Secretária da Educação: edital aumentará vagas para crianças de 0 a 3 anos

por Assessoria Comunicação publicado 14/10/2019 14h05, última modificação 11/11/2021 07h08

A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) recebeu, nesta segunda-feira (14), a secretária de Educação, Maria Sílvia Bacila, defendeu o edital para credenciamento de creches dispostas a conveniar com a Prefeitura de Curitiba para o atendimento de crianças de 0 a 3 anos. A visita responde a questionamentos feitos por vereadores na semana passada. “Não é verdade que [a gestão Rafael Greca] fechou berçários. A nossa gestão abriu berçários e abrirá mais berçários”, afirmou a gestora da Secretaria Municipal de Educação (SME).

“Aumentaremos em 1.800 vagas o atendimento de crianças de 0 a 3 anos”, adiantou Bacila, explicando que o edital foi lançado agora em decorrência do fim do contrato anterior, firmado em 2015. Foi montada uma comissão de estudo, disse a gestora, que analisou o cenário da educação infantil e chegou ao valor de R$ 8,6 mil por criança para um período de 200 dias letivos. Às críticas que o valor seria insuficiente, podendo ocasionar o fechamento de algumas unidades em regiões socialmente vulneráveis da cidade, a secretária de Educação defendeu o trabalho técnico da comissão.

O assunto veio à tona quando Professora Josete (PT) relatou a situação do Centro de Educação Infantil Divina Misericórdia, no Sabará, que hoje recebe 280 crianças. Acordo entre os blocos parlamentares limitou as perguntas às lideranças do Executivo, Pier Petruzziello (PTB), e da Oposição, Josete. “As crianças de pré-escola serão atendidas na nossa rede em vagas de período integral, respondeu Maria Bacila, dizendo ver, nessa vinda ao Legislativo, “uma oportunidade para tranquilizar a população. “São valores justos [os pagos por criança] e possibilitam o atendimento”. Bacila anunciou mudança no sistema de pedido por vagas na rede municipal, que será lançado oficialmente nesta sexta (18).

“Será um aplicativo para termos de maneira exata e transparente quem são as crianças que efetivamente fazem parte da fila e necessitam das vagas. Todas serão cadastradas no aplicativo, pelo responsável, indicando o CPF da criança. Não vamos mais ter lista por CMEI, então não haverá mais registros duplicados”, comemorou Maria Bacila, colocando que a inteligência artificial cruzará indicadores de vulnerabilidade social com georreferenciamento – “perto da residência ou do local de trabalho [dos responsáveis] – tornando a definição mais impessoal. “É um ganho de inovação e de transparência”, disse.

Pedindo que seja aberto outro espaço de debate do edital, Josete ponderou ser importante a secretária receber pais de alunos e de representantes das creches conveniadas. Bacila respondeu valorizando o trabalho da comissão, acrescentando que o aumento no atendimento foi possível graças à autorização para contratação de profissionais via Processo Seletivo Simplificado (PSS). Sobre as conveniadas, acrescento que será proibida cobrança de taxas dos pais e que aquelas que não usem prédios públicos poderão adotar modelos mistos, com alunos particulares sendo atendidos no mesmo espaço.

Pier Petruzziello não fez perguntas, parabenizou a secretária pela exposição e cumprimentou a equipe da Secretaria de Educação que acompanhou o debate. “A equipe está à disposição dos vereadores, caso tenham mais perguntas”, disse. Estiveram presentes a chefe de gabinete da secretaria municipal de Educação, Marcia Peça; a superintendente de gestão educacional da secretaria, Andressa Pereira; a diretora de departamento de educação infantil da secretaria, Kellen Colerino; o assessor executivo da secretaria, Giovane Santos Vieira; e as pedagogas Carmen Navarro Henriques e Mariangela Brunetti.

Também acompanhou a discussão em plenário a coordenadora do Centro de Educação Infantil (CEI) Casa da Criança, Maria de Lourdes Rusik. Em entrevista ao Instagram da Câmara de Curitiba, ela disse que concorda com o edital porque ele faz com que “a gente consiga trabalhar, de acordo com a necessidade da população hoje. Um pai não terá mais esse custo, porque um pai hoje paga até de 250 a 400 reais para um serviço que a Prefeitura já está pagando”.