Sabino Picolo presta contas: “A Câmara não fechou”
Reeleito para o 7º mandato, Sabino Picolo presidiu a CMC no biênio 2019-2020. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)
Após a eleição da Mesa para o biênio 2021-2022, o ex-presidente da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), Sabino Picolo (DEM), apresentou um balanço de sua gestão. Além de defender investimentos realizados na condução do Legislativo, o vereador desejou que o novo presidente, Tico Kuzma (Pros), e demais eleitos façam uma “grande administração, voltada para a Casa, voltada para os funcionários, voltada para a cidade e o povo”.
“Primeiro eu quero agradecer a Deus por estar vivo. Eu e mais alguns companheiros vereadores que foram contaminados, a gente sabe a incerteza dessa contaminação”, afirmou, sobre a recuperação da Covid-19, para a qual testou positivo em dezembro passado. “E nessa luta você não sabe o dia de amanhã. Essa é a pior fase da contaminação. Nosso grande vereador Jairo Marcelino não teve a mesma sorte que nós. Estamos torcendo e rezando todos os dias para o nosso vereador Cristiano Santos, que está lutando com todas as garras.”
“A Câmara não fechou [em função da pandemia]. A Câmara produziu, a Câmara aprovou todos os projetos importantes para o enfrentamento [da Covid-19] e todos os projetos importantes para a retomada da economia. Nossos vereadores cumpriram sua obrigação”, disse Picolo. Ele agradeceu a colaboração dos diretores, servidores do Legislativo, demais integrantes da Mesa Diretora e todos os parlamentares ao longo do biênio 2019-2020. “Nem sempre a gente consegue unanimidade. Eu gosto muito da crítica construtiva, porque eu aprendo a tomar o rumo certo. Com crítica ou com ajuda, todas elas foram bem-vindas e a gente tirou proveito.”
Relatório de gestão
O ex-presidente ressaltou que as contas de 2019 da CMC já foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), sem ressalvas e com unanimidade. “Começamos nosso trabalho pela praça Eufrásio Correia, que estava entregue aos drogados e desocupados há muitos anos. São dois anos que essa praça está entregue às famílias. Uma praça histórica”, lembrou.
Ele salientou outros pontos do relatório de gestão, apresentado pelo então segundo-secretário, Professor Euler (PSD), na última sessão ordinária de 2020 e disponível para consulta no site da instituição. Picolo defendeu, por exemplo, a economia em contratos de licitação; a realização de reformas nos prédios do Legislativo; a modernização do sistema de votação eletrônica, com a identificação biométrica; a implantação de uma nova rede lógica; a realização de concurso público; o desenvolvimento de um novo site; a adoção do processo administrativo eletrônico; e a migração do sistema de telefonia para a tecnologia VOIP.
“Aprovamos o Estatuto dos Servidores [da CMC], que era uma reivindicação antiga da Casa. A readequação da estrutura organizacional. Fizemos concurso público e deixamos já na reserva funcionários para substituir aqueles que estão se aposentando”, declarou. “[O Palácio Rio Branco] é uma joia que recebemos de nossos antepassados. O prédio foi construído em 1895 para sediar a Assembleia Legislativa. Nós temos que cuidar”, acrescentou, sobre a iluminação cênica do edifício, alusiva a leis, campanhas e datas comemorativas.
“Devolvemos, com tudo isso, que recebemos um orçamento bem enxuto [aprovado] em 2018, R$ 27 milhões em 2019. E agora em 2020, com todos os investimentos, devolvemos R$ 30,2 milhões”, destacou Sabino Picolo, sobre as devoluções ao Executivo. “Com certeza contribuímos com muitos empregos e impostos.”
Nova sede
“Nós tínhamos o planejamento para receber um prédio novo, que era uma vontade nossa e também do prefeito Rafael Greca. Mas recebemos a Câmara numa época de crise e daí veio a pandemia, então não tinha como a gente levar em frente”, citou, sobre uma de suas propostas na Presidência do Legislativo. “Mas já falei com o prefeito e é só levar esse projeto. Seja com uma parceria público-privada, seja com uma parceria de um fundo de investimento.”
“A Casa, a cidade, merecem um prédio novo. Esses prédios não correspondem à realidade do tamanho de Curitiba”, argumentou Sabino Picolo. Em sua avaliação, muitas Câmaras da região metropolitana têm sedes melhores que a da capital. Ainda para o ex-presidente, o mobiliário da CMC “está muito acanhado” e os anexos precisam de janelas antirruídos.
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