Queda do índice de mortalidade infantil é destaque da Saúde

por Assessoria Comunicação publicado 20/04/2010 18h50, última modificação 29/06/2021 09h12
A Secretaria Municipal de Saúde fechou o último trimestre de 2009 com mais de R$ 200 milhões investidos nos custeios da pasta. Do período, o maior consumo de orçamento ficou com os blocos de média e alta complexidade, ultrapassando R$ 98 milhões, seguido da atenção básica e vigilância à saúde. Este e outros dados foram debatidos nesta terça-feira (20), na Câmara de Curitiba, durante audiência pública de prestação de contas da pasta à Comissão de Saúde da Casa, a convite do presidente Aldemir Manfron (PP).
O alto volume de investimentos assegurou, segundo a titular da secretaria, Eliane Chomatas, conquistas importantes, como a redução da taxa de mortalidade infantil para 8,91 para cada mil nascidos vivos, a taxa zero em casos de dengue, o desenvolvimento de cinco programas de atendimento à população, mutirões e inaugurações de diversos espaços de saúde. Atualmente, a estrutura da saúde está composta por 134 equipamentos, sendo 51 unidades básicas de saúde, 53 unidades com estratégia do programa Saúde da Família, quatro unidades de atendimento complexo, sete especializadas, nove centros de atenção psicossocial, seis centros municipais de urgências médicas, duas US 24 Horas, um laboratório e um hospital. Nesta área, o agregado de serviços prestados consumiu mais R$ 82 milhões nos três meses.
A secretária, que esteve acompanhada de equipe técnica para apresentar todas as ações e serviços desenvolvidos durante o quarto trimestre, também destacou o lançamento dos programas Mulher Curitibana, direcionado a mulheres com mais de 50 anos, e de Prevenção e Detecção do Câncer Bucal. Chomatas está sucedendo Luciano Ducci, que assumiu a prefeitura e foi um dos primeiros organizadores do programa Mãe Curitibana, detentor de diversos prêmios e do reconhecimento público pela eficiência e abrangência de suas metas (cerca de 16.787 gestantes vinculadas neste trimestre). Junto deste objetivo, a secretaria implantou 29 núcleos de apoio à atenção primária à saúde, enfrentou a pandemia da gripe AH1N1 com a organização de estratégias de mobilização social e ampliação da rede assistencial e está valorizando o SUS com a ajuda dos conselhos locais, distritais e Municipal de Saúde. O controle e fiscalização das ações do SUS (Sistema Único de Saúde) é feito pelo Conselho Municipal de Saúde, que também administra o orçamento da pasta e discute o plano municipal de saúde com a participação direta de 36 membros.
A prestação de contas abordou diversos segmentos das atividades do período. As ações em saúde ambiental comportaram 6.139 medidas administrativas e mais de 55 mil ações educativas marcaram o trabalho contra a dengue. O atendimento de saúde da família obteve uma cobertura de 32,6%, enquanto o total de internamentos alcançou, ao final do trimestre, 40.508 casos e, ao final de 2009, 163.873. A saúde da criança absorveu 112.996 inscritos nos programas.
 
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Após a prestação de contas da Secretaria Municipal da Saúde, diversos temas foram levantados pelos vereadores à secretária Eliane Chomatas. O sucesso do cumprimento da lei antifumo em Curitiba foi destacado pelo autor da iniciativa, vereador Tico Kuzma (PSB). O parlamentar parabenizou a fiscalização sob o comando da Secretaria da Saúde, ressaltando o baixo número de infrações e a adesão dos curitibanos. Já o vereador Pedro Paulo (PT) questionou a necessidade de ampliação da Farmácia Curitibana, a atuação da secretaria na educação sexual e drogadição nas escolas e a viabilidade do Consórcio Metropolitano na Saúde.
Eliane Chomatas adiantou que a conclusão das obras do Hospital do Idoso está prevista para o início do ano que vem e a inauguração para março. O questionamento é do vereador Juliano Borghetti (PP).
Entre as observações da vereadora Professora Josete (PT) está a construção das residências terapêuticas. Segundo a parlamentar, das 17 previstas apenas sete foram concluídas. Após falar sobre os objetivos do espaço, Eliane Chomatas comentou que está em análise a real necessidade de construir outras unidades. “Se houver demanda, serão realizadas as demais obras”, garantiu.
Vacinação
Roberto Hinça (PDT) registrou preocupação com a vacinação infantil. Questionou sobre o percentual e se o problema está na saúde pública ou na falta de conscientização dos pais ou responsáveis.
Serginho do Posto (PSDB) elogiou as ações da secretaria dedicadas aos moradores de rua, que estão sendo estudadas em parceria com a Fundação de Ação Social (FAS). Política direcionada às casas para dependentes químicos e mulheres vítimas de violência foram as preocupações externadas pela vereadora Noemia Rocha (PMDB). A pasta é responsável por uma rede de atendimentos prestada nos hospitais, casas de abrigo e no Instituto Médico Legal (IML). O vereador Omar Sabbag Filho (PSDB) fez considerações sobre o patrimônio público e o contingente de servidores.
Mortalidade infantil
Considerando os cuidados com os animais abandonados, fundamental para a saúde pública, Julieta Reis (DEM) questionou se o serviço de castração é permanente. Já Algaci Tulio (PMDB), preocupado com o índice de mortes em unidades de saúde, levantou a possibilidade de o problema estar na falta de leitos. A secretária afirmou que está na demanda, em razão da região metropolitana.
A queda no índice de mortalidade infantil em Curitiba foi lembrado pelo vereador Professor Galdino (PSDB).
“Na saúde, muitas vezes não se pode esperar”, disse o vereador Sabino Picolo (DEM), ao elogiar a iniciativa da secretaria em disponibilizar uma pessoa para atender exclusivamente os vereadores, que trazem os pedidos da população mais urgentes na área. Para finalizar as discussões, Felipe Braga Côrtes (PSDB) elogiou a saúde pública da capital paranaense, destacando a qualidade em relação às demais do País.