Sinduscon propõe mudanças na Lei de Zoneamento

por Assessoria Comunicação publicado 09/07/2009 18h55, última modificação 24/06/2021 10h42

“Temos de criar condições para que Curitiba seja de todos os curitibanos e não de apenas alguns deles.” A declaração é de Ubiraita Antonio Dresch, vice-presidente administrativo do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Paraná (Sinduscon-PR), que foi recebido pela Comissão de Urbanismo e Obras Públicas da Câmara de Curitiba para debater possíveis mudanças na Lei de Zoneamento do Município. Com ele vieram João Guido de Castro Campêlo e Waldemar Trotta Júnior, diretor executivo e vice-presidente financeiro da entidade, respectivamente.
Dresch tratou de questões relativas às normas técnicas para construção de residências e conjuntos residenciais, planejamento urbano e procedimentos administrativos para viabilização e regulamentação de construções. As principais mudanças que o Sinduscon sugere na Lei de Zoneamento e Uso do Solo estão ligadas às zonas residenciais: permitir em áreas onde ainda não é autorizada (as chamadas ZR-1 e ZHIS)  a construção de blocos e condomínios residenciais de até quatro pavimentos, além de estudar a mudança de categorias de algumas áreas (ZR-1 em ZR-2), para que seja liberada a construção de sobrados e edificações de até dois pavimentos. “Desta forma, geramos maior adensamento demográfico, aproveitando melhor os espaços e a estrutura de bairros”, afirmou Ubiraita Dresch.
O vereador Omar Sabbag Filho (PSDB), que, a partir de reunião anterior com os técnicos do Sinduscon, propôs os encontro dos profissionais da construção civil com a Comissão de Urbanismo, afirmou considerar oportunas as sugestões e o debate das ideias, para que se tornem medidas concretas. “Fazendo um uso mais inteligente das áreas de nossa cidade, visando o interesse das várias faixas de renda, podemos estimular a construção civil, gerando um círculo virtuoso de aquecimento da economia, na qual todos ganham”, declarou, solicitando aos membros do sindicato o envio de uma proposta alterando a lei, para ser apresentada e examinada pelos parlamentares da Casa.
“Mudanças rápidas ocorreram em Curitiba na última década e, de fato, se fazem necessários ajustes na lei, para que o crescimento ordenado e a qualidade de vida, além dos cuidados estéticos com a cidade, sejam protegidos”, afirmou Julieta Reis (DEM).
A vereadora salientou a necessidade de descentralizar as decisões sobre as diretrizes de desenvolvimento urbano da cidade. Sabbag Filho, no mesmo sentido, afirmou que este é um dos principais papéis da Câmara de Vereadores, atuação que faz parte da trajetória política e do desenvolvimento planejado da cidade.
A Comissão de Urbanismo e Obras Públicas é presidida pelo vereador Tico Kuzma (PSB). Também a integram, além de Kuzma, Julieta Reis e Sabbag Filho, os vereadores Jonny Stica (PT) e Felipe Braga Côrtes (PSDB).