Secretário defende Plano de Encerramento da Caximba

por Assessoria Comunicação publicado 22/10/2009 15h45, última modificação 28/06/2021 08h00
“Há 20 anos, Curitiba foi a primeira cidade do Brasil a abandonar o lixão e adotar o sistema de aterro sanitário. Hoje, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) sustenta a ideia de retroceder e voltar ao sistema de lixão”, criticou o secretário municipal do Meio Ambiente, José Antônio Andreguetto, nesta quarta-feira (21), no final da tarde, em reunião com a Comissão Especial do Lixo da Câmara de Curitiba. A CE esteve reunida com o secretário e com Marilza Dias, secretária executiva do Consórcio Intermunicipal para Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos, para esclarecimentos sobre o andamento do consórcio e a sobrevida do Aterro da Caximba.
Segundo Andreguetto, de acordo com 16 pareceres técnicos é viável a execução do Plano de Encerramento da Caximba, que amplia em 12 meses o tempo de uso do aterro, enquanto se instala a usina de processamento do lixo no local licenciado pelo IAP. O município de Mandirituba, segundo o presidente do instituto, Vitor Hugo Burko, informou aos vereadores em reunião na última semana, também está apto a receber a usina, mas ainda precisa revogar uma lei municipal que proíbe o depósito de resíduos sólidos na cidade.
A comissão, presidida por Roberto Hinça (PDT), está preocupada com os impasses que estão sendo criados por alguns órgãos e municípios para a instalação da usina. Este novo modelo, chamado Sistema Integrado de Processamento e Aproveitamento de Resíduos (Sipar), é capaz de reaproveitar praticamente todo o lixo depositado, recicláveis, gases e orgânicos, apresentando-se como a melhor alternativa para o lixo de Curitiba e outros 15 municípios vizinhos. Ambientalmente, o que se quer evitar é retroceder ao modelo de lixão, proposto por algumas empresas privadas.
Conforme Roberto Hinça, o objetivo da visita à Secretaria do Meio Ambiente foi colocar a pasta e o consórcio a par da situação, para agilizar o processo. Deverão ser agendadas, ainda, visita ao Tribunal de Contas do Estado e ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).
Também participaram da reunião os vereadores Tico Kuzma (PSB), João do Suco (PSDB), Denilson Pires (DEM) e Renata Bueno (PPS). O relator, Juliano Borghetti (PP), já havia conversado com o secretário anteriormente.
Licença
O licenciamento ambiental é uma obrigação legal prévia à instalação de qualquer empreendimento ou atividade potencialmente poluidora ou degradadora do meio ambiente. Essa obrigação é compartilhada pelos órgãos estaduais de meio ambiente e pelo Ibama.