Reapresentada redução de ISS para atendimento veterinário gratuito
A vereadora Katia Dittrich (SD) protocolou, na Câmara Municipal, um substitutivo geral ao seu projeto que prevê dedução no valor do ISS (Imposto sobre Serviços) devido à prefeitura pelas clínicas veterinárias, caso elas prestem atendimento gratuito a cães e gatos (031.00025.2018). De acordo com o novo texto, fica criado na capital o Programa de Atenção à Saúde Animal no Município de Curitiba, para a garantia de atendimento médico veterinário grátis.
Segundo a matéria, os consultórios, clínicas e hospitais veterinários interessados em fazer parte do programa receberão o chamado Selo Veterinário Solidário, o qual daria direito a uma dedução de 50% dos créditos tributários referentes ao ISS. Fica estipulado ainda que os serviços prestados pelos consultórios, a fim de se conceder o benefício, ficam restritos a consultas de clínica geral. Nesse caso, o atendimento realizado será para análise clínica com orientação para os cuidados necessários, prescrição de medicamentos e solicitação de exames. Não integram a norma, caso aprovada, o fornecimento de medicamentos, exames, próteses nem procedimentos cirúrgicos. Fica garantido ainda o direito ao retorno à consulta, no prazo de até 30 dias.
Para Katia Dittrich, a proposta tornaria as clínicas veterinárias “parceiras” do poder público. “A responsabilidade do Município com relação aos animais tem sua onerosidade reduzida, uma vez que a Rede de Proteção Animal transfere parte de suas atribuições e responsabilidades para a iniciativa privada”, argumenta a autora, que considera os recursos repassados pela secretaria de Meio Ambiente para a Rede de Proteção insuficientes.
No texto original (002.00009.2017), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) considerou imprescindível a apresentação de impacto financeiro para que a medida pudesse seguir trâmite regimental, já que se tratava de um projeto de lei complementar. Pela nova proposta, Katia Dittrich diz, na justificativa do projeto, que caberá à Secretaria Municipal de Finanças (SMF) apresentar esse estudo sobre o efeito da medida nas contas no Município. Segundo propõe a autora, a SMF deverá definir o valor para a realização de cada consulta, fixando tabela de valores com reajustes definidos pelo Executivo.
Conforme a proposta, terão direito ao benefício cidadãos de baixa renda cadastrados no CadÚnico da Fundação de Ação Social (FAS) e protetores de animais registrados na Rede de Proteção Animal de Curitiba. Se for aprovada pelos vereadores e sancionada pelo prefeito, ficará a cargo do Executivo a regulamentação da lei, no prazo de 180 dias após a publicação da norma no Diário Oficial do Município. “A proposta é pioneira e inovadora no Brasil e traz com ela um método viável que, enfim, possa ser aplicado no município de Curitiba, tendo em vista não haver necessidade de investimentos financeiros para sua aplicabilidade”, defende Katia.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba