Seminário discute a educação na cidade
Com objetivo de subsidiar os trabalhos da Comissão de Educação e Cultura da Câmara de Curitiba foi realizado na manhã desta quarta-feira (05) o Seminário Curitiba e a Educação proposto pelo vereador André Passos (PT). O evento, que aconteceu no auditório do Anexo II, teve como palestrantes a professora da Universidade Federal do Paraná, Andréa Caldas, e a doutora em pedagogia Maria Dativa de Salles Gonçalves. Além da pedagoga da rede municipal de ensino, Rosemeri Kovalski.
“Em primeiro lugar, estou realizando um sonho ao participar desta comissão. Em segundo, para a melhora do ensino público precisamos ouvir as várias matizes de ensino. Precisamos aprofundar políticas de prevenção, como, também, as de segurança das crianças. Vamos pautar nossa atuação de trabalho dentro da comissão nas posições apresentadas pelos professores durante o seminário”, frisou o vereador André Passos.
Qualidade de ensino
Para a professora Dativa Gonçalves, políticas educacionais têm orientado a educação nas escolas, mas não tem atingido a eficiência desejada. A questão salarial e a dificuldade em ascender na carreira, além da fragilidade na formação continuada do educador, foram os pontos principais detectados, em pesquisa, junto aos professores da rede pública de educação. “O que se traduziu na baixa qualidade de ensino. Precisamos de propostas concretas de enfrentamento dos problemas e de avanços educativos pedagógicos. Se não tivermos visão que nos alimente e nos arraste, nada será feito. É preciso acreditar na utopia para podermos construir uma nova sociedade”, disse a mestra.
Já, a professora Caldas falou sobre a proposta “Curitiba cidade educador”. Onde defende a tese de que a escola precisa rever suas funções, partindo da premissa que a escola e a cidade se encontram numa crise moral, de educação e de investimentos. “A escola de hoje não pode mais exercer as funções da escola dos anos 60. Hoje, se exige novas funções, pois estamos numa sociedade de informações, onde enfrentamos a mídia, a internet e a televisão. Ainda é sua função socializar os alunos, mas a escola é obrigada a incorporar novas funções, de familiares a tecnológicas, e não tem o aporte de recursos físicos, financeiros e materiais, que lhe dê esse suporte. A medida que cresce o número de equipamentos, diminui o número de recursos humanos. Precisamos de uma alternativa ousada para transcender esses limites. As ações precisam ser globalizadas e não fragmentadas e isso significa numa mudança de cultura. Implica pensar a cidade como um todo, transcendendo calendários eleitorais e partidos”, concluiu.
Crise
Com experiência de 28 anos na rede municipal, a pedagoga Rosemeri Kovalski disse que é necessário um olhar mais crítico da caminhada do ensino na cidade. E, que propostas podem der discutidas e implementadas desde que seja o desejo das pessoas. “Mas, que os espaços para essa discussão são extremamente restritos, porque são discutidos apenas pelas entidades mantenedoras. O que pode comprometer esse olhar por dentro da escola. “Precisamos parar de falar da escola. Precisamos falar com a escola, com os alunos. Saber quem são os protagonistas e como é o seu cotidiano. Qual a sua atuação dentro da escola. Isso é uma demanda emergencial, apesar de simplista. Pois, muitas vezes percebo que estão falando de uma escola que desconheço. Mais do que crise social, política ou moral, estamos vivendo uma muito maior que é a crise da percepção. Não estamos conseguindo entender o que está no nosso entorno. Estamos todos olhando para o mesmo lugar, mas com lentes diferentes. Meu olhar é com lentes humanizadoras”, frisou.
Kovalski ressaltou, ainda, que, são alarmantes os índices de violência dentro das escolas e que os professores não estão preparados, instrumentalizados, para lidar com esse problema. “Tem diretoras que foram obrigadas a fazer acordos com traficantes para que suas escolas não fossem atacadas. “Estou falando de Curitiba, não do Rio de Janeiro. É aqui do nosso lado que as coisas estão acontecendo”. Citou o exemplo da proposta Educação para a paz, onde se tem amarrado valores e direitos dentro dos currículos, com atividades práticas permitindo a participação da comunidade para que possa entender melhor a realidade. Kovalski afirmou que “é preciso colocar-se claro quem é o profissional, quem é esse aluno. Só assim saberemos qual caminho tomar que os dois se encontrem. Só assim teremos melhor desempenho dos alunos, onde os professores passam a compartilhar seus projetos, traduzindo numa melhor qualidade do ensino. Enquanto não olharmos adequadamente para nosso escola, continuaremos no mesmo lugar”, concluiu.
O evento teve, também, momento poético, quando o artista e professor Daniel Faria cantou a música o Batalhão das Letras e declamou poesias de Mario Quintana e Vinícius de Morais. Participaram do seminário professores da rede pública de ensino, além dos vereadores Angelo Batista (PP), Roseli Isidoro (PT), Professora Josete (PT), e o ex-vereador Nilton Brandão, além de André Passos que presidiu a mesa diretora dos trabalhos.
“Em primeiro lugar, estou realizando um sonho ao participar desta comissão. Em segundo, para a melhora do ensino público precisamos ouvir as várias matizes de ensino. Precisamos aprofundar políticas de prevenção, como, também, as de segurança das crianças. Vamos pautar nossa atuação de trabalho dentro da comissão nas posições apresentadas pelos professores durante o seminário”, frisou o vereador André Passos.
Qualidade de ensino
Para a professora Dativa Gonçalves, políticas educacionais têm orientado a educação nas escolas, mas não tem atingido a eficiência desejada. A questão salarial e a dificuldade em ascender na carreira, além da fragilidade na formação continuada do educador, foram os pontos principais detectados, em pesquisa, junto aos professores da rede pública de educação. “O que se traduziu na baixa qualidade de ensino. Precisamos de propostas concretas de enfrentamento dos problemas e de avanços educativos pedagógicos. Se não tivermos visão que nos alimente e nos arraste, nada será feito. É preciso acreditar na utopia para podermos construir uma nova sociedade”, disse a mestra.
Já, a professora Caldas falou sobre a proposta “Curitiba cidade educador”. Onde defende a tese de que a escola precisa rever suas funções, partindo da premissa que a escola e a cidade se encontram numa crise moral, de educação e de investimentos. “A escola de hoje não pode mais exercer as funções da escola dos anos 60. Hoje, se exige novas funções, pois estamos numa sociedade de informações, onde enfrentamos a mídia, a internet e a televisão. Ainda é sua função socializar os alunos, mas a escola é obrigada a incorporar novas funções, de familiares a tecnológicas, e não tem o aporte de recursos físicos, financeiros e materiais, que lhe dê esse suporte. A medida que cresce o número de equipamentos, diminui o número de recursos humanos. Precisamos de uma alternativa ousada para transcender esses limites. As ações precisam ser globalizadas e não fragmentadas e isso significa numa mudança de cultura. Implica pensar a cidade como um todo, transcendendo calendários eleitorais e partidos”, concluiu.
Crise
Com experiência de 28 anos na rede municipal, a pedagoga Rosemeri Kovalski disse que é necessário um olhar mais crítico da caminhada do ensino na cidade. E, que propostas podem der discutidas e implementadas desde que seja o desejo das pessoas. “Mas, que os espaços para essa discussão são extremamente restritos, porque são discutidos apenas pelas entidades mantenedoras. O que pode comprometer esse olhar por dentro da escola. “Precisamos parar de falar da escola. Precisamos falar com a escola, com os alunos. Saber quem são os protagonistas e como é o seu cotidiano. Qual a sua atuação dentro da escola. Isso é uma demanda emergencial, apesar de simplista. Pois, muitas vezes percebo que estão falando de uma escola que desconheço. Mais do que crise social, política ou moral, estamos vivendo uma muito maior que é a crise da percepção. Não estamos conseguindo entender o que está no nosso entorno. Estamos todos olhando para o mesmo lugar, mas com lentes diferentes. Meu olhar é com lentes humanizadoras”, frisou.
Kovalski ressaltou, ainda, que, são alarmantes os índices de violência dentro das escolas e que os professores não estão preparados, instrumentalizados, para lidar com esse problema. “Tem diretoras que foram obrigadas a fazer acordos com traficantes para que suas escolas não fossem atacadas. “Estou falando de Curitiba, não do Rio de Janeiro. É aqui do nosso lado que as coisas estão acontecendo”. Citou o exemplo da proposta Educação para a paz, onde se tem amarrado valores e direitos dentro dos currículos, com atividades práticas permitindo a participação da comunidade para que possa entender melhor a realidade. Kovalski afirmou que “é preciso colocar-se claro quem é o profissional, quem é esse aluno. Só assim saberemos qual caminho tomar que os dois se encontrem. Só assim teremos melhor desempenho dos alunos, onde os professores passam a compartilhar seus projetos, traduzindo numa melhor qualidade do ensino. Enquanto não olharmos adequadamente para nosso escola, continuaremos no mesmo lugar”, concluiu.
O evento teve, também, momento poético, quando o artista e professor Daniel Faria cantou a música o Batalhão das Letras e declamou poesias de Mario Quintana e Vinícius de Morais. Participaram do seminário professores da rede pública de ensino, além dos vereadores Angelo Batista (PP), Roseli Isidoro (PT), Professora Josete (PT), e o ex-vereador Nilton Brandão, além de André Passos que presidiu a mesa diretora dos trabalhos.
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