Seminário discute população animal

por Assessoria Comunicação publicado 14/04/2005 17h10, última modificação 20/05/2021 16h25
“Despertar a sociedade para a realidade dos animais na cidade, no sentido de que tem que haver entre a população humana e animal uma interação justa e responsável, ou seja, enquanto o homem tem no animal um companheiro, um amigo, é preciso que tenha consciência de que este amigo é importante, tem sensibilidade e merece ser visto como componente fundamental da nossa sociedade”. O comentário é do vereador Angelo Batista (PP), coordenador do 3º Seminário “A população animal na cidade de Curitiba”, realizado nesta quinta-feira (14), no auditório do Anexo II da Câmara Municipal.
O secretário municipal da Saúde, Michele Caputo Neto, que participou do evento, reconheceu que a política de proteção dos animais está defasada na cidade, mas informou que a Prefeitura vem abrindo canais  para avançar nesta questão. Disse, ainda, que nos próximos dias será desenvolvida campanha, sobre adoção de animais, além da implementação de políticas de esterilização consciente, com proposta de parcerias com a Universidade Federal do Paraná.  
Angelo Batista adiantou que fará resumo das palestras apresentadas no seminário e levará o material ao conhecimento dos integrantes da Comissão de Saúde, Bem-Estar Social e Meio Ambiente da Câmara de Curitiba. O parlamentar lembrou da preocupação dos vereadores com o cuidado com os animais. “Na Câmara há diversos projetos  sobre o assunto”, comentou, citando como exemplo, propostas como a de Jair Cézar (PTB), que proíbe na cidade a instalação de circos que usem animais. E dele próprio, que prevê rigor na fiscalização de empresas que  alugam animais para segurança e controle dos animais usados por carrinheiros para puxar cargas. “Estes animais nem sempre recebem alimentação e cuidados adequados”, diz.
Esterilização
Segundo Caputo Neto, experiências pontuais já foram realizadas com sucesso na Vila Osternack, com a conscientização da comunidade para a importância da esterilização dos animais, e iniciativa semelhante já está prevista para acontecer na Vila das Torres. O secretário disse que o poder público não vai transferir para as entidades as suas responsabilidades, mas alertou que  a população precisa ser conscientizada do problema. Para tanto, sua pasta também está propondo que a Secretaria Municipal de Educação viabilize que a questão seja levada às escolas como tema transversal de estudo, pois “é muito mais fácil começarmos a conscientização pelas crianças”. Na opinião do secretário, a emoção é a base de tudo, “até porque sou movido por ela e não quero tirar a emoção dos projetos,  mas não podemos  perder a racionalidade de vista”.
Do seminário participaram, também, os zootecnistas Paulo Araújo Guerra, da Secretaria da Saúde, que destacou as principais doenças transmitidas pelos animais ao homem, Marcos Elias Traad da Silva, diretor do Departamento de Zoológico, e Derotheo Gonçalves, da Sociedade Protetora dos Animais, que falou sobre castração dos animais domésticos.