Servidores obesos poderão ter atendimento médico ampliado
A obesidade mórbida é um dos problemas de saúde mais graves que têm acometido a sociedade brasileira nos últimos tempos. O risco de morte para pacientes que sofrem da doença é altíssimo, sendo que as complicações decorrentes da permanência do indivíduo neste estado podem ser irreversíveis, lembra o vereador Angelo Batista, ao comentar projeto de lei de sua autoria, em tramitação na Câmara Municipal. A proposta autoriza o Instituto Curitiba Saúde a realizar tratamento para pacientes com a doença, com o objetivo de aumentar o número de gastroplastias (cirurgia com corte para redução do estômago ou através de videolaparoscopia com introdução de cateter para grampeamento do órgão).
Segundo o parlamentar, em diversos casos de obesidade mórbida a única alternativa para controlar a doença é a cirurgia do estômago. As listas de espera para os servidores municipais atendidos pelo ICS que precisam desta cirurgia vão até 2006. A maioria é formada por professores titulares da rede pública municipal de ensino, afirma.
De acordo com Batista, dos 24 mil servidores municipais, de 38 a 40 têm obesidade mórbida, necessitando tratamento. O ICS faz de uma a duas cirurgias por ano e a idéia é aumentar esse número para mais de oito anualmente. O acréscimo de R$ 60 mil no orçamento do instituto seria suficiente para atender maior número de pacientes, diz. A doença traz seqüelas como derrames cerebrais, infarto agudo do miocárdio, problemas severos da coluna e articulações, diabetes, hipertensão e insuficiência respiratória, acrescenta o vereador.
A mesma proposta deverá ser levada pelo parlamentar aos deputados federais, para que o projeto possa beneficiar pacientes com obesidade mórbida atendidos pelo Sistema Único de Saúde.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba