Reunião virtual marca encontro entre comissões permanentes e câmaras setoriais da ACP
Representantes das 40 câmaras setoriais da ACP e presidentes das comissões se reuniram de forma virtual na última quarta-feira, 21 de julho. (Foto: Carlos Costa/CMC)
Os presidentes das comissões permanentes da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) se reuniram pela primeira vez nesta legislatura com representantes da direção da Associação Comercial do Paraná (ACP) e das 40 câmaras setoriais. No encontro, que aconteceu de forma virtual na última quarta-feira (21), os vereadores colocaram os colegiados à disposição da entidade para ouvir as demandas e responderam dúvidas de empresários e comerciantes de diversos segmentos.
A reunião ocorreu menos de um mês após o encontro intermediado entre o presidente da ACP, Carmilo Turmina, e o presidente do Legislativo, Tico Kuzma (Pros), quando o vereador sugeriu um trabalho em conjunto para estudar alternativas e viabilizar melhorias para os diferentes segmentos da sociedade. Nesta semana, os parlamentares deram início a um diálogo o Conselho das Câmaras Setoriais da entidade, que é formado por empresas de diversos ramos, organizadas em grupos de um mesmo segmento. Ao todo, são 40 câmaras.
“Uma das funções da CMC é manter o diálogo com diferentes segmentos da população. Esta é a quinta vez que a atual gestão se reúne com a ACP. Em junho, no último encontro, surgiu a ideia de uma interação entre as comissões permanentes e as câmaras setoriais”, destacou o presidente da CMC, Tico Kuzma. Segundo ele, o Legislativo não se furtará ao papel de ouvir as demandas da cidade. “Estamos no final desta pandemia e poderemos trabalhar em conjunto pela retomada dos negócios e retomada de todas as áreas. Esta será a primeira reunião conjunta de muitas que acontecerão entre a ACP e a Câmara Municipal.”
Segundo o coordenador do Conselho das Câmaras Setoriais e vice-presidente da ACP, Antonio Gilberto Deggerone, a aproximação entre o Legislativo municipal e a entidade “começou lá atrás”, quando Camilo Turmina abriu as portas para o relacionamento com a CMC. “Um nome que quero agradecer muito é o Tico Kuzma. Imediatamente quando assumiu [a presidência da CMC], uma das primeiras visitas que ele fez foi à ACP”, frisou. “O que as câmaras setoriais e a Câmara Municipal podem fazer juntos? Pautas comuns, serviços que vêm a dar um efeito forte e positivo para a sociedade inteira. Queremos ver Curitiba melhor, economicamente mais desenvolvida. Todos nós, comerciantes e prestadores de serviços, [queremos] dias melhores depois desta situação que experimentamos com perdas de vidas e de empresas também”, completou.
“Só de diretoria somos 130 membros. Quando falamos deste conselho, somos mais de 400 voluntários. Somos voluntários mesmo, porque durante o dia cuidamos das nossas lojas. Mas juntos, quantos nos reunimos, nos preocupamos com segurança, saúde, o ir e vir da cidade. Na verdade, somos vereadores sem mandato, somos voluntários. Adoramos nossa cidade e se não ajudarmos a construir nosso entorno não tem sentido. Então, [a CMC] sempre poderá contar com os voluntários aqui na trincheira da ACP”, emendou o presidente da associação, Turmina.
Presidentes das comissões
Além de destacar a necessidade deste diálogo, os presidentes das comissões permanentes da CMC (ao todo são 10), reforçaram o compromisso de colocar os colegiados à disposição de cada uma das 40 câmaras setoriais para ouvir demandas e buscar soluções. Presidente da CCJ, Osias Moraes (Republicanos), disse que o debate de ideias “contribui para que se chegue a um denominador comum” que hoje é a retomada econômica da cidade e a geração de empregos. “A comissão tem sido acionada pela comunidade, pela cidade. Há uma necessidade que todos venhamos nos unir para achar caminhos para que o setor público e privado possam apresentar resultados para as pessoas e recomeçar”, complementou Ezequias Barros (PMB), presidente da Comissão de Serviço Público.
Serginho do Posto (DEM), presidente da Comissão de Economia, Finanças e Fiscalização, explanou sobre as principais atribuições do colegiado, que são avaliar o impacto orçamentário de qualquer projeto; analisar as contas do município; e “as três peças orçamentárias que nós temos, o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA)”. “No primeiro semestre, a participação foi muito efetiva dos membros da comissão.” Já Professor Euler (PSD), que está à frente do colegiado de Participação Legislativa, informou que a comissão tem o papel de receber projetos de lei de iniciativa popular e que esse ano, inclusive, admitiu uma proposta apresentada pela ACP. Também analisou que a política precisa se interessar mais pelos jovens, estimular sua participação política.
Jornalista Márcio Barros (PSD), que preside a Comissão de Direitos Humanos, Defesa da Cidadania e Segurança Pública, enumerou as audiências públicas que foram promovidas pelo colegiado no primeiro semestre, como a do projeto Mesa Solidária, que contou com a participação da Associação Comercial do Paraná; e convidou as câmaras setoriais para participarem das próximas discussões programadas para o segundo semestre deste ano: que vão tratar da segurança das agências bancárias e da segurança dos turistas que visitam a cidade.
“ACP tem contato com uma parte importante da sociedade e nós aqui somos representantes da sociedade”, destacou Amália Tortato (Novo), presidente da Comissão de Educação, Cultura e Turismo. Ela ainda foi uma entre os vereadores que responderam questionamentos dos representantes das câmaras setoriais, como por exemplo a de Leonir Melnik, representante da Câmara Setorial de Transportes e Logística, sobre o retorno das aulas presenciais. A parlamentar disse esperar que as escolas – que reabriram no último dia 19 – “não voltem a ser fechadas” e informou que foi criada na CMC uma frente parlamentar para fiscalizar a reabertura das escolas e que tem como meta visitar as 100 unidades educacionais que já estão atendendo os alunos presencialmente neste mês de julho. “Queremos esse retorno seguro e perene. Em minha opinião, esse ano não tínhamos justificativa para termos seis meses de escolas fechadas.”
À frente da Comissão de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Assuntos Metropolitanos, Maria Leticia (PV) frisou que o colegiado tem grande compromisso com a cidade e que em 2021 tem priorizando a atualização das leis ambientais, para que Curitiba continue sendo referência para as demais cidades do estado. Ao conselho da ACP, ela também informou que a CMC está focada na busca por soluções para a crise hídrica e que a própria comissão promoveu este ano uma audiência pública para debater o tema e que busca, junto à Sanepar, diálogo visando estabelecer uma cooperação com os municípios da região metropolitana.
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