Relator sugere nova avaliação de terreno

por Assessoria Comunicação publicado 24/06/2008 18h45, última modificação 21/06/2021 11h27
O vereador Felipe Braga Côrtes (PSDB), relator da mensagem do prefeito Beto Richa que autoriza a permuta entre terrenos da Prefeitura e da empresa Invest Terra, sugere a elaboração de novo laudo de avaliação. A medida foi discutida e acatada na reunião desta terça-feira (24) da Comissão de Urbanismo e Obras Públicas da Câmara de Curitiba. Segundo o parlamentar, a avaliação deve ser feita pelo Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) e Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia no Paraná (Ibape).
A permuta envolve área no Tatuquara e parte do terreno da Sociedade União Juventus, que pertencia à Prefeitura, no Batel. Ao ser analisado pela Comissão, o processo recebeu parecer desfavorável da vereadora Roseli Isidoro (PT). Os demais integrantes da bancada do PT, membros de outras comissões permanentes da Casa, também questionam a diferença entre o valor avaliado do espaço no Tatuquara e o preço pago pela Invest Terra. Na reunião desta terça-feira, prestaram esclarecimentos sobre a matéria o secretário municipal de Urbanismo, Luiz Fernando Jamur, que explicou que o assunto não é de competência da sua pasta. “Nossa função é controlar a ocupação e o uso do solo, orientando a população e participando do planejamento urbano”, disse. O secretário comentou que a matéria diz respeito às secretarias de Administração, Meio Ambiente e ao Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc).
Reassentamento
Já a diretora técnica da Cohab, Teresa Oliveira, afirmou que na área será possível reassentar cerca de 134 famílias divididas em 88 lotes. A assessora disse ainda que a companhia está constantemente em busca de áreas para seus projetos e que quase todas têm restrições. “O mais importante é avaliar o grau de restrição”, disse.
O superintendente de Controle Ambiental da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Mário Sérgio Rasera, lembrou que antes de qualquer procedimento a Secretaria de Meio Ambiente é consultada e o projeto da Cohab foi aprovado.
Tereza falou que, no Tatuquara, a Prefeitura investirá em infra-estrutura e em equipamentos e “quando as famílias forem viver ali terão transporte, escola, creche e unidade de saúde.” Ao comentar o pedido de elaboração de novo laudo, o presidente da Comissão, vereador Jorge Bernardi (PDT), reiterou que a Câmara de Curitiba age com transparência, seriedade e ética. “Quando temos dúvidas, convidamos os interessados a prestar esclarecimentos”, disse o parlamentar.
Também participou da reunião o primeiro vice-presidente da Câmara, vereador Tito Zeglin (PDT). Além de Bernardi, Felipe Braga Côrtes e Roseli Isidoro, integram a Comissão os vereadores Custódio da Silva (PR) e Manassés Oliveira (PRTB).

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Vereadores visitam terreno

À tarde, os membros da Comissão de Urbanismo da Casa foram à área no bairro Tatuquara, para vistoriar as características do terreno. Para a vereadora Roseli Isidoro, que já havia visitado o local anteriormente, está havendo uma supervalorização da metragem no Tatuquara e desvalorização na área do Batel. Além disso, a parlamentar avaliou que não será possível assentar todas as famílias na área do Tatuquara, já que “o terreno é de fundo de vale, com torres de alta tensão, nascente de rio e área de preservação, não sendo totalmente edificável.”
Para o vereador Tito Zeglin, é preciso aguardar os laudos. “A comissão irá se posicionar após avaliados dados concretos”, informou. Jorge Bernardi acredita que os pontos sem potencial construtivo serão aproveitados para implantação de ruas e áreas de lazer. “Nem a população, nem o meio ambiente serão prejudicados”, disse o parlamentar.