Secretária da Mulher anuncia ações da pasta extraordinária
A secretária municipal da Mulher, Roseli Isidoro, participou, nesta quarta-feira (20), da Tribuna Livre da Câmara Municipal de Curitiba. Ela apresentou dados sobre a violência contra a mulher, ações já desenvolvidas, projetos da pasta extraordinária e falou sobre a construção, na capital, da Casa da Mulher Brasileira. A iniciativa, que será implantada até março de 2014 por meio do programa do governo federal Mulher, Viver Sem Violência, vai permitir a integração dos serviços voltados à vítima de violência, hoje pulverizados pela cidade.
Roseli destacou que Curitiba, quase dez anos depois da criação da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, é a última das capitais a ter sua secretaria da Mulher – criada por meio de decreto do prefeito Gustavo Fruet, em 31 de janeiro, e oficializada em 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Segundo ela, será apresentada mensagem do Executivo, ainda neste semestre, para que a pasta extraordinária seja permanente. Outra proposição deve tratar de alterações no Conselho Municipal da Condição Feminina, após a realização de audiência pública.
A ex-vereadora apresentou diversos dados referentes à mulher, que ocupa 47% das vagas de trabalho em Curitiba, mas ainda possui salários menores. No país, 49% dos empreendedores são mulheres. A meta da prefeitura, afirmou Roseli, é que a cidade torne-se referência no empreendedorismo feminino. Quanto ao que definiu como “epidemia da violência”, falou sobre a Rede de Atenção à Mulher, que teve a adesão do governo estadual. O Paraná é o quarto estado brasileiro com maior número de assassinatos de mulheres. Na capital, o bairro CIC é o que concentra mais casos de violência, seguido por Sítio Cercado, Cajuru e Centro. Os segmentos mais vulneráveis são as idosas e as jovens. Os números também apontam a descrença das vítimas em relação ao Poder Judiciário.
“A secretaria gostaria de começar com uma agenda mais propositiva, mas os dados levaram a um plano emergencial, apresentado em Brasília”, relatou. “É urgente o estabelecimento de políticas públicas”. O Plano Municipal de Políticas para as Mulheres, de acordo com a secretária municipal, será apresentado em 2014, após uma agenda de discussões. “A pasta nasce como mecanismo de articulação, para operacionalizar propostas de outras secretarias”, completou. Dentre as açõe previstas, Roseli citou a capacitação dos agentes envolvidos no atendimento às vítimas de violência e a criação de sistema de monitoramento da mulher agredida, para acompanhar sua recuperação.
Responsável pela saudação à representante do Executivo municipal, a líder da oposição, Noemia Rocha (PMDB), falou sobre a importância de se articular políticas públicas específicas às viciadas em drogas e ao empreendedorismo feminino. Também participaram do debate o presidente da Casa, Paulo Salamuni (PV), e os vereadores Carla Pimentel (PSC), Valdemir Soares (PRB), Professora Josete (PT), Pedro Paulo (PT), Helio Wirbiski (PPS), Felipe Braga Côrtes (PSDB), Tico Kuzma (PSB), Aldemir Manfron (PP), Mestre Pop (PSC), Cristiano Santos (PV), Jorge Bernardi (PDT), Chico do Uberaba (PMN) e Chicarelli (PSDC).
Casa da Mulher
Segundo Roseli, a “Casa da Mulher Brasileira” ficará na região central do município, em terreno de cerca de 3,2 mil metros quadrados, sendo 2 mil metros quadrados de área construída. O imóvel será cedido pela prefeitura, também responsável pela disponibilização de mão-de-obra.
A previsão é que o local reúna, dentre outros serviços, a Delegacia da Mulher, Defensoria Pública, Juizado especial, acesso ao mercado de trabalho, espaço de convivência, brinquedoteca, central de transporte e alojamento de passagem.
O governo federal, por meio do progrma Mulher, Viver Sem Violência, vai instalar as unidades nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal, a um custo unitário médio de R$ 4,8 milhões. A União também será responsável, por três anos, pelo custeio das Casas das Mulheres.
Seminário
A Câmara Municipal de Curitiba e a prefeitura dão sequência ao debate sobre o enfrentamento da violência contra a mulher nesta sexta-feira (22), em seminário conjunto. O evento será realizado das 8h30 às 17h, no Salão de Atos do Parque Barigui, com a presença da ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, Eleonora Menicucci, dentre outras autoridades.
Saiba mais sobre o seminário clicando aqui.
Data: 20/03/2013 - 15:33:12 Secretária da Mulher anuncia ações da pasta extraordinária A secretária municipal da Mulher, Roseli Isidoro, participou, nesta quarta-feira (20), da Tribuna Livre da Câmara Municipal de Curitiba. Ela apresentou dados sobre a violência contra a mulher, ações já desenvolvidas, projetos da pasta extraordinária e falou sobre a construção, na capital, da Casa da Mulher Brasileira. A iniciativa, que será implantada até março de 2014 por meio do programa do governo federal Mulher, Viver Sem Violência, vai permitir a integração dos serviços voltados à vítima de violência, hoje pulverizados pela cidade.
Roseli destacou que Curitiba, quase dez anos depois da criação da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, é a última das capitais a ter sua secretaria da Mulher – criada por meio de decreto do prefeito Gustavo Fruet, em 31 de janeiro, e oficializada em 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Segundo ela, será apresentada mensagem do Executivo, ainda neste semestre, para que a pasta extraordinária seja permanente. Outra proposição deve tratar de alterações no Conselho Municipal da Condição Feminina, após a realização de audiência pública. A ex-vereadora apresentou diversos dados referentes à mulher, que ocupa 47% das vagas de trabalho em Curitiba, mas ainda possui salários menores. No país, 49% dos empreendedores são mulheres. A meta da prefeitura, afirmou Roseli, é que a cidade torne-se referência no empreendedorismo feminino. Quanto ao que definiu como “epidemia da violência”, falou sobre a Rede de Atenção à Mulher, que teve a adesão do governo estadual. O Paraná é o quarto estado brasileiro com maior número de assassinatos de mulheres. Na capital, o bairro CIC é o que concentra mais casos de violência, seguido por Sítio Cercado, Cajuru e Centro. Os segmentos mais vulneráveis são as idosas e as jovens. Os números também apontam a descrença das vítimas em relação ao Poder Judiciário. “A secretaria gostaria de começar com uma agenda mais propositiva, mas os dados levaram a um plano emergencial, apresentado em Brasília”, relatou. “É urgente o estabelecimento de políticas públicas”. O Plano Municipal de Políticas para as Mulheres, de acordo com a secretária municipal, será apresentado em 2014, após uma agenda de discussões. “A pasta nasce como mecanismo de articulação, para operacionalizar propostas de outras secretarias”, completou. Dentre as açõe previstas, Roseli citou a capacitação dos agentes envolvidos no atendimento às vítimas de violência e a criação de sistema de monitoramento da mulher agredida, para acompanhar sua recuperação. Responsável pela saudação à representante do Executivo municipal, a líder da oposição, Noemia Rocha (PMDB), falou sobre a importância de se articular políticas públicas específicas às viciadas em drogas e ao empreendedorismo feminino. Também participaram do debate o presidente da Casa, Paulo Salamuni (PV), e os vereadores Carla Pimentel (PSC), Valdemir Soares (PRB), Professora Josete (PT), Pedro Paulo (PT), Helio Wirbiski (PPS), Felipe Braga Côrtes (PSDB), Tico Kuzma (PSB), Aldemir Manfron (PP), Mestre Pop (PSC), Cristiano Santos (PV), Jorge Bernardi (PDT), Chico do Uberaba (PMN) e Chicarelli (PSDC). Casa da Mulher Segundo Roseli, a “Casa da Mulher Brasileira” ficará na região central do município, em terreno de cerca de 3,2 mil metros quadrados, sendo 2 mil metros quadrados de área construída. O imóvel será cedido pela prefeitura, também responsável pela disponibilização de mão-de-obra. A previsão é que o local reúna, dentre outros serviços, a Delegacia da Mulher, Defensoria Pública, Juizado especial, acesso ao mercado de trabalho, espaço de convivência, brinquedoteca, central de transporte e alojamento de passagem. O governo federal, por meio do progrma Mulher, Viver Sem Violência, vai instalar as unidades nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal, a um custo unitário médio de R$ 4,8 milhões. A União também será responsável, por três anos, pelo custeio das Casas das Mulheres. Seminário A Câmara Municipal de Curitiba e a prefeitura dão sequência ao debate sobre o enfrentamento da violência contra a mulher nesta sexta-feira (22), em seminário conjunto. O evento será realizado das 8h30 às 17h, no Salão de Atos do Parque Barigui, com a presença da ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, Eleonora Menicucci, dentre outras autoridades. Saiba mais sobre o seminário clicando aqui. |
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