Seminário debate o enfrentamento à violência contra a mulher
O Salão de Atos do Parque Barigui sediou na manhã desta sexta-feira (22) o seminário municipal “Enfrentamento à Violência Contra a Mulher em Curitiba”. O evento foi realizado pela Câmara Municipal em colaboração com a prefeitura e a Fundação de Ação Social (FAS), além de receber apoio de outros órgãos da administração pública.
Durante o evento, foi assinado o Pacto de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, documento que tem por escopo o estabelecimento e a programação de políticas públicas que serão adotadas pelos órgãos responsáveis pela segurança e bem estar da população feminina.
“Nunca houve uma articulação ordenada entre as ações e políticas públicas voltadas à defesa da mulher. A adoção de uma lógica de transversalidade entre os órgãos públicos e demais entidades envolvidas é fundamental para a superação da violência, assim como favorece a emancipação e a autonomia da mulher”, disse a vereadora Professora Josete (PT), uma das integrantes da bancada feminina da Câmara Municipal.
Julieta Reis (DEM) e Noemia Rocha (PMDB) marcaram presença no evento, assim como os vereadores Geovane Fernandes (PTB) e Jonny Stica (PT). Márcia Fruet, presidente da FAS, corroborou a necessidade de ações conjuntas entre os órgãos envolvidos. “O compromisso do poder público em aprimorar os programas de atendimento às mulheres vítimas de violência é uma necessidade urgente e constitui um dos focos mais importantes da atual administração do município”.
Outras autoridades destacaram os avanços na luta pela consolidação dos direitos da mulher. Roseli Isidoro, Secretária Municipal da Mulher, entende que todo e qualquer avanço social está na dependência direta das ações positivas em prol do bem estar feminino.
A vice-prefeita Mírian Gonçalves declarou que muitas vezes a violência contra a mulher pode assumir disfarces, pode se apresentar de forma camuflada. “Neste mês de março, tenho participado de encontros sobre as políticas públicas em prol da mulher. É comum nestas ocasiões que eu seja apresentada como mãe e dona-de-casa, condições que assumo, mas que não me resumem”, disse Mírian, advogada e também Secretária Municipal do Trabalho.
“A cultura machista obstrui a divulgação de fatos relativos à violência doméstica. Há uma dificuldade em se estabelecer os limites entre o público e o privado, mas o entendimento contemporâneo é que o bem estar e a integridade física da mulher prevalecem em qualquer circunstância”, concluiu Márcia Fruet. Autoridades de diversos segmentos da administração pública acompanharam o seminário.
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