Semana de Conscientização sobre o Autismo pode ganhar nova regulamentação
“Deixo aqui minha indignação e meu repúdio contra a atitude covarde e desnecessária que estes monstros tiveram contra esta criança”, disse Flávia Francischini (PSL), durante a sessão plenária desta segunda-feira (22), na Câmara Municipal de Curitiba (CMC), a respeito do caso acontecido em Sorocaba (SP), onde uma criança de 8 anos, com transtorno do espectro autista (TEA), foi sequestrada e torturada.
Este foi o incentivo para que a vereadora protocolasse seu projeto de lei, que agora tramita na CMC, com a intenção de alterar a lei municipal 14.809/2016, que institui e inclui no calendário oficial de eventos de Curitiba a "Semana Municipal da Conscientização Sobre o Transtorno do Espectro Autista" (005.00304.2021).
O projeto altera a redação do art. 2º da lei municipal, proposta pelo vereador Pier Petruzziello (PTB), que apenas garantia que a semana de conscientização acontece anualmente na semana do dia 2 de abril. Com as mudanças propostas por Flávia Francischini, a redação estabelece também os objetivos da campanha.
Segundo o texto, a Semana de Conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista terá como principais objetivos refletir, debater e promover experiências e medidas voltadas para evitar constrangimentos de pessoas com TEA, evitando-se a segregação e a violência.
Por meio de ações, palestras, debates, eventos, audiências públicas, encontros e publicações, por exemplo, também seria parte da campanha promover a divulgação de sintomas, aspectos físicos e comportamentais das pessoas com TEA ou outras síndromes e transtornos associados.
Agressão em Sorocaba
Na sessão plenária, Flávia Francischini expressou seu choque com o caso acontecido na cidade paulista de Sorocaba, onde um menino com TEA foi sequestrado, torturado e abandonado no mato por um casal. Segundo os suspeitos, a criança estava mexendo na câmera de segurança da casa deles, que presumiram que ela estaria furtando o objeto. O menino havia fugido de casa em busca de uma caneta, segundo a mãe.
Em aparte, a vereadora Noemia Rocha (MDB) parabenizou Flávia Francischini pela iniciativa e se solidarizou com a causa da parlamentar, que possui um filho com TEA. “Ninguém melhor do que uma mãe, um pai de uma criança autista para saber o quanto nós precisamos melhorar, em relação às políticas públicas. A sua luta será a nossa luta”, afirmou Noemia Rocha.
“Nós precisamos preparar nossos profissionais da saúde, da segurança, entre outros, para que eles consigam lidar com estas crianças, que se perdem em locais públicos, para que isso não aconteça mais", ressaltou Francischini.
Acompanhe a sessão plenária completa e a fala de Flávia Francischini aqui.
*Notícia elaborada pela estudante de Jornalismo Sophia Gama*, especial para a CMC
Supervisão do estágio: Fernanda Foggiato
Revisão: José Lázaro Jr.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba