Rodízio de veículos em Curitiba é prematuro, avalia Jair Cézar
"Curitiba ainda não necessita de rodízio de veículos." É o que comenta o vereador Jair Cézar (PTB) sobre a proposta que está em tramitação na Câmara Municipal, que visa instituir na cidade o programa de restrição à circulação de veículos automotivos. "É uma questão que precisa ser muito bem analisada", completa.
De acordo com o parlamentar, que preside a Comissão de Serviço Público e a Comissão de Transporte, antes de pensar em restringir a circulação dos carros é preciso considerar os investimentos que a Prefeitura vem fazendo para melhorar o sistema viário, como a implantação da Linha Verde, aberturas de ruas, os diversos binários, entre outros. No entendimento de Jair Cézar, todas essas obras, aliadas às mudanças que acontecerão com a nova lei do transporte coletivo, projeto encaminhado pelo prefeito Beto Richa, irão contribuir para reduzir os problemas no trânsito sem que seja necessário limitar os motoristas com dias e horários para circularem na cidade. "O rodízio corre o risco de trazer mais prejuízo do que benefício à população", destaca.
Jair Cézar acredita que, melhorando o transporte público, os motoristas vão, naturalmente, preferir deixar o carro em casa sem que isto seja uma imposição, a exemplo do que ocorre em grandes cidades que contam com modernos meios de transportes coletivos, como o metrô. "Sabemos como anda difícil transitar por algumas ruas de Curitiba em determinados horários e o quanto é importante contribuir para preservar o meio ambiente, mas não adianta apenas proibir. Temos que, antes, oferecer alternativas de transporte para a população, que seja rápido, de qualidade e eficiente", diz o vereador.
Ele alerta também que, além das melhorias no sistema viário, uma das medidas que precisam ser tomadas pela prefeitura com urgência é a avaliação do sistema que regula os semáforos da cidade, pois a falta de sincronismo dos sinaleiros em diversas ruas tem contribuído para os grandes engarrafamentos, principalmente no anel central. "Isto gera atrasos, impaciência, imprudência e riscos de acidentes", conclui.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba