Seminário propõe melhorar sistema público de ensino
Entender a lógica do sistema educacional de Curitiba promovendo um amplo debate foi o objetivo da realização do 1º Seminário sobre o Plano Municipal de Educação, nesta quinta-feira (01/06), no auditório do Anexo II da Câmara de Curitiba. “É fundamental colocarmos essas questões em debate com os profissionais do magistério para ter-se uma idéia clara, além de aprofundar-se o tema. Precisamos garantir esse espaço democrático e dar condições para que as pessoas participem ativamente dos processos da cidade”, afirmou a professora, vereadora Josete (PT) que organizou o evento.
Para o 1º vice-presidente do legislativo, vereador Jair Cezar (PTB), não basta o assunto ser tratado somente pelo segmento oficial. “É preciso que a sociedade organizada participe também”. Lembrando que, discussões desse porte passam a ser técnicas e que as pessoas ligadas a área educacional podem efetivamente contribuir com a ampliação e melhora do sistema público de ensino.
Concretização do direito
Já para o especialista em educação do Centro de Apoio e Proteção a Educação do Ministério Público, promotor Cleiton Maranhão, o MP sempre esteve aliado a essa causa. Não só em Curitiba como no país inteiro. “É nossa preocupação que o direito público, subjetivo, se concretize. Há mais de 100 anos temos verbas públicas vinculadas a educação e ainda temos dificuldades que são notórias.Temos 30 milhões de brasileiros excluídos do sistema educacional”. Acrescentando ainda, que “na nossa aldeia Curitiba” há várias questões de relevância jurídica e social relacionada com o plano municipal de educação. Maranhão disse que espera que outros eventos similares ocorram para que se possa interagir com o estado num regime de colaboração, o que considerou fundamental para mudar esse quadro. Segundo o promotor de justiça, numa estatística divulgada pela FGV - Fundação Getúlio Vargas, o nordeste que lidera os piores indicadores sociais está na frente das demais regiões em relação a educação infantil que atende crianças de 0 a 6 anos.
Também a presidente do Sismac, professora Diana de Abreu como a presidente do Sismuc, Marilena Silva, salientaram que a essência da formação do conselho municipal e do sistema seja democrático com a participação de todos.
Educação como direito
Para o doutor em educação Rubens Barbosa de Camargo, da Faculdade de Educação da USP e secretário de Educação de Suzano (SP) que fez um breve relato no sentido de resgatar a história da luta de classes no Brasil, “o direito a educação, saúde, trabalho só existe na presença do Estado. Sem isso há o império da força”, disse, lembrando dos últimos acontecimentos da capital paulistana quando da guerra entre traficantes, “isso é o que acontece quando o Estado não está presente com uma política séria”. Além de conceituar o significado de Estado. “O Estado não é um ente que paira acima da luta de classes. Na verdade, o estado moderno é produto dessa luta. Precisamos entendê-lo de maneira complexa, como espaço de luta e movimento constante. Desde o acampamento de pessoas para fazerem reivindicações como a colocação de uma simples vírgula na legislação. É isso que vai estabelecer as relações sociais”, afirmou Camargo.
O especialista que participou da construção do planos nacional e estadual de educação, ressaltou que, “ um plano não é um pedaço de papel. Ou uma lei. Mas, sim o registro de um processo de acumulação de lutas e interesses que se coloca na ordem do dia com a finalidade de se consagrar direitos”. Ressaltando que somos essencialmente seres de capacidade socio-cultural e o plano só se realiza no concreto. “Precisamos saber de onde se esta partindo. Quantas escolas temos, assim como, quantas crianças estão fora do ensino, nível desse ensino, quantos professores temos. Só assim conseguiremos um diagnóstico para saber onde queremos chegar. “Não podemos ter a ilusão de pensar que colocado no papel está pronto o plano. Ou se constrói ouvindo todo mundo. Buscando consenso para os conflitos ou se faz no gabinete”, disse, concluindo que “precisamos ser profissionais, com formação permanente. Ter salários. Exigir prioridade do Estado neste sentido. Sem isso é o caminho para a barbárie”.
Platéia
O evento contou com a participação de uma platéia de trabalhadores em educação que lotou o auditório, e crianças de escolas públicas que apresentaram números musicais, cantando “Novo tempo sonhamos justiça, paz e amor. Unindo nossas mãos faremos acontecer. Vamos acender faróis de esperança, luzes de confiança para o mundo ser melhor”.
Presentes ainda, o deputado estadual Tadeu Veneri (PT); presidente da APP Sindicato, José Rodrigues Lemos; coordenadora Valéria Arias, representando a superintendente da secretaria estadual de Educação, Yvelise Arcoverde; Sandra Baggio Schafhauzer, representante da Secretaria Municipal de São José dos Pinhais; presidente da Federação dos Trabalhadores em Educação do Paraná, Sérgio Gonçalves Lima; Rosália Kasburg representando a Secretaria Municipal de Educação Eleonora Fruet, além dos vereadores Serginho do Posto (PSDB) e André passos (PT).
Para o 1º vice-presidente do legislativo, vereador Jair Cezar (PTB), não basta o assunto ser tratado somente pelo segmento oficial. “É preciso que a sociedade organizada participe também”. Lembrando que, discussões desse porte passam a ser técnicas e que as pessoas ligadas a área educacional podem efetivamente contribuir com a ampliação e melhora do sistema público de ensino.
Concretização do direito
Já para o especialista em educação do Centro de Apoio e Proteção a Educação do Ministério Público, promotor Cleiton Maranhão, o MP sempre esteve aliado a essa causa. Não só em Curitiba como no país inteiro. “É nossa preocupação que o direito público, subjetivo, se concretize. Há mais de 100 anos temos verbas públicas vinculadas a educação e ainda temos dificuldades que são notórias.Temos 30 milhões de brasileiros excluídos do sistema educacional”. Acrescentando ainda, que “na nossa aldeia Curitiba” há várias questões de relevância jurídica e social relacionada com o plano municipal de educação. Maranhão disse que espera que outros eventos similares ocorram para que se possa interagir com o estado num regime de colaboração, o que considerou fundamental para mudar esse quadro. Segundo o promotor de justiça, numa estatística divulgada pela FGV - Fundação Getúlio Vargas, o nordeste que lidera os piores indicadores sociais está na frente das demais regiões em relação a educação infantil que atende crianças de 0 a 6 anos.
Também a presidente do Sismac, professora Diana de Abreu como a presidente do Sismuc, Marilena Silva, salientaram que a essência da formação do conselho municipal e do sistema seja democrático com a participação de todos.
Educação como direito
Para o doutor em educação Rubens Barbosa de Camargo, da Faculdade de Educação da USP e secretário de Educação de Suzano (SP) que fez um breve relato no sentido de resgatar a história da luta de classes no Brasil, “o direito a educação, saúde, trabalho só existe na presença do Estado. Sem isso há o império da força”, disse, lembrando dos últimos acontecimentos da capital paulistana quando da guerra entre traficantes, “isso é o que acontece quando o Estado não está presente com uma política séria”. Além de conceituar o significado de Estado. “O Estado não é um ente que paira acima da luta de classes. Na verdade, o estado moderno é produto dessa luta. Precisamos entendê-lo de maneira complexa, como espaço de luta e movimento constante. Desde o acampamento de pessoas para fazerem reivindicações como a colocação de uma simples vírgula na legislação. É isso que vai estabelecer as relações sociais”, afirmou Camargo.
O especialista que participou da construção do planos nacional e estadual de educação, ressaltou que, “ um plano não é um pedaço de papel. Ou uma lei. Mas, sim o registro de um processo de acumulação de lutas e interesses que se coloca na ordem do dia com a finalidade de se consagrar direitos”. Ressaltando que somos essencialmente seres de capacidade socio-cultural e o plano só se realiza no concreto. “Precisamos saber de onde se esta partindo. Quantas escolas temos, assim como, quantas crianças estão fora do ensino, nível desse ensino, quantos professores temos. Só assim conseguiremos um diagnóstico para saber onde queremos chegar. “Não podemos ter a ilusão de pensar que colocado no papel está pronto o plano. Ou se constrói ouvindo todo mundo. Buscando consenso para os conflitos ou se faz no gabinete”, disse, concluindo que “precisamos ser profissionais, com formação permanente. Ter salários. Exigir prioridade do Estado neste sentido. Sem isso é o caminho para a barbárie”.
Platéia
O evento contou com a participação de uma platéia de trabalhadores em educação que lotou o auditório, e crianças de escolas públicas que apresentaram números musicais, cantando “Novo tempo sonhamos justiça, paz e amor. Unindo nossas mãos faremos acontecer. Vamos acender faróis de esperança, luzes de confiança para o mundo ser melhor”.
Presentes ainda, o deputado estadual Tadeu Veneri (PT); presidente da APP Sindicato, José Rodrigues Lemos; coordenadora Valéria Arias, representando a superintendente da secretaria estadual de Educação, Yvelise Arcoverde; Sandra Baggio Schafhauzer, representante da Secretaria Municipal de São José dos Pinhais; presidente da Federação dos Trabalhadores em Educação do Paraná, Sérgio Gonçalves Lima; Rosália Kasburg representando a Secretaria Municipal de Educação Eleonora Fruet, além dos vereadores Serginho do Posto (PSDB) e André passos (PT).
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba