Segurança pede união de forças, dizem vereadores

por Assessoria Comunicação publicado 12/03/2008 18h50, última modificação 21/06/2021 07h10
Mais do que repressão para o combate à violência em Curitiba, são necessárias políticas públicas e foco na prevenção. O ponto de vista foi consenso no plenário da Câmara Municipal, nesta semana, onde a prioridade das discussões recaiu sobre a segurança pública.
Os comentários feitos por diversos vereadores das bancadas de situação e oposição foram motivados pelo ato público realizado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) na manhã desta terça-feira (11), pela morte da pró-reitora da instituição, professora Maria Benigna Martinelli de Oliveira. O protesto aconteceu nas escadarias do prédio histórico da instituição, na Praça Santos Andrade, e contou com a participação dos vereadores Roseli Isidoro (PT), servidora licenciada da UFPR, Jair Cézar (PSDB), Paulo Salamuni (PV), Nely Almeida (PSDB) e Tico Kuzma (PSB), que teve o pai morto em assalto, em 2006.
O ato integrou o Diretório Central dos Estudantes, os departamentos técnicos e administrativos da instituição, representados pelo sindicato da categoria, a associação dos professores e o reitor Carlos Augusto Moreira Júnior. A população também marcou presença.
Na Câmara
As discussões de plenário da Casa convergiram para a necessidade de providências imediatas, em parceria com movimentos populares e iniciativa pública. No entendimento do vereador Pedro Paulo (PT), “a tarefa é para todos nós. Precisamos unir esforços e tomar uma ação suprapartidária em torno do assunto, que apresenta gravidade a cada dia que passa.”
Somente uma “sinergia de políticas públicas, que envolva educação, saúde e outros instrumentos fundamentais de cidadania, é que será eficaz no combate à violência”, defendem os parlamentares. Para o primeiro-secretário, Celso Torquato (PSDB), “não há alterações na situação da segurança pública há anos.” O vereador defende a administração municipal, que, com a nova Secretaria Municipal Antidrogas, “toma uma atitude corajosa, mas que não pode ser unitária.”
O líder do prefeito, Mario Celso Cunha (PSB), ressaltou que o efetivo da Guarda Municipal já é maior que o da Polícia Militar. Enquanto a PM trabalha com 1,4 mil, a Guarda Municipal tem um efetivo de 1,5 mil. Mario Celso ainda afirmou que “o problema da insegurança gira em torno de uma série de fatores que vão desde a falta de leis realmente punitivas até o desestabilizado sistema penitenciário do País, que, ao contrário do objetivo, degrada ainda mais os detentos.” O avanço da tecnologia também tem favorecido a criminalidade, segundo o parlamentar.
O vereador Tico Kuzma, que presidiu a Comissão de Segurança, destacou a necessidade de um trabalho conjunto com a Polícia Militar nas ruas. Serginho do Posto (PSDB) ressaltou “a necessidade de mais policiais nas ruas.” O vereador disse, ainda, que “muitas autoridades de trânsito acabam agindo na defesa do cidadão.” Último a ocupar a tribuna do Legislativo, Pedro Paulo (PT) indagou sobre o papel do município no combate à violência. “Esse é um debate necessário e urgente”, encerrou.