Secretaria de Saúde confirma 113 casos de dengue em Curitiba

por Assessoria Comunicação publicado 25/05/2015 15h45, última modificação 30/09/2021 09h54

Em prestação de contas quadrimestral à Câmara de Curitiba, nesta segunda-feira (25), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) indicou o reforço de ações para a identificação e o combate dos focos do mosquito Aedes aegypti, o principal vetor da dengue. A capital teve, entre 1º de janeiro e 15 de maio, 113 casos confirmados da doença, de um total de 384 notificações. No ano passado, foram 45 transmissões, 29 delas no mesmo período.

Segundo o diretor de Redes de Atenção à Saúde da SMS, César Serrat Titton, todos os casos confirmados são “importados”, ou seja, as infecções aconteceram em outras cidades. No ano passado, houve duas contaminações no próprio município, denominadas autóctones. O balanço aponta a realização, até março de 2015, de 68,4 mil inspeções domiciliares contra a dengue, com a identificação de 390 focos do mosquito (143 só no distrito do Boa Vista), contra 246 em 2014. Também foram promovidas 32 ações educativas, que envolveram 15,8 mil pessoas.

“O volume de casos cresceu em todo o país. Com o aumento na circulação do vírus, a tendência é de que cresçam ainda mais em 2016. Por isso, precisamos manter os esforços durante o ano todo, e não só no verão”, alertou Titton. De acordo com ele, as atividades de prevenção à dengue devem ser intersetoriais, com o envolvimento de outras secretarias.

Na vigilância à saúde, o diretor também destacou a ampliação da oferta da vacina contra o HPV e do teste rápido do HIV. Em comparação ao primeiro quadrimestre de 2014, a prestação de contas do Executivo indica o aumento dos casos confirmados de leptospirose (de 48 para 57) e a diminuição dos de tuberculose (de 152 para 122) e de sífilis (de 51 para 41).

Os atendimentos antirrábicos tiveram, nos primeiros quatro meses de 2015, o maior número de agravos de notificação obrigatória (1.929), seguidos dos acidentes por animais peçonhentos (413) e de casos de varicela (381).

Rede de serviços

A rede do SUS (Sistema Único de Saúde) de Curitiba conta com 141 equipamentos próprios, sendo 109 Unidades de Saúde, nove UPAS (Unidades de Pronto Atendimento), 12 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), cinco unidades especializadas, dois Centros de Especialidades Odontológicas, dois hospitais, o Laboratório de Análises Clínicas e a Central de Vacinas. De acordo com o balanço, também são disponibilizadas seis Residências Terapêuticas, o Centro de Zoonoses e contratos com clínicas especializadas, hospitais e serviços de apoio diagnóstico e terapêutico.

No total, a rede soma 386 serviços e 3.347 leitos hospitalares. Na atenção básica à saúde, Titton apresentou a realização de 283,4 mil consultas com enfermeiros, 585,9 mil consultas com médicos e 65,3 mil primeiras consultas odontológicas, dentre outros dados. As quatro equipes dos consultórios móveis atenderam 2.560 moradores de rua. Nos atendimentos domicilares, a média é de 500 pacientes por mês.

Ainda de acordo com o balanço à Câmara de Curitiba, no primeiro quadrimestre o Laboratótio Municipal realizou 1,136 milhão exames. Na atenção hospitalar, Titton destacou a aquisição do novo tomógrafo do Cajuru, por meio de emendas dos vereadores (leia mais), do ultrassom e do ventilador pulmonar do Pequeno Príncipe (que também teve emendas parlamentares) e do início das atividades do Ambulatório de Gerontologia do Hospital do Idoso Zilda Arns.

Quanto à produção das UPAS, que tiveram 344,5 mil consultas médicas e 385,8 mil com enfermeiros, o diretor de Redes de Atenção à Saúde avalia que o número pode cair ainda mais, com o direcionamento da população às Unidades de Saúde.

Gestão da rede

A secretária interina da pasta, Jane Sescatto, falou sobre a gestão da rede. Em substituição a Adriano Massuda, que representa Curitiba em congresso internacional sobre o controle da aids, na Índia, ela destacou avanços no atendimento à população, devido aos indicadores da Ouvidoria da Saúde.

Definido pela palestrante como "termômetro do sistema", o órgão recebeu 7.518 manifestações (a maior parte, 4.131, referente às Unidades de Saúde), sendo 4.644 reclamações, 751 elogios e 2.063 solicitações. O primeiro quadrimestre de 2014 teve 8.646 registros, com 5.284 queixas, 719 elogios e 2.374 solicitações.

Outros avanços citados por Jane foram a conclusão e a continuidade de obras nos equipamentos públicos da saúde, a realização de concurso público para a contratação de médicos, a publicação da lei 14.064/2015, a gestão de mais cinco CAPS (dos 12 CAPS, 11 estão sobre gestão da FEAES e 1 é de gestão própria) e o início da residência médica para 42 profissionais, em áreas como clínica  médica, psiquiatria e saúde do idoso.

Em relação às receitas e despesas, a secretária interina apontou o empenho de R$ 488,8 milhões, sendo 56,7% de fontes externas e 43,2% do Tesouro Municipal. Pessoal e encargos correspondem a R$ 193 milhões. Em outras despesas, 46,7% foram destinados à atenção básica e 51,7% à assistência hospitalar e laboratorial.