Secretário diz que obras do PAC da Copa não têm atrasos

por Assessoria Comunicação publicado 06/11/2012 18h55, última modificação 09/09/2021 10h04
Segundo o secretário municipal da Copa de 2014, Luiz de Carvalho, não há atrasos nas obras do PAC da Copa sob a responsabilidade da prefeitura. Ele disse, em reunião na Câmara de Curitiba, na tarde desta terça-feira (6), que os cronogramas dos projetos preveem, com folga, a conclusão dos empreendimentos de mobilidade urbana entre dezembro de 2013 e abril de 2014.
Carvalho apresentou à Comissão Especial para Acompanhamento dos Assuntos Relacionados com a Copa de 2014 e com a Olimpíada de 2016, presidida pelo vereador Pedro Paulo (PT), o quarto balanço das ações para o Mundial em Curitiba. Das sete obras aprovadas pelo PAC da Copa executadas pelo Executivo da capital, apenas uma não foi iniciada. Ele atribuiu a acordo firmado entre o município, o governo federal e o agente financiador (Caixa Econômica Federal), a decisão de o corredor na Avenida Cândido de Abreu ficar sob a responsabilidade da próxima administração municipal.
Dos seis projetos já iniciados, o mais avançado é o sistema integrado de monitoramento, para modernizar o controle do tráfego na capital, com investimento total de R$ 70 milhões. O valor inclui o monitoramento na Arena da Baixada, estádio onde serão os jogos em Curitiba, e pode haver a ampliação da iniciativa para a região metropolitana, a cargo do governo estadual.
Duas das ações (extensão da Linha Verde Sul e requalificação do corredor da Marechal Floriano) estão paralisadas, à espera de desembolso da Caixa para terem continuidade. Também estão em andamento a implantação do corredor entre o Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, e a Rodoferroviária de Curitiba; a requalificação da Rodoferroviária e seus acessos, e a reforma do Terminal do Santa Cândida. “São cerca de R$ 300 milhões de investimentos diretos de mobilidade”, destacou o representante do Executivo, sobre o legado da Copa para a cidade.
Quanto a diferenças nos valores das obras, o secretário e a engenheira do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) responsável pelo acompanhamento das obras para a Copa, Susana Costa, explicaram que os orçamentos iniciais foram baseados em diretrizes para as ações, que depois foram detalhadas. “Depois da obra ser contratada e licitada, não há alteração no valor”, complementou Carvalho.
Diversos outros projetos da cidade para o evento esportivo não estão sob a responsabilidade da prefeitura. É o caso das obras no Afonso Pena, que cabem à Infraero, com investimento de R$ 80 milhões. A Comissão Especial da Copa prevê uma visita ao aeroporto ainda este mês. “No geral, as obras de mobilidade têm ritmo dentro do cronograma”, avaliou Pedro Paulo. O presidente do grupo ainda comentou, durante a reunião, a oportunidade para o município desenvolver projetos em outras áreas, como nos esportes e no turismo.
Arena da Baixada
Apesar de o foco da reunião serem os projetos ligados ao PAC da Copa, o secretário falou sobre a Arena da Baixada. “As obras estão em ordem”, declarou. O estádio que vai receber os jogos na capital teve 92% de itens relativos à reforma concluídos. Quanto à ampliação do local, o índice é de 19,1%. A execução, no total, chega a 51,9%.
Das 16 desapropriações, seis foram finalizadas, sete enfrentam trâmite judicial e três passam por acordo, sob a responsabilidade do Executivo municipal. O responsável pela execução das obras é o Clube Atlético Paranaense, mediante a divisão tripartite dos custos entre o clube, o governo do Paraná e a prefeitura, a quem cabe a emissão de cotas de potencial construtivo. Iniciadas em outubro de 2011, as obras no estádio e em seu entorno devem ser finalizadas até julho de 2013.
Questionado por Pedro Paulo sobre a polêmica envolvendo relatório do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) e o potencial construtivo, que aguarda a conclusão da votação no pleno da entidade, Carvalho disse que a prefeitura ainda não foi oficialmente informada sobre a questão. O órgão pode adotar parecer que enquadra os títulos como patrimônio público.
“Do ponto de vista financeiro, o que foi acordado e assinado pelo município está sendo cumprido”, completou o secretário. Para ele, não há como diferenciar o potencial construtivo para a Arena da Baixada das cotas emitidas para a reforma da Catedral, por exemplo. Dentre outras questões discutidas na reunião, ele ainda chamou a atenção à fiscalização das obras, realizadas por diversas entidades, e para os altos investimentos da iniciativa privada para a Copa.