Quatro comissões especiais terminaram em 2023, Revogação de Leis continua

por José Lázaro Jr. | Revisão: Ricardo Marques — publicado 02/02/2024 16h50, última modificação 02/02/2024 17h01
Comissões especiais do Transporte, da Visibilidade Negra e duas abertas para analisar alterações na Lei Orgânica foram concluídas no ano passado.
Quatro comissões especiais terminaram em 2023, Revogação de Leis continua

Comissão de Transporte aprovou relatório com propostas para nova licitação dos ônibus em 2025. (Foto: Arquivo/CMC)

A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) chegou a ter várias comissões temporárias trabalhando simultaneamente no ano passado, mas começou em 2024 com apenas a Comissão Especial da Revogação de Leis em funcionamento. Presidido pelo vereador Professor Euler (MDB), o grupo formado por seis parlamentares tem até junho para concluir a análise de quais normas municipais ainda em vigor, mas ultrapassadas, ou em desuso, poderiam ser revogadas para simplificar o aparato legal da cidade. A expectativa do colegiado é anular até três mil leis ordinárias, analisando as normas aprovadas desde 1948

Transporte, Visibilidade Negra e duas sobre Lei Orgânica foram concluídas

Foram encerradas, em 2023, quatro comissões temporárias na Câmara de Curitiba. O destaque foi o relatório apresentado pela Comissão Especial do Transporte, que avaliou propostas para a redução do custo da passagem de ônibus, inclusive a aplicabilidade de uma política de tarifa zero em Curitiba. Após 214 dias de funcionamento, com a realização de um total de 15 reuniões, além de visitas técnicas e conversas com especialistas, o grupo presidido por Herivelto Oliveira (Cidadania) aprovou o parecer elaborado por Bruno Pessuti (Pode), com recomendações para o novo contrato do transporte, em 2025.

O relatório de Bruno Pessuti recomenda que, no próximo edital de licitação do transporte público, sejam propostos três contratos distintos, a exemplo do que já foi adotado em São José dos Campos, no interior paulista. O primeiro, sobre o fornecimento da frota, consistiria na locação de veículos elétricos à bateria, incluindo a manutenção preventiva, para a composição da frota pelo prazo de 15 anos. O segundo contrato, de operação técnica, seria para o prestador de serviço que iria operar o sistema. Já o terceiro, de infraestrutura de abastecimento, consistiria no fornecimento dos carregadores dos ônibus elétricos. A comissão foi encerrada em dezembro.

Instalada em agosto de 2021, a Comissão Especial da Visibilidade Negra era presidida por Carol Dartora (PT), que deixou o cargo para assumir o mandato como deputada federal. Giorgia Prates – Mandata Preta (PT) foi indicada para compor o grupo, em seu lugar, mas a presidência continuou vaga até o fim das atividades do grupo, no mês de novembro de 2023, com a função sendo desempenhada pelo então vice-presidente João da 5 Irmãos (União). Durante seu funcionamento, o colegiado apresentou um projeto de lei batizado de Enegrecendo Muros (005.00137.2022), que foi arquivado pela CCJ.

As outras duas comissões foram para fazer o exame de admissibilidade de mudanças na Lei Orgânica Municipal, que depois foram aprovadas pelo plenário da CMC. A primeira a ser instalada contemplava a regulamentação da licença-maternidade para vereadoras (001.00001.2022) e a restrição de parentes dos gestores públicos assinarem contratos com o Município (001.00001.2019). A segunda, a atualização da nomenclatura do órgão responsável por fiscalizar a implementação das políticas públicas de direitos humanos de Curitiba. Os presidentes foram, respectivamente, Serginho do Posto (União) e Tito Zeglin (PDT).