Reunião discute combate à discriminação de gays
Reunião do Grupo Dignidade na manhã desta quarta-feira (17), no auditório do Anexo II da Câmara de Curitiba, celebrou o 17 de maio como Dia Municipal de Combate à Homofobia. Para a vereadora Julieta Reis (PSB), autora da iniciativa, "apesar de Curitiba ser uma cidade extremamente conservadora, precisamos da luta constante e, paulatina para que possamos atingir nossos objetivos e as conquistas sociais aconteçam sistematicamente. Precisamos lutar contra a discriminação: a humilhação, ofensa e extorsão. Enfim, contra a violência que tem uma das faces mais trágicas da orientação social. Nesse sentido, precisamos implementar políticas públicas que garantam o direito das pessoas diferentes”.
Conforme o presidente do Grupo Dignidade, Toni Reis, é preciso denunciar todo e qualquer preconceito que algumas pessoas sentem em relação aos homossexuais, “por absoluta incapacidade de conviver com diferenças”. Segundo Reis, em 17 de maio de 1990, a Assembléia Geral da Organização Mundial da Saúde – OMS - retirou da lista de doenças mentais a homossexualidade, declarando que ser gay não se constitui numa doença ou transtorno mental.
Homofobia
Tony Reis apresentou pesquisa realizada em 14 capitais brasileiras em 241 escolas, num total de 16.422 mil alunos, onde mostra que 40% não gostariam de ter colega de classe homossexual, assim como 35,2% dos pais. Quanto aos professores, ainda segundo a amostragem, 40,5% não têm conhecimento suficiente para lidar com a questão, assim como 30,4% dos pais. Justificando esse cenário, o presidente do Grupo Dignidade disse que a homofobia, que nada mais é do que o sentimento de ódio, medo e aversão, é uma questão histórica, vindo desde da época de Santo Agostinho, São Paulo e São Tomás de Aquino, transformada em pecado na Inquisição portuguesa de 1536 a 1821. Somente em 1824, a homossexualidade deixou de ser crime no Brasil, passando a ser doença. E, que ainda hoje, em alguns países como Nigéria, Arábia Saudita, Afeganistão e Irão, os homossexuais são condenados à morte, além de prisão em outros tantos, como na Nicarágua.
Tony Reis comentou que no Brasil, alguns arcebispos consideram o homossexual como “gente pela metade, se é que são gente”, acrescentou Reis, destacando a importância do programa “Brasil sem homofobia” do governo federal, de combate à violência e a discriminação, segundo ele “um dos melhores do mundo”.
Mudança de costumes
O deputado estadual Padre Paulo disse que não se pode mudar de uma hora para outra essa situação, mas “é necessário trabalho intenso e paciência histórica. É muito difícil mudar os costumes”. Padre Paulo afirmou, ainda, que na Bíblia Sagrada em nenhum momento Jesus Cristo fez referência ao homossexualismo. “É muito triste saber que seus seguidores, os arcebispos, tenham esse tipo de opinião. Isto é resultado de mentes doentes”, disse o parlamentar, lembrando que não estava representando a Igreja, mas a Assembléia Legislativa, e se colocava com total e irrestrita solidariedade ao Grupo Dignidade que, “é formado por pessoas com compromisso com a vida e que vêem o mundo além do seu umbigo, nariz ou cor. Eles vêem o mundo muito mais colorido. Este encontro, aqui na Câmara, é um primeiro passo para mais cidades acabem com este preconceito em relação àqueles que são diferentes. Precisamos respeitar e celebrar a diferença, pois é a diferença que faz o mundo muito melhor”, afirmou o parlamentar.
Participaram da reunião, o promotor de Justiça do Ministério Público, advogado e professor da Universidade Federal do Paraná, Sylvio Kulmann, do Centro de Apoio em Direitos Humanos às Promotorias do Estado do Paraná; a coordenadora municipal de DST/AIDS, da Prefeitura de Curitiba, Mariana Thomás; advogado Dalio Zippin, membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB; Silene Hirota, coordenadora do Centro de Referência GLBT João Antonio Mascarenhas e a vereadora Professora Josete (PT) além de educadores e representantes da comunidade.
Conforme o presidente do Grupo Dignidade, Toni Reis, é preciso denunciar todo e qualquer preconceito que algumas pessoas sentem em relação aos homossexuais, “por absoluta incapacidade de conviver com diferenças”. Segundo Reis, em 17 de maio de 1990, a Assembléia Geral da Organização Mundial da Saúde – OMS - retirou da lista de doenças mentais a homossexualidade, declarando que ser gay não se constitui numa doença ou transtorno mental.
Homofobia
Tony Reis apresentou pesquisa realizada em 14 capitais brasileiras em 241 escolas, num total de 16.422 mil alunos, onde mostra que 40% não gostariam de ter colega de classe homossexual, assim como 35,2% dos pais. Quanto aos professores, ainda segundo a amostragem, 40,5% não têm conhecimento suficiente para lidar com a questão, assim como 30,4% dos pais. Justificando esse cenário, o presidente do Grupo Dignidade disse que a homofobia, que nada mais é do que o sentimento de ódio, medo e aversão, é uma questão histórica, vindo desde da época de Santo Agostinho, São Paulo e São Tomás de Aquino, transformada em pecado na Inquisição portuguesa de 1536 a 1821. Somente em 1824, a homossexualidade deixou de ser crime no Brasil, passando a ser doença. E, que ainda hoje, em alguns países como Nigéria, Arábia Saudita, Afeganistão e Irão, os homossexuais são condenados à morte, além de prisão em outros tantos, como na Nicarágua.
Tony Reis comentou que no Brasil, alguns arcebispos consideram o homossexual como “gente pela metade, se é que são gente”, acrescentou Reis, destacando a importância do programa “Brasil sem homofobia” do governo federal, de combate à violência e a discriminação, segundo ele “um dos melhores do mundo”.
Mudança de costumes
O deputado estadual Padre Paulo disse que não se pode mudar de uma hora para outra essa situação, mas “é necessário trabalho intenso e paciência histórica. É muito difícil mudar os costumes”. Padre Paulo afirmou, ainda, que na Bíblia Sagrada em nenhum momento Jesus Cristo fez referência ao homossexualismo. “É muito triste saber que seus seguidores, os arcebispos, tenham esse tipo de opinião. Isto é resultado de mentes doentes”, disse o parlamentar, lembrando que não estava representando a Igreja, mas a Assembléia Legislativa, e se colocava com total e irrestrita solidariedade ao Grupo Dignidade que, “é formado por pessoas com compromisso com a vida e que vêem o mundo além do seu umbigo, nariz ou cor. Eles vêem o mundo muito mais colorido. Este encontro, aqui na Câmara, é um primeiro passo para mais cidades acabem com este preconceito em relação àqueles que são diferentes. Precisamos respeitar e celebrar a diferença, pois é a diferença que faz o mundo muito melhor”, afirmou o parlamentar.
Participaram da reunião, o promotor de Justiça do Ministério Público, advogado e professor da Universidade Federal do Paraná, Sylvio Kulmann, do Centro de Apoio em Direitos Humanos às Promotorias do Estado do Paraná; a coordenadora municipal de DST/AIDS, da Prefeitura de Curitiba, Mariana Thomás; advogado Dalio Zippin, membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB; Silene Hirota, coordenadora do Centro de Referência GLBT João Antonio Mascarenhas e a vereadora Professora Josete (PT) além de educadores e representantes da comunidade.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba