Seminário faz alerta contra o aborto

por Assessoria Comunicação publicado 05/12/2007 20h30, última modificação 18/06/2021 09h37
“A gestante, ao sugar o feto em qualquer estágio da gravidez, ou seja, ao praticar o ato do aborto, pode contrair diversos males à sua saúde, como infertilidade, má formação da camada do útero e ruptura do colo uterino, além da depressão e do aumento do número de suicídios.” A afirmação é da presidente do Instituto de Pesquisa de Células Tronco (IPCTron), Lilian Piñero Eça, que também é coordenadora científica da Associação de Engenharia de Tecidos e Células Tronco (Abratron) e PHd em Biologia Molecular. A professora participou, na tarde desta quarta-feira (5), do Seminário em Defesa da Vida, no Centro de Convenções de Curitiba. O evento foi promovido pela Frente Parlamentar a Favor da Vida e Contra o Aborto, idealizada pelo vereador João do Suco (PSDB) e compartilhada pelo presidente do Legislativo municipal, João Cláudio Derosso (PSDB). Segundo João do Suco, o objetivo foi proporcionar aos cidadãos o conhecimento do que é o aborto e quais são suas conseqüências, além de abordar as formas de concepção da vida. “É muito importante destacar a possibilidade do debate para dizer sim ou não ao aborto”, completou.
“Direito fundamental à vida” foi o tema da palestra de Lilian Piñero, que explicou todo o processo de desenvolvimento humano, desde a fecundação. “O desenvolvimento humano é um processo contínuo que começa quando o ovócito de uma mulher é fertilizado pelo espermatozóide de um homem, originando uma célula altamente especializada, o zigoto”, explicou, acrescentando que “são milagrosos os intrincados processos através dos quais uma criança se forma a partir de uma única célula”. Citou, também, os incentivos ao comércio ilegal de embriões, as contradições na prática médica, os princípios éticos e os aspectos políticos e religiosos.
O advogado Savio José Di Giorge Ferreira de Souza ministrou palestra sobre a afetividade humana e o aborto. O palestrante abordou os âmbitos do desenvolvimento humano, destacando o físico, intelectual, social, espiritual e afetivo. Fez, também, a definição de sentimento, afeto, emoção, atração, paixão e diversos tipos de amor, relacionando estes sentimentos à gestante que faz o aborto. “A atração raramente chega ao emocional, por isso a gestante faz o aborto, pois, como não viu a criança, não sentiu atração por ela”. Ao final da palestra, diversos vídeos foram apresentados, exemplificando os sentimentos.
Ainda no seminário, Pedro Henrique e Marcus Vinícius Bressan Leite, coordenadores do Grupo Preservação da Vida Curitiba, lançaram na cidade a campanha “Sim à vida. Aborto, nada que o justifique”. Ao final, houve um círculo de debates.
Presenças
Participaram do seminário, além de João do Suco, os vereadores Celso Torquato (PSDB), Custódio da Silva (PR), Elias Vidal (PP), Jorge Bernardi (PDT), Paulo Salamuni (PV) e Zé Maria (PPS). Também prestigiaram o evento Dom Moacyr José Vitti, arcebispo metropolitano de Curitiba; padre Carlos Alberto Chiquim, presidente da Associação Inter-religiosa de Educação (Assintec); Isabel Sprenger Ribas, presidente da Organização Soroptimista Internacional de Curitiba; Regina Turchenski, presidente da Sociedade Protetora dos Nascituros Imaculada Conceição de Maria; Douglas Aler Jankoski, representando a presidente da Pastoral da Criança, Zilda Arns; Isabel Cristina Malta Garcia, presidente do Instituto de Pesquisas e Produções para o Avanço da Ciência da Neuropsicanálise na América Latina; Ana Luiza Valore, representando o presidente do ICS, José Lupion Neto; padre Jonas Eduardo, representando o Santuário da Divina Misericóridia de Curitiba; Maria José Soares de Mendonça, representando a presidente da FAS, Fernanda Richa; Rafael Cardeal, secretário-geral do Movimento Nacional em Defesa da Vida no Brasil; Luiz Takeo Onuki, supervisor administrativo do Seiho-no-ie do Brasil, e Erverly Canto, presidente do Conselho Municipal de Educação de Curitiba.
Números
De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o abortamento é a quarta causa de óbito materno no País. Metade das gestações é indesejada e uma a cada nove mulheres recorre ao aborto, sendo que o índice de abortamento no Brasil é de 31%. Além disso, ocorrem, anualmente, aproximadamente 1,4 milhão de abortos espontâneos e inseguros, com uma taxa de 3,7 para 100 mulheres de 15 a 49 anos.