"Querem intimidar a CPI do Transporte", afirma Bernardi
O presidente da CPI do Transporte Coletivo, vereador Jorge Bernardi (PDT), reclamou em plenário, nesta segunda-feira (7), daquilo que qualificou como “censura” e disse que vem recebendo ameaças por conta das investigações da comissão. Ao discursar na Câmara de Curitiba, o parlamentar confirmou que o ex-presidente da Urbs, Marcos Isfer, e o ex-diretor de Transportes, Fernando Ghignone, entraram na Justiça Estadual contra ele, por conta de suas opiniões sobre as informações levantadas pela comissão parlamentar de inquérito.
“Querem constranger os vereadores que investigam o transporte coletivo. Estão querendo nos calar”, afirmou Bernardi. Disseram que eu ia sofrer um acidente, mas essa violência não vai nos impedir. Eu não tenho medo”, relatou aos demais vereadores, dizendo que essas ameaças são de “homens que têm tentáculos inseridos na sociedade” e de seus aliados políticos. Bernardi chegou a pedir proteção policial à Câmara Municipal.
Após a sessão, o parlamentar recebeu, de um oficial de Justiça, uma notificação judicial em que Isfer e Ghinone pedem detalhes sobre declarações dadas pelo político à imprensa local. Nelas, o vereador afirma que o edital foi alterado “para beneficiar empresas que já operavam no sistema”, que a concorrência foi “direcionada” e que a tarifa cobrada hoje tem “gordura” (é mais cara do que deveria, na opinião de Bernardi).
O parlamentar defendeu que seu direito de se manifestar está expresso na Constituição Federal (artigo 29) e na Lei das CPIs, que proíbe esse tipo de intervenção no trabalho dos parlamentares (artigo 4º da lei federal 1.579/1972). ”Se não pudermos pedir para a Polícia Militar, vamos solicitar à Polícia Federal”, adiantou Bernardi. “Cada centavo a menos na tarifa são três milhões a mais na tarifa do transporte”, pontuou. O presidente da Câmara, Paulo Salamuni (PV), Pedro Paulo (PT), Rogério Campos (PSC) e Professora Josete (PT), demonstraram solidariedade ao parlamentar.
“Vamos dar todas as garantias a todos os integrantes da CPI”, respondeu Salamuni, depois de rechaçar tentativas de intimidar membros da Câmara de Curitiba. “Não admitiremos agressão à CPI, à CMC. Isso é apequenar a independência, é não reconhecer a vontade soberana da população de Curitiba”, afirmou. A comissão discutirá o assunto nesta semana, em reunião administrativa.
“Querem constranger os vereadores que investigam o transporte coletivo. Estão querendo nos calar”, afirmou Bernardi. Disseram que eu ia sofrer um acidente, mas essa violência não vai nos impedir. Eu não tenho medo”, relatou aos demais vereadores, dizendo que essas ameaças são de “homens que têm tentáculos inseridos na sociedade” e de seus aliados políticos. Bernardi chegou a pedir proteção policial à Câmara Municipal.
Após a sessão, o parlamentar recebeu, de um oficial de Justiça, uma notificação judicial em que Isfer e Ghinone pedem detalhes sobre declarações dadas pelo político à imprensa local. Nelas, o vereador afirma que o edital foi alterado “para beneficiar empresas que já operavam no sistema”, que a concorrência foi “direcionada” e que a tarifa cobrada hoje tem “gordura” (é mais cara do que deveria, na opinião de Bernardi).
O parlamentar defendeu que seu direito de se manifestar está expresso na Constituição Federal (artigo 29) e na Lei das CPIs, que proíbe esse tipo de intervenção no trabalho dos parlamentares (artigo 4º da lei federal 1.579/1972). ”Se não pudermos pedir para a Polícia Militar, vamos solicitar à Polícia Federal”, adiantou Bernardi. “Cada centavo a menos na tarifa são três milhões a mais na tarifa do transporte”, pontuou. O presidente da Câmara, Paulo Salamuni (PV), Pedro Paulo (PT), Rogério Campos (PSC) e Professora Josete (PT), demonstraram solidariedade ao parlamentar.
“Vamos dar todas as garantias a todos os integrantes da CPI”, respondeu Salamuni, depois de rechaçar tentativas de intimidar membros da Câmara de Curitiba. “Não admitiremos agressão à CPI, à CMC. Isso é apequenar a independência, é não reconhecer a vontade soberana da população de Curitiba”, afirmou. A comissão discutirá o assunto nesta semana, em reunião administrativa.
Linhas de investigação
Com o objetivo de tentar baixar a tarifa, a CPI do Transporte Coletivo da Câmara Municipal de Curitiba está focada em quatro pilares de investigação. Um deles é o suposto lucro excessivo das empresas, que, segundo Jorge Bernardi, deve passar de R$ 100 milhões. O segundo é o processo licitatório, com indícios de irregularidades. Há a desconfiança, entre os integrantes do colegiado, de que foram concedidos benefícios para empresas que já estavam no sistema.
Com o objetivo de tentar baixar a tarifa, a CPI do Transporte Coletivo da Câmara Municipal de Curitiba está focada em quatro pilares de investigação. Um deles é o suposto lucro excessivo das empresas, que, segundo Jorge Bernardi, deve passar de R$ 100 milhões. O segundo é o processo licitatório, com indícios de irregularidades. Há a desconfiança, entre os integrantes do colegiado, de que foram concedidos benefícios para empresas que já estavam no sistema.
Investiga-se também a composição tarifária. “Há suspeita de superfaturamento no processo de manutenção das catracas, conforme admitiu a Dataprom”, complementou o presidente da CPI. A quarta linha de investigação é sobre a suspeita de falta de recolhimento do Imposto Sobre Serviços (ISS) das empresas do sistema.
Presidido pelo vereador Jorge Bernardi (PDT), o colegiado tem Serginho do Posto (PSDB) na vice-presidência e Bruno Pessuti (PSC) na relatoria, além de Valdemir Soares (PRB) como vice-relator. A CPI também reúne os vereadores Chicarelli (PSDC), Chico do Uberaba (PMN), Cristiano Santos (PV), Geovane Fernandes (PTB), Mauro Ignacio (PSB), Noemia Rocha (PMDB), Paulo Rink (PPS), Professora Josete (PT) e Tiago Gevert (PSC).
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba