Sacolas plásticas serão proibidas no comércio

por Assessoria Comunicação publicado 26/06/2007 17h50, última modificação 16/06/2021 10h16
As sacolas plásticas usadas pelos estabelecimentos comerciais podem estar com seus dias contados. Em sessão extraordinária da Câmara de Curitiba, nesta terça-feira (26), foi aprovado projeto de lei que dispõe sobre a utilização de embalagens oxi-biodegradáveis (OBP). A proposta é do vereador Luizão Stellfeld (PCdoB) e foi aprovada por unanimidade.
O documento prevê normas para uso de sacolas de caráter transitório e de lixo, excetuando as embalagens originais das mercadorias. A nova sacola é absorvida pelo ambiente em no máximo 18 meses, se transformando em biomassa, sem qualquer prejuízo ao ambiente. “A intenção é evitar danos ao meio ambiente, entupimento de esgotos, córregos e enchentes, já que o plástico comum demora cerca de 500 anos para ser degradado e absorvido em ambiente natural”, avalia o parlamentar.
Desintegração
Por sugestão da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, fica facultado aos estabelecimentos comerciais o incentivo e a utilização de sacolas não-descartáveis e não poluentes para acondicionamento das mercadorias.
“A população aumentou o consumo, gerando toneladas de lixo diariamente”, disse Luizão, ao defender seu projeto. O parlamentar destacou a simplicidade da proposta, já que trata apenas da adição de um componente na produção da sacola plástica, permitindo sua desintegração em um ano e meio. O parlamentar informou, ainda, que a prática é comum em outras cidades no Brasil e exterior.
Os estabelecimentos comerciais terão prazo de um ano, se sancionada a lei, para a substituição das sacolas. Aqueles que descumprirem a determinação, serão autuados e terão o alvará de funcionamento suspenso até a substituição das sacolas simples pelas biodegradáveis.
Qualidade de vida
O vereador Tico Kuzma (sem partido) comentou que, na semana passada, participou do lançamento das sacolas oxi-biodegradáveis dos supermercados Condor. “Esta é a tendência, iniciativa importante para Curitiba e para a qualidade de vida da população”. Roseli Isidoro (PT) destacou que o Condor, por ser paranaense, saiu na frente na questão ambiental. A vereadora Julieta Reis (PSB) lembrou que nos supermercados da Europa as sacolas são cobradas, incentivando a reutilização pelo consumidor.
Os vereadores Angelo Batista (PP), Nely Almeida (PSDB), Jair Cézar (PTB), Custódio da Silva (sem partido) e Elias Vidal (PDT) cumprimentaram a iniciativa e a preocupação com o meio ambiente e com a qualidade de vida da população.
Além deste projeto, também tramita na Câmara de Curitiba outro projeto de Stellfeld tornando obrigatório o uso das sacolas ecológicas pela Prefeitura, que, por sinal, já as adotou nos Armazéns da Família e na coleta de lixo. Esse documento deve ser votado no início de agosto.