Segurança no transporte coletivo na pauta de Direitos Humanos
A segurança no transporte público é o tema da reunião extraordinária da Comissão de Direitos Humanos, Defesa da Cidadania e Segurança Pública, nesta quarta-feira (9), às 14h, na Sala das Comissões no subsolo do Palácio Rio Branco. Foram convidados representantes da Urbs, Comec e Secretaria Municipal de Defesa Social.
De acordo com o vereador Goura (PDT), idealizador do encontro, nos últimos dez anos tem havido uma diminuição na demanda pelo transporte coletivo e um dos principais motivos é a violência. Em 2017, os três meses seguintes ao ajuste da tarifa de ônibus – março, abril e maio – Curitiba registrou queda de 14% no número de passageiros se comparado ao mesmo período de 2016.
“As últimas notícias sobre casos de violência no sistema de transporte coletivo de Curitiba devem agravar o problema de evasão de usuários. Com menos passageiros a receita é menor e, por consequência, a qualidade do serviço também piora”, diz Goura. Pedro Felipe Lopes da Luz, de 16 anos, foi morto a facadas no interior de um biarticulado no Cristo Rei no dia 7 de julho. No dia 22, um motorista foi assassinado durante arrastão em um ônibus da linha Curitiba/Jardim Paulista. Quatro dias depois um cobrador de 23 anos foi atingido por dois tiros após discussão com pessoas que entraram na estação-tubo Antônio Cavalheiros, no Cabral, sem pagar.
No entendimento do parlamentar, o enfrentamento da situação se faz urgente, mas é necessário que haja envolvimento das empresas de transporte coletivo, dos profissionais que trabalham no sistema (motoristas e cobradores) e também dos usuários do sistema.
Em reunião na Comec do dia 24 de julho, foi criado o Comitê Permanente de Segurança do Transporte Coletivo Metropolitano, que vai acompanhar e discutir as ações de segurança no transporte coletivo em Curitiba e nos municípios do entorno. Participam deste colegiado representantes das polícias Militar e Civil, do Sindicato dos Motoristas e Cobradores (Sindimoc), do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo (Setransp) e da Secretaria de Defesa Social de Curitiba.
“Estão confirmadas as presenças destas entidades à reunião. O assunto é grave e deve ser discutido. Nada mais natural que a Comissão de Direitos Humanos, Defesa da Cidadania e Segurança Pública tome à frente do debate”, declarou Rogerio Campos (PSC), presidente do colegiado.
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