Solenidade marca os 120 anos da imigração judaica

por Assessoria Comunicação publicado 23/06/2009 15h15, última modificação 24/06/2021 09h35
Os 120 anos da imigração judaica no Paraná foram lembrados, na noite desta segunda-feira (22), na Câmara de Curitiba. Em sessão solene proposta pelo presidente da Casa, vereador João Cláudio Derosso (PSDB), o presidente da Federação Israelita do Paraná, professor Manoel Knopholz, e a presidente da Kehilá, Ester Proveler, receberam diploma em reconhecimento à contribuição dos imigrantes ao Estado. Ao fazer a saudação, Derosso destacou a importância e a transformação ocorrida com a vinda dos judeus. “A chegada de imigrantes definiu o traçado de Curitiba, quando um novo ritmo de crescimento foi conferido, marcando hábitos e costumes locais.”
Na tribuna da Casa, Derosso traçou um paralelo entre a consolidação do espaço urbano da cidade e a chegada dos primeiros imigrantes, período em que Curitiba ganhava também seu primeiro parque, o Passeio Público. “Foi à época da transformação”, enfatizou, destacando a contribuição dos imigrantes ao desenvolvimento. “Caminhavam juntos, inicialmente no comércio, depois na indústria e na formação de profissionais liberais. Foi fundamental a colaboração que prestaram à cidade nestas 12 décadas.” Citou, ainda, importantes nomes da comunidade judaica, entre eles Saul Raiz e Jaime Lerner, ambos ex-prefeitos de Curitiba, “exemplos a serem seguidos.”
Para o plenário repleto de descendentes de judeus, Knopholz agradeceu a homenagem sintetizando a história dos imigrantes desde a chegada ao Paraná, em 1889, até os dias de hoje. Para o professor, o bom relacionamento entre os povos é resposta de um pacto digno, fundamentado no respeito, integração, comunhão de propósitos e edificação partilhada de uma emergente sociedade para todos.
Entre fatos históricos relevantes, Knopholz destacou a fundação da União Israelita do Paraná, em 1913, que foi a primeira manifestação de uma estrutura comunitária fomal. Além de Lerner e Saul Raiz, fez questão de destacar, entre outros nomes, o de Max Rosemmann, “um exemplo direito da decência de uma das primeiras famílias imigrantes.”