Solenidade marca 140 anos da imigração polonesa
A trajetória de luta pela liberdade, defesa da família e da fé dos imigrantes poloneses foi o tema principal de reflexão durante sessão solene em homenagem aos 140 anos da imigração polonesa no Brasil, realizada na Câmara de Curitiba, nesta sexta-feira (26). A iniciativa foi do vereador Tito Zeglin (PDT), que presidiu a solenidade.
Na saudação oficial aos homenageados, Zeglin ressaltou a influência da cultura polonesa no Paraná. “Nos costumes, artesanato, arquitetura, literatura”, enumerou, citando poema do escritor paranaense Paulo Leminski, descendente de poloneses. “Também devido à atuação de clérigos, intelectuais, comerciantes e da maioria camponesa”, acrescentou. O parlamentar ainda falou sobre a chegada das primeiras 32 famílias de imigrantes em Curitiba, em 1871, vindas de Brusque, Santa Catarina, primeira cidade brasileira a receber poloneses no Brasil, em 1869.
O presidente da Representação Central da Comunidade Brasileiro-Polonesa no Brasil - Braspol, Rizio Wachowicz, utilizando o termo “polônicos” para designar os brasileiros descendentes de poloneses, apresentou pontos relevantes na história da imigração, destacando que, dos 150 a 200 mil imigrantes iniciais, hoje o número de descendentes se aproxima a 2 milhões, de acordo com as estatísticas oficiais. “Valeu a pena”, refletiu Wachowicz, comentando sobre a história sofrida do povo polonês, questão também abordada por Marian Kurzak, presidente da Sociedade União Juventus, em seu pronunciamento.
Identidade
A cônsul geral da Polônia, Dorotta Joanna Barys, destacou que, à época da chegada dos imigrantes, a Polônia ainda estava com seus territórios ocupados pelos exércitos da Prússia, Rússia e Áustria. “A Polônia passou muito tempo sem identidade política”, observou, lembrando fatos como a ampla participação de soldados “polônicos” na Força Expedicionária Brasileira, que combateu as potências do Eixo na Segunda Guerra Mundial, e que no Brasil está a terceira maior comunidade de descendentes de poloneses no mundo.
Dom Ladislau Bienarski, bispo da Diocese de São José dos Pinhais, destacou a importância da influência cultural dos polônicos. “A habilidade dos polônicos com a agricultura pode ser vista na cidade de São José dos Pinhais, cuja área rural é muito produtiva e tem uma ampla variedade de espécies sendo cultivadas.”
Congregações eclesiásticas, instituições representativas e grupos folclóricos receberam homenagens, dentre eles a Associação dos Ex-combatentes Poloneses, a Braspol, o Conjunto de Canto e Dança Junak, a Congregação dos Padres Marianos, a Congregação das Irmãs Franciscanas da Sagrada Família.
Compondo a mesa, estavam Zeglin, Dorotta Barys, José Gorski, representando o prefeito Beto Richa; os desembargadores Márcio Dionízio Gapski e João Kopitowski, que representava o Tribunal de Justiça do Paraná; o professor Carlos José de Mesquita Siqueira, representando o reitor da Universidade Federal do Paraná, Zaki Akel Sobrinho, Dom Ladislau Bienarski, Leopoldo Sokolowski, da Sociedade União Juventus, e o vereador Tico Kuzma. O vereador Professor Galdino (sem partido), e o cônsul honorário do Senegal, Ozeil Moura dos Santos, também participaram da sessão solene.
Evidenciando o profundo vínculo do povo polonês com a fé católica, ao fim da solenidade foi apresentado um vídeo sobre a passagem do papa João Paulo II no Brasil em 1980, no qual se destacou o caráter da visita a Curitiba devido ao laços emocionais do pontífice com a comunidade de descendentes de poloneses.
Após a sessão solene, obras de artistas de origem polonesa foram apresentadas no auditório do Anexo II da Câmara Municipal de Curitiba.
Na saudação oficial aos homenageados, Zeglin ressaltou a influência da cultura polonesa no Paraná. “Nos costumes, artesanato, arquitetura, literatura”, enumerou, citando poema do escritor paranaense Paulo Leminski, descendente de poloneses. “Também devido à atuação de clérigos, intelectuais, comerciantes e da maioria camponesa”, acrescentou. O parlamentar ainda falou sobre a chegada das primeiras 32 famílias de imigrantes em Curitiba, em 1871, vindas de Brusque, Santa Catarina, primeira cidade brasileira a receber poloneses no Brasil, em 1869.
O presidente da Representação Central da Comunidade Brasileiro-Polonesa no Brasil - Braspol, Rizio Wachowicz, utilizando o termo “polônicos” para designar os brasileiros descendentes de poloneses, apresentou pontos relevantes na história da imigração, destacando que, dos 150 a 200 mil imigrantes iniciais, hoje o número de descendentes se aproxima a 2 milhões, de acordo com as estatísticas oficiais. “Valeu a pena”, refletiu Wachowicz, comentando sobre a história sofrida do povo polonês, questão também abordada por Marian Kurzak, presidente da Sociedade União Juventus, em seu pronunciamento.
Identidade
A cônsul geral da Polônia, Dorotta Joanna Barys, destacou que, à época da chegada dos imigrantes, a Polônia ainda estava com seus territórios ocupados pelos exércitos da Prússia, Rússia e Áustria. “A Polônia passou muito tempo sem identidade política”, observou, lembrando fatos como a ampla participação de soldados “polônicos” na Força Expedicionária Brasileira, que combateu as potências do Eixo na Segunda Guerra Mundial, e que no Brasil está a terceira maior comunidade de descendentes de poloneses no mundo.
Dom Ladislau Bienarski, bispo da Diocese de São José dos Pinhais, destacou a importância da influência cultural dos polônicos. “A habilidade dos polônicos com a agricultura pode ser vista na cidade de São José dos Pinhais, cuja área rural é muito produtiva e tem uma ampla variedade de espécies sendo cultivadas.”
Congregações eclesiásticas, instituições representativas e grupos folclóricos receberam homenagens, dentre eles a Associação dos Ex-combatentes Poloneses, a Braspol, o Conjunto de Canto e Dança Junak, a Congregação dos Padres Marianos, a Congregação das Irmãs Franciscanas da Sagrada Família.
Compondo a mesa, estavam Zeglin, Dorotta Barys, José Gorski, representando o prefeito Beto Richa; os desembargadores Márcio Dionízio Gapski e João Kopitowski, que representava o Tribunal de Justiça do Paraná; o professor Carlos José de Mesquita Siqueira, representando o reitor da Universidade Federal do Paraná, Zaki Akel Sobrinho, Dom Ladislau Bienarski, Leopoldo Sokolowski, da Sociedade União Juventus, e o vereador Tico Kuzma. O vereador Professor Galdino (sem partido), e o cônsul honorário do Senegal, Ozeil Moura dos Santos, também participaram da sessão solene.
Evidenciando o profundo vínculo do povo polonês com a fé católica, ao fim da solenidade foi apresentado um vídeo sobre a passagem do papa João Paulo II no Brasil em 1980, no qual se destacou o caráter da visita a Curitiba devido ao laços emocionais do pontífice com a comunidade de descendentes de poloneses.
Após a sessão solene, obras de artistas de origem polonesa foram apresentadas no auditório do Anexo II da Câmara Municipal de Curitiba.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba