Sindicato alerta sobre violência contra jornalistas

por Assessoria Comunicação publicado 07/04/2008 18h30, última modificação 21/06/2021 08h59
O diretor de Defesa Corporativa do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná, Márcio Rodrigues,  esteve na Câmara de Curitiba, nesta segunda-feira (7), para fazer um manifesto contra agressões sofridas por profissionais de imprensa no mês passado, enquanto cumpriam seus deveres profissionais.  Na data em que se comemora nacionalmente o Dia do Jornalista, Rodrigues lembrou que a imprensa é fundamental para que a democracia seja garantida a todos. O espaço na Casa foi solicitado e autorizado pelo presidente, vereador João Cláudio Derosso (PSDB).
O líder do prefeito e comunicador, vereador Mario Celso Cunha (PSB), saudou a categoria na tribuna da Casa, reforçando a importância da liberdade de atuação garantida legalmente aos jornalistas e lamentando o episódio de agressão recentemente ocorrido no Estado. Em março, uma equipe de reportagem da Rede Independência de Comunicação foi agredida em Almirante Tamandaré, Região Metropolitana de Curitiba, quando fazia uma reportagem que envolvia a administração municipal em questão.
“Uma das funções do jornalista é exatamente o contrário: denunciar as mazelas que ocorrem na sociedade, para que, por meio da ciência dos fatos, possamos fazer valer os direitos dos cidadãos”, disse Rodrigues, considerando que o pior detalhe da situação está no fato da agressão ter partido de um agente da Polícia Militar, “que deveria preservar a lei e promover a ordem.” O jornalista apresentou dados sobre este tipo de violência no Paraná, que ocupa o terceiro lugar no ranking entre os Estados nos crimes contra a imprensa.
No ano passado, foram registrados 51 atos de violência contra jornalistas no Brasil. De acordo com Rodrigues, dois foram assassinados, um teve sigilo de fonte desrespeitado, três foram detidos e torturados, quatro sofreram atentados, cinco receberam ameaças, dezoito foram agredidos de forma física ou verbal e outros dezoito sofreram censura ou assédio judicial. “Destes casos, 14 tiveram como autores policiais federais, civis ou militares”, acrescentou.
Propostas
Agradecendo o espaço cedido pelos vereadores ao sindicato, Márcio Rodrigues apresentou três sugestões de mudanças na lei, objetivando mais respeito à categoria e cobrando medidas enérgicas junto às autoridades competentes. São a exigência de uma nova Lei de Imprensa e do fim da violência e ataques contra a liberdade de expressão, do jornalismo e dos jornalistas; construção de conferência nacional de comunicação, com real participação da sociedade e garantia das conquistas da categoria, com avanço na valorização da profissão.