Subsídio afeta transporte intermunicipal, diz presidente da Urbs

por Assessoria Comunicação publicado 05/03/2013 15h15, última modificação 13/09/2021 09h32

O debate sobre o reajuste da tarifa do transporte coletivo na capital norteou visita do presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), Roberto Gregório da Silva Junior, à Câmara Municipal, na sessão desta terça-feira (5). Ele disse que não considera esgotadas as negociações junto ao governo estadual e a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) sobre a manutenção, após 7 de maio, do subsídio à prefeitura.

Segundo Gregório, o convênio não possui apenas papel financeiro, mas também institucional. O presidente da Urbs explicou que o subsídio permite à empresa a atuação no transporte intermunicipal, integrando a cidade à região metropolitana. Ele destacou que a “ênfase à questão tarifária” passa por estudos em uma comissão constituída pelo prefeito Gustavo Fruet, com a participação da Promotoria de Defesa do Consumidor e do vereador Jorge Bernardi (PDT), indicado pela Câmara, dentre outros segmentos.

Em audiência pública no último dia 22, a Urbs calculou que o valor técnico da passagem, que hoje é de R$ 2,90, seja reajustado para R$ 3,05. A tarifa paga atualmente pelo usuário é R$ 2,60. A diferença, R$ 0,30, é subsidiada pelo governo do estado. A passagem domingueira, de R$ 1, que mantém o preço há oito anos, também deve ser reavaliada, pela “oneração” aos usuários dos dias de semana. O representante do Executivo apontou, ainda, a mediação assumida pela Urbs entre as concessionárias do transporte coletivo e os trabalhadores do setor.  

Prejuízos acumulados

O presidente da Urbs disse que os prejuízos acumulados podem chegar a R$ 100 milhões, ao longo dos últimos dez anos. Ele anunciou a conclusão, até o fim do mês, de uma reestruturação organizacional, que pode levar, por exemplo, à extinção de diretorias. A folha de pagamento corresponde, atualmente, a cerca de 80% das despesas da instituição. Também está prevista a instalação de auditoria interna.

Gregório salientou que as ações em desenvolvimento na Urbs estão sendo pautadas pelos conceitos de inovação, qualidade e sustentabilidade. Ele admite que as soluções para problemas do transporte coletivo tendem a se esgotar, e que é necessário novo modelo, com opções integradas. O sistema possui a média mensal de 25,74 milhões de passageiros, número que inclui os usuários isentos da tarifa.

Ações

O convite para a participação de Gregório na sessão foi apresentado pela Mesa Diretora da Casa. O presidente da Câmara de Curitiba, Paulo Salamuni (PV), pediu à Comissão de Serviço Público a promoção de seminário para aprofundar questões referentes à Urbs. Para Gregório, pode ser realizado encontro geral e, em seguida, discussões temáticas. O líder do prefeito, Pedro Paulo (PT), destacou a necessidade de Curitiba criar políticas públicas voltadas ao transporte público, que “façam jus” à capital. Outros 21 vereadores participaram do debate.