O Dia Estadual do Rio, em vigor desde 1995, foi lembrado em plenário nesta terça-feira (24), na Câmara de Curitiba, pelo vereador Francisco Garcez (PSDB). A questão das enchentes e a Comissão Especial da Água, que preside, assim como a poluição dos rios e as moradias irregulares, foram alguns dos temas abordados pelos parlamentares.
“O uso irracional e a poluição de fontes importantes, como nascentes, mananciais, rios e lagos, poderão ocasionar a falta de água doce a curtíssimo prazo”, disse Garcez, comentando sobre o trabalho da Comissão da Água, que tem ouvido universidades, comunidade científica e a população de Curitiba e região metropolitana. Recentemente, a CE recebeu o diretor de Recursos Humanos e Saneamento da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, José Tadeu Weidlich Motta, que reafirmou que muitos rios de Curitiba estão recebendo esgoto clandestino. Amplo programa de regularização destas ligações de esgoto, segundo Garcez, ajudaria para que a cidade revitalizasse seus rios em pouco tempo.
O programa Viva Barigui, que trata da revitalização do Rio Barigui, irá receber melhorias nesta primeira etapa por ser uma bacia eminentemente urbana e que sofre todo tipo de poluição. O rio corta a cidade, nascendo em Almirante Tamandaré, passando por vários parques de Curitiba e terminando em Araucária. Entre as ações, Garcez adiantou que estão recursos para investimentos em obras de infraestrutura, ações de fiscalização e de educação ambiental, buscando o envolvimento da população na revitalização.
Membro da CE da Água, o vereador Caíque Ferrante (PRP) também lembrou a data alusiva aos rios e falou sobre a preocupação do grupo com o tema. Para ele, “falar da situação dos rios que cortam a cidade é retomar a velha cantilena da necessidade de atuação ecológica e preservacionista”, disse.  Na opinião de Ferrante, está faltando consciência de que as ações dependem da própria população em não jogar lixo nos rios, caliça nas margens e ou utilizar rede de esgoto clandestina. O vereador Jair Cézar (PSDB) também utilizou a tribuna para criticar tal tipo de comportamento da população, que contribui com o aumento do nível dos rios e com a impermeabilidade do solo.
O vereador Jonny Stica (PT) adiantou que a bancada propõe a criação de um plano diretor de drenagem, com custo de R$ 2,5 milhões, prevendo o projeto para o  escoamento da água da cidade em dias críticos.
Comissão
A próxima reunião da CE da Água, marcada para esta quinta-feira (26), às 14h, no plenário, deve abordar os rios da cidade e o sistema de limpeza e dragagem. Os vereadores irão receber o diretor interino do Departamento de Pontes e Drenagem da Secretaria Municipal de Obras Públicas, Djalma Mendes dos Santos.