"Só 3 ou 4 vereadores não têm orgulho da cidade", diz Salamuni

por Assessoria Comunicação publicado 29/03/2016 13h50, última modificação 06/10/2021 08h14

No dia do aniversário de 323 anos de Curitiba, o líder do prefeito na Câmara Municipal, Paulo Salamuni (PV), “subiu o tom” ao responder críticas de Chico do Uberaba (PMN) à gestão Gustavo Fruet. “Só 3 ou 4 vereadores não têm orgulho da cidade”, disse o parlamentar, após citar diversos prêmios internacionais conquistados pela capital paranaense desde 2013. Antes disso, Chico do Uberaba havia cobrado mais obras, classificado de “pífio” o trabalho da prefeitura e reclamado da demora no pagamento das emendas parlamentares.

Uberaba apontou como argumento o fato de, no aniversário da cidade, sindicatos de servidores públicos participarem da sessão plenária para cobrar reposição salarial e mais contratações (leia mais). Falando para Dirceu Moreira (PSL), o parlamentar defendeu que nas gestões anteriores a prefeitura era melhor: “Você sabe, pois foi vereador na legislatura passada, que no mês de aniversário de Curitiba a agenda [de eventos] estava lotada”. “Eu não vou puxar saco de prefeito que faz trabalho pífio na cidade”, completou Chico, ora responsabilizando o gestor, ora dizendo que a equipe da administração municipal era a culpada.

Antes desse comentário, Toninho da Farmácia (PDT) e Dirceu Moreira tinham defendido a gestão de Gustavo Fruet. Ambos atuam na Região Sul de Curitiba e afirmaram manter bom relacionamento com a prefeitura, o que teria resultado em obras para a comunidade. “Enquanto outros só enxergam os espinhos quando estão num jardim, eu tenho procurado ver as rosas. Lógico que não é um mar de rosas, mas eu parabenizo o prefeito. Curitiba é uma cidade grande, com grandes desafios”, argumentou.

“A minha parte eu estou fazendo”, argumentou Toninho da Farmácia, cobrando que os vereadores levem os problemas que encontram ao Executivo. Serginho do Posto (PSDB) seguiu na mesma linha: “A cidade de Curitiba me dá orgulho, como dá orgulho a todos os curitibanos. A cidade está em construção, não está pronta. Daí haver um Legislativo que contribua para esse desenvolvimento”. Chico do Uberaba optou por brincar, dizendo que esses comentários seriam do “fã-clube do Gustavo Fruet”.

“Ninguém deve apequenar Curitiba ou falar com segundas intenções do povo e da cidade”, rebateu Salamuni. Elogiando a ausência de denúncias contra a gestão do prefeito por corrupção, o líder do Executivo na Câmara Municipal disse ser uma honra ocupar o cargo. “Estamos em dia com as nossas obrigações. Fruet assumiu em condições adversas, mas conseguiu manter a chama da cidade acesa”, disse Salamuni. Ainda no início da sessão plenária, Carla Pimentel (PSC) destacou ser importante lembrar dos avanços que a cidade teve. Já o Professor Galdino (PSDB) falou que a população não tem o que comemorar nos 323 anos da capital paranaense.

Jorge Bernardi (Rede) também tratou do assunto. Ele elogiou os fundadores de Curitiba “e todos que nestes três séculos passaram por aqui”, mas fez críticas à Fundação de Ação Social (FAS), devido às declarações da presidente da entidade, Márcia Fruet, sobre a morte de uma mulher em situação de rua, na praça Osório. Ex-PDT, o vereador disse que “em vez de acusar indiretamente toda a população, [a FAS] deveria ter ação afirmativa, como muitas igrejas e entidades beneficentes fazem”. Bernardi não gostou de Márcia ter dito que o homicídio foi uma “ação higienista” – sem especificar de quem. “Enquanto houver uma pessoa na rua, nós estamos falhando”, defendeu.