Situação da Saúde Mental será debatida no Legislativo dia 27

por Assessoria Comunicação publicado 12/11/2018 11h45, última modificação 29/10/2021 09h06

No dia 27 de novembro, a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) receberá a coordenadora da Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Flávia Adachi, para explicar aos vereadores como continuará o atendimento à população com a possibilidade de fim do convênio da prefeitura com o hospital psiquiátrico Hélio Rotenberg.

Dos 239 leitos disponíveis hoje para atendimento psiquiátrico, 143 são ofertados pela instituição – 60% do total. A vinda de Flávia Adachi era solicitada pela oposição. O requerimento (063.00006.2018), assinado por diversos vereadores, foi protocolado pelo mandato da Professora Joste (PT).

Hoje o pedido de convocação da servidora da SMS seria votado pelo plenário, mas foi retirado em virtude do compromisso da liderança do prefeito em trazer o debate sobre a saúde mental ao plenário. “No dia 27, com certeza, a doutora estará aqui para explicar”, disse Sabino Picolo (DEM), vice-líder do Executivo na CMC.

Quatro circunstâncias eram levantadas pela oposição no requerimento. Além da perda dos leitos do hospital psiquiátrico Hélio Rotenberg, havia dúvidas sobre a tentativa não confirmada de implantar um Centro de Atendimento Psiquiátrico na UPA Pinheirinho (leia mais). Também eram solicitadas informações sobre os custos gerais do tratamento psiquiátrico e se há planejamento para que a intenção de implantar um centro psiquiátrico seja mantida.

“O hospital Hélio Rotenberg encerrou o convênio com Curitiba em relação aos 143 leitos de atendimento psiquiátrico. Isso nos traz uma preocupação muito grande. Vimos ações da administração [em relação à UPA Pinheirinho] que agora entendemos o porquê. Devia ter relação com esse encerramento de convênio”, disse Josete.

A vereadora disse que, na opinião dela, esse centro para atendimentos emergenciais, “não supre a necessidade de internamentos de média e longa duração”. “Temos dúvidas sobre qual seria de fato a função do centro, se os CAPs [Centros de Atenção Psicossocial] atendem esse tipo de situação”, continuou Professora Josete.

Para Noemia Rocha (MDB), a situação é preocupante, “pois quando tínhamos 239 leitos já havia deficit”. “A cidade de Curitiba precisa pensar no cuidado com a saúde mental. Por exemplo, o número das pessoas em situação de rua tem aumentado. E não são mais uma ou outra, são famílias inteiras na rua”, comentou. Chicarelli (DC) adiantou que o fechamento dos leitos “é por questões privadas”. “Vão mudar o ramo de atendimento”, disse.