Rafael Greca é empossado e inicia 3º mandato como prefeito de Curitiba
Rafael Greca, ao lado de Margarita Sansone, é empossado para seu 3º mandato na PMC. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)
Visivelmente emocionado, nesta sexta-feira (1º), Rafael Greca foi empossado para um novo mandato à frente da Prefeitura de Curitiba, de 2021 a 2024. Ele e Eduardo Pimentel foram reconduzidos aos cargos de prefeito e vice, respectivamente, após vencerem a eleição municipal com 59,74% dos votos válidos. Realizada logo após a posse da 18ª Legislatura da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), a posse dos membros do Executivo ocorreu em sessão presidida pela vereadora mais votada, Indiara Barbosa (Novo), e secretariada por Tito Zeglin (PDT).
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É a terceira vez que Rafael Greca administrará a cidade, pois ele foi prefeito de Curitiba de 1993 a 1996 antes de gerir o município no último ciclo político, de 2017 a 2020, ao lado de Pimentel. O feito foi destacado por Pier Petruzziello (PTB), líder do Executivo na CMC nos últimos quatro anos, que, reeleito, foi encarregado da saudação oficial do Legislativo ao prefeito. “Dos 65 prefeitos que Curitiba já teve, somente 9 chegaram ao cargo por meio do voto popular, o que torna a vitória dele ainda de mais louvor”, elogiou.
“Ao voltar a administrar a cidade, em 2017, aos 60 anos de idade, trouxe uma jovialidade à gestão que só cabeças privilegiadas conseguem. [Greca] garantiu à cidade prêmios nacionais e internacionais, fazendo de Curitiba uma das 6 cidades mais inteligentes do mundo. Ele não deixou que a capital fosse contaminada por um debate oportunista sobre um tema tão delicado [que é a pandemia do novo coronavírus]”, agradeceu Petruzziello.
Falando em “Imunização, já!”, o prefeito reeleito prometeu empenho na obtenção de vacinas para a população da cidade. “Vem aí um imenso esforço de saúde pública, que passa pela ideia de 'Imunização, já!'. Não pouparei esforços até o momento em que por primeiro todos os profissionais de saúde, depois todos os que prestam serviço público ao povo, e, sucessivamente, todos e cada um dos curitibanos, até chegarmos aos curitibinhas, possamos ser imunizados”, disse Greca.
Manifestando seu desejo de entregar ao seu sucessor uma Curitiba “melhor, mais bonita e mais justa”, Greca listou o que planeja entregar ao final deste novo ciclo de quatro anos. “Vem aí o Bairro Novo da Caximba, para apoio dos vulneráveis, com dinheiro em caixa da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD). Foi aprovado, ontem, o Bairro Novo da Vila Divino, à beira do rio Atuba, no Norte da cidade. Vem aí o BRT do Inter 2, em 38 bairros, para ser um novo modal de transporte. Vem aí todas as transposições da Linha Verde e um ambicioso plano de iluminação pública, para estender a todos os bairros da cidade a luz [tipo] LED”, exemplificou.
Antes de falar do futuro, referiu-se ao passado, agradecendo à CMC pela aprovação do Plano de Recuperação, em 2017. “O que seria de nós, nesse tempo tão terrível, não houvera a cidade ter sido recuperada. Nós somos a única cidade do Brasil a ter um fundo de emergência. Fechamos todos os anos no azul, saímos do vermelho e entregamos a prefeitura melhor, mais bonita e mais justa do que nós a recebemos do nosso antecessor”, afirmou Greca. Pela primeira vez na história da cidade, a posse foi realizada, por medidas sanitárias, com controle de público e transmissão pela internet, via videoconferência.
Mandato 2017-2020
Há quatro anos, quando tomou posse, Greca prometeu enxugar a máquina pública e retomar a eficiência dos serviços públicos (leia mais). Disse que sua intenção era dar “todos os dias notícias boas”. No primeiro ano daquele mandato, em 2017, apresentou à CMC um Plano de Recuperação com medidas de saneamento fiscal, congelamento de carreiras do funcionalismo público e mudanças previdenciárias.
A votação precisou ser realizada na Ópera de Arame, após sucessivas ocupações da CMC por manifestantes contrários às medidas. Como resultado disto, o Palácio Rio Branco foi interditado e passou por reformas, pois o assoalho cedeu em alguns pontos e a escada do prédio histórico, em que as sessões plenárias são realizadas, acabou deslocada (leia mais). Todos projetos do Plano de Recuperação foram aprovados.
Ao voltar ao Executivo, para seu segundo mandato, Greca afirmou ter herdado, de administrações anteriores, uma dívida não empenhada de R$ 614 milhões, além de restos a pagar, dentre os quais R$ 228 milhões sem disponibilidade de caixa (leia mais). Ao longo dos últimos anos, nas prestações de contas aos vereadores, a Prefeitura de Curitiba informou que suas medidas administrativas resultaram efeito e que as finanças da cidade foram recuperadas e que a cidade recuperou sua liquidez (leia mais).
Contudo, em 2020, ocorreu a pandemia do novo coronavírus. Greca falou do impacto dela ao ser diplomado para seu terceiro mandato, no dia 18 de dezembro, em cerimônia no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). “Nunca imaginaríamos que a gestão concebida para ir num crescendo, até um ano muito feliz, tivesse o percalço da pandemia. A grande provação que até hoje abate a humanidade”, analisou na ocasião.
O impacto da pandemia na economia de Curitiba será plenamente conhecido em fevereiro, quando o Executivo prestará contas na CMC. Mas uma prévia dos dados foram apresentadas em novembro, em audiência pública sobre a Lei Orçamentária Anual para 2021. Nela, o diretor de Orçamento da Secretaria Municipal de Finanças, Carlos Eduardo Kukolj, informou que, de janeiro a agosto, 6,3 milhões de notas ficais tinham deixado de ser emitidas em relação ao mesmo período do ano anterior – uma redução de 23% na atividade econômica (leia mais).
Por ocasião da recondução de Greca à chefia do Executivo, a Prefeitura de Curitiba está publicando balanços do mandato anterior (confira aqui). Em reportagens especiais, a administração destaca, por exemplo, o planejamento das melhorias de infraestrutura, a criação do Fundo Anticrise, a aposta na energia solar, a ampliação dos espaços de lazer e a desburocratização dos serviços públicos.
Comitiva do Executivo
Rafael Greca e Eduardo Pimentel foram acompanhados em plenário por Margarita Sansone, primeira-dama; Paula Mocellin Slaviero, mulher do vice-prefeito; Luiz Fernando Jamur, secretário de Governo; Mônica Santana, secretária de Comunicação Social; Cibele Fernandes Dias, chefe de gabinete; Vitor Puppi, secretário de Finanças; Carlos Celso dos Santos Júnior, superintendente da Guarda Municipal; Alexandre Jarschel de Oliveira, secretário de Planejamento e Administração; Luiz Damaso Guzzi, secretário de Segurança Alimentar; e Marli Teixeira Leite, assessora de Promoção da Igualdade Étnico Racial.
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