São Francisco poderá agrupar produção cultural
A transformação do bairro São Francisco em setor especial de produção cultural foi debatida na reunião da Comissão de Urbanismo e Obras Públicas da Câmara de Curitiba, nesta quarta-feira (8). Vereadores, representantes da prefeitura de Curitiba e da sociedade civil organizada discutiram melhorias na infraestrutura, com foco na revitalização da região, conhecida por seus prédios históricos e por seus movimentos culturais.
A Lei Orgânica do Município, em seu artigo 150, prevê a criação de um zoneamento específico para fins culturais, com diretrizes peculiares de uso e ocupação do solo. A aplicação do que determina o texto foi cobrada pelo jornalista Jaques Brand. “O artigo traz várias possibilidades. Ele permite o reconhecimento da vocação das áreas da cidade. O passo inicial que estamos propondo é o reconhecimento de um pequeno perímetro como piloto, no São Francisco”, afirmou.
Uma proposta, elaborada por moradores, lojistas e frequentadores do bairro, foi apresentada à comissão sugerindo mudanças no horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais, no trânsito local e, ainda, requerendo melhorias na iluminação pública, segurança, além da promoção de atividades culturais.
Em nome da comissão que apresentou o documento, Rodolfo Jaruga resgatou que a região, em especial o Baixo São Francisco, acumula diversas funções sociais e econômicas e que, mais recentemente, houve o surgimento de uma nova função: a comercial noturna. “O bairro virou ponto de encontro de universitários, boêmios e artistas. A ideia é redigir um projeto de revitalização que harmonize as atividades do bairro e reconheça sua vocação espontânea e legítima para a cultura”, reforçou.
Presente na reunião, o superintendente da Fundação Cultural de Curitiba (FCC), Igor Cordeiro, disse que o órgão está, em conjunto com outras secretarias municipais, debatendo ações de revitalização do espaço, como melhorias na iluminação e na segurança.
Ainda conforme Cordeiro, a FCC estuda a criação de feiras culturais mensais, para a divulgação dos produtos culturais, além da disponibilização de espaços para grafite, para valorizar a arte urbana. “O São Francisco é o lugar onde a efervescência cultural da cidade acontece. O investimento no crescimento cultural do bairro continuará a ser feito”, comprometeu-se.
Revitalização além do Baixo São Francisco
Segundo o produtor cultural André Feiges, diversos equipamentos culturais não foram citados na proposta de revitalização apresentada ao Legislativo, que apenas contemplaria a parte baixa do São Francisco, entre eles a Praça do Gaúcho. “Precisamos fomentar a economia criativa, o bairro é conhecido por uma grande produção de design de moda”, salientou.
Brenda Maria, representante da Sociedade Treze de Maio, também pediu que as propostas sejam ampliadas para o Alto São Francisco, onde está localizado o clube, considerado um dos mais tradicionais do país. “A questão histórica e patrimonial vem antes da cultura e do comércio. Não devemos apenas incentivar o turismo de consumo”, concluiu.
A comerciante Andréa Karam, por sua vez, lembrou que o abandono de setores importantes para a economia e cultura da cidade também passa pelo centro da capital, onde moradores e empresários têm medo de sair nas ruas. “A violência e a insegurança são crescentes e todos aqui temos o objetivo de lutar para que a cidade seja harmoniosa.
Presidente do colegiado, Jonny Stica (PT) orientou que as propostas sejam debatidas em audiências públicas, a fim de colher as sugestões de todos os movimentos que atuam na região para a elaboração de uma minuta final do projeto de revitalização. “O Legislativo Municipal é o espaço para que a população possa exigir seus direitos e reivindicar melhorias para a cidade”, reforçou.
Já para Igor Cordeiro, a sociedade organizada deve aproveitar o momento para dar sua contribuição durante a elaboração do Plano Diretor de Curitiba, que começa a ser discutido no segundo semestre de 2013. “A partir de julho, teremos a oportunidade de mudar a área para os próximos 20 anos, independente da administração pública. Os movimentos devem se juntar em prol do bairro. As demandas não podem ser contraditórias. Prefeitura e Câmara são formadas por pessoas, que precisam da participação das pessoas”, convocou o superintendente da FCC.
“Essa Casa só tem sentido se souber ouvir o idioma das praças e ruas da cidade. Eu comparo a Câmara Municipal com um paciente que está com uma hemorragia grave e que tenta estancá-la. Tenta resgatar sua confiança na comunidade. E ouvir a população é agir com transparência e compromisso”, finalizou o presidente do Legislativo, Paulo Salamuni (PV).
Além de Stica, compõem a comissão Tiago Gevert (PSC), vice-presidente; Helio Wirbiski (PPS), Pier Petruzziello (PTB) e Toninho da Farmácia (PP). O vereador Bruno Pessuti (PSC) também acompanhou a reunião.
A Lei Orgânica do Município, em seu artigo 150, prevê a criação de um zoneamento específico para fins culturais, com diretrizes peculiares de uso e ocupação do solo. A aplicação do que determina o texto foi cobrada pelo jornalista Jaques Brand. “O artigo traz várias possibilidades. Ele permite o reconhecimento da vocação das áreas da cidade. O passo inicial que estamos propondo é o reconhecimento de um pequeno perímetro como piloto, no São Francisco”, afirmou.
Uma proposta, elaborada por moradores, lojistas e frequentadores do bairro, foi apresentada à comissão sugerindo mudanças no horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais, no trânsito local e, ainda, requerendo melhorias na iluminação pública, segurança, além da promoção de atividades culturais.
Em nome da comissão que apresentou o documento, Rodolfo Jaruga resgatou que a região, em especial o Baixo São Francisco, acumula diversas funções sociais e econômicas e que, mais recentemente, houve o surgimento de uma nova função: a comercial noturna. “O bairro virou ponto de encontro de universitários, boêmios e artistas. A ideia é redigir um projeto de revitalização que harmonize as atividades do bairro e reconheça sua vocação espontânea e legítima para a cultura”, reforçou.
Presente na reunião, o superintendente da Fundação Cultural de Curitiba (FCC), Igor Cordeiro, disse que o órgão está, em conjunto com outras secretarias municipais, debatendo ações de revitalização do espaço, como melhorias na iluminação e na segurança.
Ainda conforme Cordeiro, a FCC estuda a criação de feiras culturais mensais, para a divulgação dos produtos culturais, além da disponibilização de espaços para grafite, para valorizar a arte urbana. “O São Francisco é o lugar onde a efervescência cultural da cidade acontece. O investimento no crescimento cultural do bairro continuará a ser feito”, comprometeu-se.
Revitalização além do Baixo São Francisco
Segundo o produtor cultural André Feiges, diversos equipamentos culturais não foram citados na proposta de revitalização apresentada ao Legislativo, que apenas contemplaria a parte baixa do São Francisco, entre eles a Praça do Gaúcho. “Precisamos fomentar a economia criativa, o bairro é conhecido por uma grande produção de design de moda”, salientou.
Brenda Maria, representante da Sociedade Treze de Maio, também pediu que as propostas sejam ampliadas para o Alto São Francisco, onde está localizado o clube, considerado um dos mais tradicionais do país. “A questão histórica e patrimonial vem antes da cultura e do comércio. Não devemos apenas incentivar o turismo de consumo”, concluiu.
A comerciante Andréa Karam, por sua vez, lembrou que o abandono de setores importantes para a economia e cultura da cidade também passa pelo centro da capital, onde moradores e empresários têm medo de sair nas ruas. “A violência e a insegurança são crescentes e todos aqui temos o objetivo de lutar para que a cidade seja harmoniosa.
Presidente do colegiado, Jonny Stica (PT) orientou que as propostas sejam debatidas em audiências públicas, a fim de colher as sugestões de todos os movimentos que atuam na região para a elaboração de uma minuta final do projeto de revitalização. “O Legislativo Municipal é o espaço para que a população possa exigir seus direitos e reivindicar melhorias para a cidade”, reforçou.
Já para Igor Cordeiro, a sociedade organizada deve aproveitar o momento para dar sua contribuição durante a elaboração do Plano Diretor de Curitiba, que começa a ser discutido no segundo semestre de 2013. “A partir de julho, teremos a oportunidade de mudar a área para os próximos 20 anos, independente da administração pública. Os movimentos devem se juntar em prol do bairro. As demandas não podem ser contraditórias. Prefeitura e Câmara são formadas por pessoas, que precisam da participação das pessoas”, convocou o superintendente da FCC.
“Essa Casa só tem sentido se souber ouvir o idioma das praças e ruas da cidade. Eu comparo a Câmara Municipal com um paciente que está com uma hemorragia grave e que tenta estancá-la. Tenta resgatar sua confiança na comunidade. E ouvir a população é agir com transparência e compromisso”, finalizou o presidente do Legislativo, Paulo Salamuni (PV).
Além de Stica, compõem a comissão Tiago Gevert (PSC), vice-presidente; Helio Wirbiski (PPS), Pier Petruzziello (PTB) e Toninho da Farmácia (PP). O vereador Bruno Pessuti (PSC) também acompanhou a reunião.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba