Seminário discute melhorias no transporte

por Assessoria Comunicação publicado 14/06/2007 18h45, última modificação 16/06/2021 09h58
As discussões na segunda edição do seminário sobre transporte público: mobilidade urbana e inclusão social avançaram nesta quinta-feira (14), na Câmara de Curitiba. A integração da capital com a região metropolitana, criando mecanismos para a proposta de co-responsabilidade, e aumento dos corredores são algumas das propostas apresentadas pelos palestrantes para melhorar o transporte público nas cidades. As experiências de gestão pública na área de transporte em seus municípios também foram mostradas.
No último dia das discussões, os trabalhos do Ippuc foram apresentados pelo engenheiro Clever Ubiratan Teixeira de Almeida. “O importante é ordenar o sistema viário, promovendo atrativos para o uso do transporte público, e criar campanhas de estímulo para o uso de bicicletas”, disse. A Linha Verde foi citada como uma das atitudes tomadas pela Prefeitura para amenizar os problemas com mobilidade. “Com a criação da linha, pretendemos aumentar a integração urbana e desafogar o eixo norte-sul”, afirmou.
O coordenador da Comec, Alcidino Bittencourt Pereira, destacou a metropolização das cidades como fenômeno mundial. Por isso, aponta a necessidade de incrementar o Plano de Desenvolvimento Integrado, uma ação que vai garantir a participação dos municípios que formam a região metropolitana.
Metrô
Para o diretor de Planejamento, Expansão e Marketing da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Raul de Bonis Almeida Simões, o transporte é um fator que pode afastar ou incentivar o desenvolvimento. Na sua opinião, o conceito está se modificando, já que antigamente só levava em consideração a função econômica. Hoje, é mais complexo, pois questões sociais e ambientais são de suma importância.
“Nos corredores que possuem demanda de cerca de 40 mil ou 50 mil passageiros por hora e por sentido, não há como se pensar em outro sistema que não seja o metrô. Este meio de transporte pode, dependendo da região que atravessa, ser subterrâneo, elevado ou de superfície”, afirmou.
O diretor de Planejamento e Projetos da Secretaria de Transporte e Trânsito de Gurarulhos, Geraldo Calmon de Moura, também proferiu palestra. Segundo ele, a contribuição dos municípios nas questões relativas à manutenção, adequação e criação do transporte público é fundamental. “Sem a democracia participativa da gestão, teremos cidades sem planejamento e com dívidas sociais enormes”, acrescentou.
Alternativa
Conforme o engenheiro Garroni Reck, ex-coordenador de Transporte Metropolitano de Curitiba, no ano passado, Curitiba já possuía aproximadamente um carro para cada 4,9 pessoas. Por isso, é necessário incentivar a redução da circulação de veículos. “Com o aumento do poder de compra da população, a frota de carros cresce e as vias ficam afogadas”, alertou. Uma das alternativas, opinou, seria o rodízio de carros, como em São Paulo: “inicialmente, seria preciso restringir em 20% a circulação dos carros em horários críticos”.
Os trabalhos desenvolvidos em Campinas (SP) foram apresentados pelo secretário de Transportes, Gerson Luis Bittencourt.