Saúde presta contas na Câmara

por Assessoria Comunicação publicado 26/05/2009 20h10, última modificação 24/06/2021 08h18
Segundo dados apresentados na audiência pública da Secretaria Municipal da Saúde, realizada na tarde desta terça-feira (26), na Câmara de Curitiba, o Programa Mãe Curitibana continua sendo a principal das ações da pasta na prestação dos serviços à população. De um total, no ano passado, de 16.454 atendimentos, 3.460 correspondem ao último trimestre. Este e outros  detalhes foram apresentados aos vereadores pela secretária em exercício,  Eliane Chomatas, e equipe técnica formada pela superintendente, Beatriz Battistella Nadas, Inês Kultchek  Marty e Roberto Brichel, dos núcleos de gestão e financeiro.
As abordagens feitas pelos técnicos deixou os vereadores informados sobre todo o procedimento da secretaria nos  meses de outubro, novembro e dezembro. As bancadas partidárias de situação e oposição fizeram seus questionamentos. Para o líder do prefeito na Casa, vereador Mario Celso Cunha (PSB), “a avaliação feita sem restrições, com todas as metas cumpridas, faz jus à atenção do prefeito Beto Richa aos dirigentes deste segmento comandado pelo médico Luciano Ducci.” Pela oposição, a líder Noemia Rocha (PMDB) apontou  a necessidade do aprimoramento em programas de saúde mental, considerados aquém  de outros relatados pela prestação de contas. Diversos parlamentares também se manifestaram, indicando as deficiências em cada uma das bases que representam na Casa.
Relatório
A prestação de contas mostrou que a saúde financeira da secretaria está sendo mantida com excedentes de resultado, permitindo investimentos em percentuais acima da meta estabelecida no plano de governo municipal e pela Constituição Federal. No bloco de média e alta complexidades, 45,66%, e 43,88%, na prestação dos serviços. A secretaria fechou o balanço  financeiro do ano com saldo positivo de mais de R$ 15 milhões, segundo Brichel. O percentual atingido foi de 16,29%, enquanto a Constituição estabelece 15%,  representando aproximadamente R$ 300 milhões de investimentos no ano.  Como resultado, foram inaugurados  oito  espaços  de saúde e  seis unidades especializadas nos bairros do Portão, Higienópolis, Campo Comprido e  junto à área de abrangência da Regional Matriz.
Para o presidente da Comissão de Saúde da Câmara, vereador Aldemir Manfron (PP), a principal indagação, contudo, continua sendo a previsão de contratação de novos médicos, para aprimorar o atendimento dos centros de saúde  e unidades 24 Horas, onde,  diz o parlamentar, “as necessidades ainda apresentam deficiência, conforme os pacientes.” Neste sentido, uma das abordagens dos próprios vereadores foi a criação de um hospital metropolitano para tentar minimizar constantes filas nos postos onde a demanda de pacientes da Grande Curitiba excede o atendimento local. Os dados da secretaria  indicam no trimestre 40.690 internamentos na rede e um total geral de 157.675 no ano.  
A prestação de contas  ainda apresentou  dados sobre outros programas desenvolvidos, que enfocam  a rede de proteção à criança e ao adolescente, atenção à mulher, principalmente em situação de violência, revisão e alteração dos itens da farmácia curitibana, ações integradas de combate à dengue e monitoramento sobre a gripe A e o trabalho de educação em saúde, que é realizado por voluntários.
Para os vereadores, foi satisfatório constatar que a  Ouvidoria da Saúde tem aberto encaminhamento para mais de  8 mil reclamações feitas durante o ano e 2.194 no último trimestre, além de saber que o Programa Saúde da Família apresentou uma cobertura de 33,7%, com o incremento de mais de 40 mil  pessoas atendidas em comparação ao período anterior. A audiência, aberta às 16h, se estendeu até depois do horário regimental da sessão, às 19h, com  debate e análise de todas as reivindicações feitas pelos vereadores em nome da comunidade.