Servidores bloqueiam entradas da Câmara; vereadoras relatam agressão
As entradas da Câmara Municipal de Curitiba foram bloqueadas na manhã desta terça-feira (13) por servidores municipais, que protestam ao redor do prédio. Vereadores e servidores do Legislativo não puderam trabalhar hoje. Duas vereadoras relataram ser agredidas.
A vereadora Maria Letícia Fagundes (PV) foi agredida verbalmente na entrada e teve sua entrada impedida. “Fui agredida por baderneiros, não acredito que sejam professores. Quando se faz a violência, perde-se a democracia. Eles querem a ordem, mas eles também desrespeitam o direito das pessoas. Não fui agredida fisicamente porque o segurança da Câmara foi agredido no meu lugar”, disse.
“Quando estávamos vindo para cá eles nos acompanharam, os seguranças me ajudaram, [servidores] me empurraram contra a parede. Não há necessidade de tanta violência. A gente sabe que é um remédio amargo, mas necessário. É uma situação difícil para todo mundo”, informou a vereadora Maria Manfron (PP).
Dona Lourdes (PSB), de 89 anos, foi impedida de entrar. Segundo a assessoria dela, "teve seu direito de ir e vir cerceado. O Estatuto do Idoso garante a mobilidade, o que não houve. Os manifestantes impediram a entrada da vereadora, fato que a deixou extremamente triste porque ela nunca faltou a uma sessão", disse. Dona Lourdes está no quarto mandato.
Capacidade do plenário
A Câmara Municipal solicitou ao Corpo de Bombeiros um laudo que ateste a capcidade do Palácio Rio Branco, depois de pedidos dos sindicatos dos servidores municipais. O laudo apontou que a lotação máxima nas galerias do Plenário é de 28 pessoas. No Plenário, cabem 50, ou seja, 12 pessoas além dos 38 vereadores. “Seguiremos o laudo do Corpo de Bombeiros, para que a capacidade física do local dê segurança a todos. Colocamos duas caixas de som fora do prédio para as pessoas que não conseguirem entrar e também teremos a transmissão ao vivo pelo nosso canal no YouTube, como todos os dias”, afirmou o presidente da casa, Serginho do Posto (PSDB).
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