Seminário discute serviço de moto-frete

por Assessoria Comunicação publicado 22/11/2005 15h55, última modificação 07/06/2021 09h46
Caracterização, normas de segurança, multas e penalidades foram alguns pontos abordados durante o seminário sobre a regulamentação da profissão de moto frete, realizado nesta terça-feira (22), no auditório do Anexo II da Câmara de Curitiba. O evento, destinado a profissionais do ramo de moto-frete, motoboys, logística e sindicatos relacionados à categoria, foi uma iniciativa dos vereadores Mario Celso Cunha (PSDB) e Luiz Felipe Braga Côrtes (PMDB), autores de projeto de lei sobre o assunto. “Nós, como Legislativo, estamos dando todas as oportunidades para a realização de um amplo debate antes da regulamentação efetiva da lei”, afirmou Braga Côrtes.
O tenente-coronel Irineu Ozires Cunha, diretor do Batalhão de Polícia de Trânsito do Paraná (BPTran-PR), trouxe dados que mostram que existem hoje em Curitiba 65.585 motocicletas e, somente no período de janeiro a setembro deste ano, ocorreram 2.940 acidentes envolvendo estes veículos. Para o diretor da Urbs e Diretran, coronel Gilberto Foltran, é necessário ter a lei regulamentada para garantir segurança e tirar de circulação aqueles que não se adequarem às regras. “O assunto é sério e deve ser tratado como tal, como hoje neste seminário”, disse. O ex-vereador Marcelo Almeida, hoje diretor do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR), defendeu um tempo maior para o debate antes da votação do projeto, devido à relevância do tema. “Não podemos criar uma lei que não possamos cumprir”, afirmou.
Alterações
Algumas sugestões de acréscimos e alterações ao projeto de lei propostas pelos presentes foram a proibição do transporte de passageiros (caracterizaria moto-táxi) e cargas perigosas (explosivos, radioativos e corrosivos), validade de três anos (ou até a vigência da carteira de habilitação) para o documento de identificação expedido pela Urbs, credenciamento das empresas, multas e penalidades. As sugestões foram debatidas e foi dado um prazo de mais vinte dias para discussão.