parceria com um grupo de acadêmicos de Arquitetura e Urbanismo, estudo que poderia embasar o trabalho da Prefeitura de Curitiba.
“A gente fez esse mapeamento a partir do mapa do Ippuc [Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba]. A maior parte [das vias] foi da Regional Matriz”, disse o autor. Apresentado também ao Conselho Municipal de Patrimônio Histórico, o estudo identifica outras características das ruas, como presença de Unidades de Interesse de Conservação (UIPs) e a arborização. “O paralelepípedo tem diversos benefícios à cidade. Ambientais, pela permeabilidade da água da chuva. A preservação do conjunto histórico e também a questão da segurança viária, pelo acalmamento natural do tráfego.”
No debate da proposição, Mauro Ignácio citou as ruas de paralelepípedo do setor gastronômico de Santa Felicidade e defendeu que a prefeitura “já tem essa preocupação [de preservar as vias]”. “Precisamos criar políticas públicas de Estado, independentemente de administrações que se renovem”, comentou Professora Josete.
Já para a acessibilidade das pessoas com deficiência visual, o plenário aprovou uma sugestão de ato administrativo ou de gestão que propõe a adaptação dos semáforos da cidade, por meio de sinal sonoro (203.00111.2018). A medida, segundo a indicação à prefeitura, poderia ser implantada principalmente nas áreas de grande circulação.
“[A ideia] vem no sentido de nós ampliarmos a acessibilidade dos deficientes visuais, que é uma população de quase 15 mil pessoas em Curitiba”, disse o autor, Osias Moraes (PRB). Em 2015, de acordo com ele, foram instalados na cidade dois semáforos com sinal sonoro, mas o projeto “não se ampliou, não se sabe se teve efetividade e se podem ser instalados em mais locais”.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba