Secretário da Saúde se reúne com vereadores

por Assessoria Comunicação publicado 27/04/2005 19h10, última modificação 21/05/2021 16h03
O secretário municipal da Saúde, Michele Caputo Neto, participou, nesta quarta-feira (27), da reunião da Comissão de Saúde, Bem-Estar Social e Meio Ambiente da Câmara de Curitiba. Ele aproveitou o encontro com os vereadores para prestar contas do seu setor nestes 180 dias de governo do prefeito Beto Richa. A visita atendeu convite do presidente da comissão, vereador Angelo Batista (PP).
Caputo Neto relatou aos integrantes da comissão os projetos de ampliação das unidades municipais de saúde, contratação de médicos (o déficit é de 160 profissionais), os problemas e soluções de assuntos polêmicos relacionados à área da saúde. Comentou sobre as dificuldades enfrentadas pelos hospitais Mediclin, do Carmo e Sazza Lattes. No caso do Mediclin, destaca que a unidade tem dívida pública superior a R$ 150 mil, além de mais de 40 reclamações de atendimento. “Diante de uma série de fatores, decidimos descredenciar o serviço de cardiologia de alta complexidade junto ao Sistema Único de Saúde (SUS), mas outros procedimentos continuam com o funcionamento normal”, analisou, lembrando “que os usuários, entretanto, não ficaram sem assistência, porque a secretaria credenciou os hospitais São Vicente e Cruz Vermelha, que têm o serviço mais estruturado”.
Interditado
O Hospital do Carmo também enfrenta dificuldades. Conforme explicações de Caputo Neto, a unidade está interditada pela Vigilância Sanitária, a pedido do Ministério Público. Ele diz que há negociações em busca de uma saída para resolver o problema. “A idéia é que o proprietário do hospital assine um termo de ajuste de conduta e assuma o compromisso para restabelecer o funcionamento”, disse.
Na opinião de Caputo Neto, a Saza Lattes perdeu a credibilidade. “A dívida com o INSS supera R$ 1 milhão e 400 mil, aos trabalhadores deve mais de R$ 500 mil e tem saldo devedor de R$ 222 mil aos cofres públicos. Essa conta é de repasses de recursos públicos sem prestação de contas”, comenta. O convênio com a Prefeitura para repasse de verbas foi cancelado e a renovação está condicionada à negociação de como serão quitados os débitos. Mas, as unidades estão integradas ao sistema de saúde, por isso a entidade tem o repasse dos recursos do SUS.
Da reunião da comissão, nesta quarta-feira, participaram, além do presidente Angelo Batista, os vereadores Aladim Luciano (PV), Manassés Oliveira (PSB), Zé Maria (PPS) e Reinhold Stephanes Júnior (PMDB).