Sessão reúne antigos artesãos da cidade

por Assessoria Comunicação publicado 23/03/2009 16h30, última modificação 23/06/2021 09h23
O Dia Municipal do Artesão foi comemorado com solenidade na Câmara de Curitiba, na última sexta-feira (20), e reuniu os mais antigos artesãos das feiras tradicionais da cidade. Proposta pela vereadora Julieta Reis (DEM), considerada madrinha da categoria, a sessão foi realizada no plenário da Casa.
Julieta Reis, em seu discurso, afirmou que o brasileiro é um indivíduo repleto de criatividade, que arranjou, através do artesanato, uma porta de saída para o desemprego. A parlamentar detalhou a história do artesanato, que teve início com os índios da América, na fabricação de objetos cotidianos. Em Curitiba, o artesanato faz parte dos registros da prefeitura desde 1968. “Com o crescimento industrial, as oficinas artesanais deixaram de produzir objetos de primeira necessidade e, hoje, atendem novos nichos de mercado”, informou, completando que 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro é composto pelo artesanato. “No Paraná, são 26 mil artesãos e 300 associações que representam a categoria, totalizando quase uma entidade por município”, disse. No Brasil, o artesanato movimenta R$ 30 bi por ano.
Para o deputado federal Gustavo Fruet (PSDB), presente na homenagem, o Brasil é um País de lutas, de povo trabalhador e o artesanato faz parte da história de vida de cada um, citando como exemplo sua mãe, que é tecelã e sanfoneira. “O artesanato brasileiro serve como equilíbrio social em cidades como Curitiba e é referência para o mundo”, disse, comentando que recebeu, durante a semana, diversos artesãos em seu gabinete parlamentar em Brasília.
Em nome de todos os homenageados, Edgar Munchen agradeceu a lembrança e ressaltou, em seu pronunciamento, que foi a vereadora Julieta Reis que, na década de 1970, idealizou e fundou a Feirinha do Largo da Ordem em Curitiba. “Nosso artesanato reflete o retrato de Curitiba, trazendo carga histórica e mantendo a tradição e criatividade ao longo dos anos”, afirmou, criticando, ainda, os produtos industrializados e aqueles vindos do Paraguai, que são vendidos em feiras livres. “Artesanato é algo belo, engraçado, diferente e útil que chama a atenção do consumidor”, definiu Munchen.