Saúde mental debatida em audiência na Câmara Municipal
A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) realizou, nesta quarta-feira (2), audiência pública para discutir o panorama sobre as políticas públicas municipais relacionadas à saúde mental. O evento foi organizado pela vereadora Noemia Rocha (MDB), autora da lei municipal 15.160/2018 que instituiu na cidade a campanha Janeiro Branco, de conscientização sobre o tema. “É um assunto muito latente. É uma bandeira que deveria ser prioridade em políticas públicas”, frisou a vereadora.
Confira toda a audiência que foi transmitida ao vivo pelo YouTube. Mais fotos do evento no Flickr da CMC.
Em evento que reuniu integrantes do setor público, além da sociedade civil organizada, foram discutidos tanto assuntos relacionados à saúde psicológica quanto à atuação do Município nesses casos. Segundo a coordenadora de Saúde Mental da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Flávia Adachi, os serviços da prefeitura abrangem desde o atendimento ambulatorial nas unidades de saúde, passando pelos 13 Caps (Centro de Atenção Psicossocial), leitos de retaguarda até o encaminhamento o atendimento hospitalar. De acordo com ela ela, o Município atua conforme as demandas de cada região da cidade. “É um trabalho que nos desafia a todo momento, a práticas mais humanizadas, mais acolhedoras”, pontuou.
Presidente do Conselho Regional de Psicologia do Paraná, Célia Mazza de Souza apontou que é necessário fortalecer os atendimentos prestados pelo SUS e consultar a população para uma ação em conjunto. “Precisamos ouvir mais para construir redes de apoio. […] São aspectos socioeconômicos, culturais, de religião, questão sexual, isso tudo tem reflexo na saúde mental”, frisou.
Para a psicóloga Mariana Singeski, uma das articuladoras do Janeiro Branco em Curitiba, vive-se hoje uma “alavancagem” de problemas relacionados à saúde mental e que a psicologia enfrenta atualmente “um dos maiores desafios do nosso tempo”. Ela citou a importância de ações do Janeiro Branco, como a mobilização social em torno do tema e a realização de palestras e diálogos multidisciplinares. Atentou ainda sobre os mais de 300 mil casos registrados de violência autoprovocada, que são os casos de ideação suicida, automutilações, tentativas de suicídio e suicídio, entre os anos de 2011 e 2018, sendo que dois terços deles referem-se às mulheres.
Olhar o tratamento psiquiátrico e psicológico para além do uso de medicamentos foi destacado por Patrícia Santos de Lima, vice-presidente do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito). Ela citou atividades que realiza com os pacientes em tratamento no Hospital de Clínicas (HC) de Curitiba, como ir ao shopping ou ao cinema. “Quando [os pacientes] vêm para a terapia ocupacional, fazemos tudo o que fariam se não estivessem em tratamento psiquiátrico. Eles se sentem incluídos na sociedade”, frisou.
Da mesma opinião comunga a assistente social do setor de oncologia do HC, Ielsa Kafka. Ela disse que, desde 2016, são realizadas oficinas de artes com as crianças daquela entidade. “[As oficinas] fizeram toda a diferença neste tratamento”. No entanto, Ielsa lamentou a perda do espaço que antes era dedicado para estas atividades e pediu interlocução da Câmara Municipal junto ao hospital, para reaverem o apoio a este tipo de iniciativa. Durante a audiência, um grupo de meninas, que hoje se encontram em fase de manutenção do acompanhamento oncológico, fizeram uma apresentação de balé.
Os participantes da audiência puderam esclarecer dúvidas sobre os atendimentos prestados pelo Município e comentar ações bem-sucedidas na área da saúde mental. Também participou da audiência o secretário municipal de Saúde da cidade de Colombo, Darci Martins Braga.
Confira toda a audiência que foi transmitida ao vivo pelo YouTube. Mais fotos do evento no Flickr da CMC.
Em evento que reuniu integrantes do setor público, além da sociedade civil organizada, foram discutidos tanto assuntos relacionados à saúde psicológica quanto à atuação do Município nesses casos. Segundo a coordenadora de Saúde Mental da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Flávia Adachi, os serviços da prefeitura abrangem desde o atendimento ambulatorial nas unidades de saúde, passando pelos 13 Caps (Centro de Atenção Psicossocial), leitos de retaguarda até o encaminhamento o atendimento hospitalar. De acordo com ela ela, o Município atua conforme as demandas de cada região da cidade. “É um trabalho que nos desafia a todo momento, a práticas mais humanizadas, mais acolhedoras”, pontuou.
Presidente do Conselho Regional de Psicologia do Paraná, Célia Mazza de Souza apontou que é necessário fortalecer os atendimentos prestados pelo SUS e consultar a população para uma ação em conjunto. “Precisamos ouvir mais para construir redes de apoio. […] São aspectos socioeconômicos, culturais, de religião, questão sexual, isso tudo tem reflexo na saúde mental”, frisou.
Para a psicóloga Mariana Singeski, uma das articuladoras do Janeiro Branco em Curitiba, vive-se hoje uma “alavancagem” de problemas relacionados à saúde mental e que a psicologia enfrenta atualmente “um dos maiores desafios do nosso tempo”. Ela citou a importância de ações do Janeiro Branco, como a mobilização social em torno do tema e a realização de palestras e diálogos multidisciplinares. Atentou ainda sobre os mais de 300 mil casos registrados de violência autoprovocada, que são os casos de ideação suicida, automutilações, tentativas de suicídio e suicídio, entre os anos de 2011 e 2018, sendo que dois terços deles referem-se às mulheres.
Olhar o tratamento psiquiátrico e psicológico para além do uso de medicamentos foi destacado por Patrícia Santos de Lima, vice-presidente do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito). Ela citou atividades que realiza com os pacientes em tratamento no Hospital de Clínicas (HC) de Curitiba, como ir ao shopping ou ao cinema. “Quando [os pacientes] vêm para a terapia ocupacional, fazemos tudo o que fariam se não estivessem em tratamento psiquiátrico. Eles se sentem incluídos na sociedade”, frisou.
Da mesma opinião comunga a assistente social do setor de oncologia do HC, Ielsa Kafka. Ela disse que, desde 2016, são realizadas oficinas de artes com as crianças daquela entidade. “[As oficinas] fizeram toda a diferença neste tratamento”. No entanto, Ielsa lamentou a perda do espaço que antes era dedicado para estas atividades e pediu interlocução da Câmara Municipal junto ao hospital, para reaverem o apoio a este tipo de iniciativa. Durante a audiência, um grupo de meninas, que hoje se encontram em fase de manutenção do acompanhamento oncológico, fizeram uma apresentação de balé.
Os participantes da audiência puderam esclarecer dúvidas sobre os atendimentos prestados pelo Município e comentar ações bem-sucedidas na área da saúde mental. Também participou da audiência o secretário municipal de Saúde da cidade de Colombo, Darci Martins Braga.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba