Romário Martins: político, guardião da história e líder do paranismo

por Assessoria Comunicação publicado 10/08/2018 15h35, última modificação 28/10/2021 08h55

Ao se falar da história de Curitiba e do Paraná é impossível não mencionar o nome de Romário Martins (1874-1948). Historiador, jornalista e político, ocupou diversos cargos públicos e teve sua vida marcada pela defesa dos interesses de sua terra e sua gente. O projeto Nossa Memória, da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), resgata aqui fatos importantes da vida deste intelectual curitibano, que foi vereador, presidente do Legislativo, além de prefeito interino de Curitiba.

Romário Martins também exerceu mandatos como deputado e foi líder do movimento paranista, que pretendia conferir uma identidade ao estado. Agiu como defensor do Paraná na questão dos limites territoriais com Santa Catarina, fomentou e trouxe inovações à agricultura, fundou o Instituto Histórico e Geográfico do Paraná e dirigiu o Museu Paranaense por 23 anos.

“Romário Martins sempre dignificou os cargos, missões e tarefas que se propôs a desempenhar, atuando como um verdadeiro semeador de ideias”, diz a professora Cassiana Lacerda Carollo no estudo que introduz o livro “História do Paraná”, de Romário, que foi republicado em 1995 pela coleção Farol do Saber.

Nascido em Curitiba, em 8 de dezembro de 1874, Alfredo Romário Martins era filho único do tenente coronel José Antônio Martins e de Florência Severina Ferreira Martins [que, viúvos, possuíam filhos de casamentos anteriores]. O pai morreu quando Romário tinha 10 anos e, apesar das dificuldades, a mãe conseguiu mantê-lo estudando no Colégio Curitibano.

Neste educandário, teve colegas que, assim como ele, tornariam-se figuras de ponta da cultura paranaense, como foi o caso do historiador Ermelino Agostinho de Leão e da professora Júlia Wanderley. Em 1889, aos 15 anos, iniciou seus trabalhos como auxiliar de tipógrafo nas oficinas dos jornais 19 de Dezembro e A República. Ainda como tipógrafo, também trabalhou nos jornais Quinze de Novembro, Correio Official, Diario do Commercio, Folha Nova, A Federação e também na Companhia Impressora Paranaense.

Jornalista e pesquisador
Em pouco tempo tornou-se jornalista, vindo a escrever nos principais jornais de Curitiba. Ao longo dos anos sua carreira jornalística teve pontos altos, como por exemplo, a nomeação, no final da década de 20, para a chefia de redação do jornal A República. “Evidentemente [Romário] aprendeu a entender o jornalismo como um espaço de pressões sociais, políticas e jogos de interesse, mas que também dava lugar ao idealismo pessoal e às paixões”, diz Cassiana Lacerda em seu estudo.

Em 1890, é nomeado como superintendente do ensino público. Após algumas tentativas literárias e um livro manifesto, “O socialismo”, de 1895, Romário resolve se dedicar às pesquisas históricas. Em 1898, mesmo ano de seu casamento com Benedita Menezes Alves, sobrinha do escritor e poeta Emílio de Menezes, lança “O Combate do Cormorant”, sobre o episódio do bombardeamento do navio inglês pelo forte da Ilha do Mel, em 1850.

No ano seguinte, lança “História do Paraná”, livro que marcou a historiografia paranaense. “Pelo método adotado para a explanação da matéria, pela largueza das opiniões, pela novidade das preocupações étnicas e sociais na explicação da evolução histórica do povo paranaense, bem como pela probidade na documentação e pela excelência das fontes, o livro de Romário Martins é uma bela realização de historiador”, diz o historiador Oliveira Viana, citado por Luis Roberto Soares em seu artigo “Romário – um historiador combatente”, também publicado na edição de História do Paraná, de 1995.

Criação do IHGP e direção do Museu Paranaense
A boa repercussão do livro História do Paraná abriu portas para Romário Martins. No mesmo ano de 1900, foi eleito sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, fato que certamente o inspirou a fundar, na companhia de vários intelectuais paranaenses, uma agremiação similar no estado. Surge, então, no dia 24 de maio, o Instituto Histórico e Geográfico Paranaense.

Em 1902, foi nomeado diretor do Museu Paranaense, cargo no qual permaneceu até 1923. “A relação do Museu Paranaense com o seu diretor Romário Martins pode ser considerada como um caminho de mão dupla. Se, por um lado, Romário aproveitava este local para suas pesquisas, reuniões com outras associações, para publicações de seus livros, quase como seu escritório particular, por outro, o prestígio que este diretor possuía junto ao governo e como deputado estadual permitia uma boa divulgação do museu e possibilidades de algumas regalias, como a participação nas "grandes" exposições”, explica Cíntia Maria Santana Braga Carneiro no livro “O Museu Paranaense e Romário Martins: a busca de uma identidade para o Paraná”.

De acordo com Cassiana Lacerda, Romário também foi eleito sócio dos institutos histórico e geográfico de São Paulo, da Bahia, Fluminense, de Santos e do Rio Grande do Sul, além da Sociedades Geográficas de Lisboa e da Sociedade de História Internacional, de Paris. Foi também distinguido com a medalha de Lineu, em prata, pela Academia Real das Ciências da Suécia.

Causas paranistas

Quando, em 1901, Santa Catarina ingressou com uma ação reivindicatória relativa aos limites territoriais com o Paraná, Romário se tornou um intenso ativista em prol da causa paranaense. Ele inclusive foi incumbido pelo governo do estado a pesquisar subsídios para a defesa em bibliotecas do Rio de Janeiro, São Paulo e Buenos Aires.

O governo estadual instituiu uma comissão de advogados para defender os interesses do Paraná junto à justiça. Romário colaborou com essa comissão fornecendo 156 documentos, 60 mapas e 12 opúsculos [folhetos]. Num desses mapas [ver imagem 5], por exemplo, Romário destacava o conteúdo das Cartas e Avisos Régios de 1765 a 1809, que colocavam como limite meridional da Capitania de São Paulo os rios Pelotas e Uruguai, ou seja, na visão de Romário, o Paraná deveria fazer divisa com o Rio Grande do Sul.

“Suas publicações, nesse período, atestam seu empenho na resolução da questão dos limites territoriais entre Santa Catarina e Paraná (a região do Contestado) pautado em argumentações de fôlego no sentido de evidenciar que aquela área deveria pertencer ao Paraná”, diz Antonio Marcos Myskiw em sua pesquisa “Curitiba, República das Letras (1870/1920)”.

Romário também esteve entre os intelectuais que idealizaram o Paranismo, movimento que pretendia conferir uma identidade ao estado. “O Movimento Paranista terá o sonho de inventar o Paraná, de criar um sentimento de pertencimento a uma terra que até então não possuía sequer a garantia física de seu território. Para tal vai se valer não somente de sua boa relação com o governo local, mas particularmente terá o apoio e engajamento de toda a intelectualidade paranaense do período, seja ela dos jornalistas, historiadores, poetas, artistas plásticos etc”, comenta Luis Fernando Lopes Pereira em sua dissertação “Paranismo: cultura e imaginário no Paraná da 1ª República”, de 1996.

Para Romário, “paranista é todo aquele que tem pelo Paraná uma afeição sincera, e que notavelmente a demonstra em qualquer manifestação de atividade digna e útil à coletividade paranaense”.

Em 1928, esteve à frente do recém-criado Departamento [estadual] de Agricultura, no qual estimulou a fundação da União Rural Paranaense, entidade com a qual empreendeu campanhas como a Cruzada do Trigo, que aumentou a produção deste cereal entre as safras de 1927 a 1931 em 585%.

Ainda nessa função, inaugurou o Serviço de Defesa Sanitária do Café, o Depósito Central de Sementes, o Laboratório de Análises e Pesquisas Biológicas, o Serviço de Defesa Sanitária Vegetal e diversos postos meteorológicos. Mas é desse período um incidente: Romário foi acusado de mau uso de recursos públicos. Após uma severa investigação, constatou-se que não só Romário era inocente das acusações, como, na verdade, era o estado que lhe devia. O episódio é contado no Boletim do Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfico Paranaense, volume XXIII, lançado por ocasião do Centenário de Romário Martins, em 1974.

Deputado
Em 1903, Vicente Machado, então presidente do Partido Republicano, propôs seu nome para a Assembleia Estadual. Romário foi eleito e permaneceu como deputado estadual durante dez legislaturas entre os anos de 1904 e 1928. Dentre as leis estaduais de sua autoria, a professora Cassiana Lacerda salienta a que estabeleceu a bandeira do Paraná; a que adotou o brasão de armas do Paraná; a que regulou o corte de madeira e estabeleceu obrigações para o reflorestamento; a que instituiu o ensino ambulante agrícola; a que estabeleceu o selo de garantia do estado para produtos de exportação; a que criou a colônia infantil para recolhimento e educação de menores desamparados; a que criou o montepio dos servidores do estado

Destacam-se ainda a legislação que determinou uma revisão dos limites territoriais dos municípios, obedecendo os acidentes naturais; a que criou a escola agronômica do estado (1918); a que projetou uma escola de desenho industrial; a que subvencionou, durante três anos, a missão Dusen, da qual resultou a coleção de flora que pertenceu ao Museu Paranaense; e a que reservou para os índios a propriedade perpétua de terras em Palmas, Guarapuava, Tibagi e Rio Negro.

Vereador
O levantamento das ações de Romário Martins na função de vereador, realizado pelo projeto Nossa Memória, tem por base os dados elencados por Rafael Greca de Macedo [atual prefeito de Curitiba] no Boletim da Casa Romário Martins nº. 3, de 1974. Todas as leis municipais citadas podem ser encontradas no link do Nossa Memória relativo à legislação municipal de 1902 a 1945.

Romário ingressou como suplente na função de vereador ainda em 1905. De início, fez três proposições ligadas à história de Curitiba. A primeira delas foi a criação do brasão de armas da cidade, lei 150 de 10 de outubro de 1905 (ver imagem 1). O desenho idealizado por Romário foi reaproveitado em 1967, quando o prefeito Omar Sabbag sancionou a lei que definiu o atual brasão da cidade, além da bandeira e do hino, pela lei municipal nº 2.993/1967.

O artigo 19 desta lei estabelece que o brasão se constitui de um “escudo clássico flamengo-ibérico, encimado pela coroa mural que a classifica com a 1ª grandeza (Capital), das quais apenas cinco, são visíveis em perspectiva, representada pela cor do metal ouro. Em campo de goles, um pinheiro de prata, posto em abismo. Como suporte à dextra, hastes de trigo ao natural e a sinistra um ramo de pâmpanos, também ao natural, entrecruzados em ponta sobre os quais se sobrepõe um listel de goles, contendo em letras de prata a data de 29 de março de 1693, fundação da Vila de Curitiba”.

Aniversário da cidade
Romário também sugeriu que o aniversário de Curitiba fosse comemorado no dia 29 de março, numa alusão à inauguração da Câmara de Curitiba, em 29 de março de 1693 – lei 169 de 28 de março de 1906. No dia seguinte à publicação da lei, Romário redige um texto para a primeira página do jornal A República sobre a fundação da cidade, ressaltando que o processo se deu em etapas, sendo que a última delas foi a inauguração da Câmara.

Por essa razão, ele preteriu a data de 5 de novembro, referente à ereção do pelourinho de Curitiba, em 1668. Sobre esse intervalo de tempo entre os dois atos [ereção do Pelourinho e inauguração da Câmara], Romário observou no texto para o jornal A República que “um quarto de secculo se passou, sem que os reaes senhores da terra se dignassem dar a Curytiba o predicamento a que ella tinha direito, pelo seu já então avantajado crescimento”.

Valorização da história
Outra medida proposta por Romário enquanto vereador visando a preservação da história de Curitiba foi a criação e a publicação do “Boletim do Archivo Público Municipal” (lei 171 de 23 de abril de 1906 que foi complementada pela lei 212 de 29 de abril de 1907). Tratava-se de um boletim trimestral de 100 páginas com a indicação “Documentos para a História do Paraná”.

O historiador Francisco Negrão esteve à frente dessa empreitada e transcreveu em 62 volumes as atas da Câmara do período compreendido entre a fundação da vila até 1862. Os volumes podem ser consultados no site do Arquivo Público Municipal. [Conheça mais sobre Francisco Negrão aqui].

Em 17 de julho de 1906 é publicada a lei 182 que trata da adaptação do Passeio Público, numa tentativa de transformá-lo num jardim botânico. A lei, proposta por Romário, previa que o espaço fosse “adaptado a um horto scientifico de plantas vivas, resumindo a flora paranaense, e, por tolerancia, especimens vegetaes de outros paizes”.

Além disso, a ideia era que o Jardim Botânico formasse viveiros de essências florestais convenientes para o replantio dos jardins públicos e para a arborização da cidade. Também é de Romário Martins a ideia de organização dos serviços de limpeza pública (lei 178 de 30 de abril de 1906 e lei 218 A de 26 de junho de 1907). Tais leis autorizavam a prefeitura a estabelecer o serviço de limpeza pública por meio de vassouras automáticas e irrigadores, sendo que o serviço só poderia ser realizado após às 23 horas.

Além da abertura de concorrência para empresas que se propusessem a realizar o serviço, a lei também criava o imposto de limpeza pública que tinha valores variados de acordo com a natureza do imóvel atingido – casas particulares pagavam 1$000; quartéis, 5$000 e assim por diante. Escolas, hospitais e pessoas reconhecidamente pobres estavam isentas do pagamento do imposto.

Outras ações como vereador
Ele também foi responsável pela proposição de um concurso para a escolha de um estudo da constituição geológica do município – lei 160 de 22 de janeiro de 1906. O vencedor do certame foi o engenheiro Benedito José dos Santos. De acordo com o texto da lei, o estudo versaria sobre as diversas naturezas do solo, sua riqueza mineralógica e sua adaptação à agricultura.

Romário Martins introduziu em Curitiba a prática de se numerar os domicílios. (lei 159 de 15 de janeiro de 1906). Esta técnica de organização urbana nasceu na Europa, durante o século XVIII. De acordo com Rafael Greca, no já mencionado Boletim da Casa Romário Martins nº 3 de 1974, além das proposições que se tornaram leis municipais, Romário Martins também sugeriu a construção de um paiol de pólvora fora dos perímetros da cidade e a proibição das rinhas de galo de Curitiba.

Uma ideia que não chegou a se concretizar foi a proposta pela lei 222 de 8 de janeiro de 1908, que incumbia o cidadão Romário Martins, presidente da Câmara, a promover os meios para que fosse erigido um monumento aos “patriarcas da autonomia paranaense” [Emancipação Política do Paraná, ocorrida em 1853].

Prefeito

Romário Martins foi eleito presidente da Câmara Municipal de Curitiba em 26 de setembro de 1907. De acordo com o jornal A Notícia, uma de suas primeiras resoluções foi a instituição do livro ponto, para registro dos expedientes dos funcionários da Câmara. Entre outras iniciativas que se concretizaram durante a gestão de Romário, destaque para a lei que regulava o processo de aposentadoria aos empregados municipais (lei 226 de 22 de janeiro de 1908). A legislação autorizava ao Executivo conceder aposentadoria a funcionários por invalidez ou moléstia.

Durante alguns dias Romário ocupou interinamente a prefeitura de Curitiba. Um registro desse momento pode ser encontrado no jornal A República, de 5 de outubro de 1907: “vimos hoje, ao passar pela praça Tiradentes, mais um testemunho dessa ancia progressista que ja vai dominando nossos homens públicos, fazendo-os imitar esses grandes estadistas que se têm imposto pela energia e patriotismo. Mais uma medida que muito recomenda o genio emprehendedor de quem a ideou e fel-a realidade, vem de conferir á nossa bella capital conceito lisongeiro relativo á sua civilisação e adeantamento. Carros de praça á disposição do publico no coração da cidade, tornando rapida a communicação entre todos os pontos da capital. É um melhoramento cujo alcance nos força a felicitarmos o illustre prefeito interino snr. Romário Martins”.

Em texto autobiográfico de 1946, Romário sintetiza sua trajetória: “na constância do meu ofício, eduquei meus sentimentos e minha inteligência. Minha atividade, [eduquei] na modéstia, no trabalho e na ordem das oficinas. Dos jornais passei às redações. Servi à causa pública, mesmo em campo partidário, mas ainda aí, conservando as diretrizes do meu espírito, liberto de injunções com a rotina e com a prepotência. Em funções oficiais cheguei a cargos de direção e fui eleito deputado em dez legislaturas, fato singular no Paraná. Em todos esses postos deixei iniciativas e realizações de organização e de progresso”.

Pesquisa e texto: João Cândido Martins


Referências Bibliográficas

Artes na Web (sobre o cartunista Mário de Barros, o “Herônio”)

Boletim do Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfico Paranaense, volume XXIII. Centenário de Romário Martins. Curitiba, 1974.

CARNEIRO, Cíntia Maria Santana Braga. O Museu Paranaense e Romário Martins: a busca de uma identidade para o Paraná. SAMP. Curitiba, 2013.


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(imagem 5)

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Hemeroteca Digital Brasileira


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Nanu - blog (imagem 7)

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