Qualidade de vida é prioridade na Câmara

por Assessoria Comunicação publicado 17/04/2008 18h55, última modificação 21/06/2021 09h12
“Após a chegada do climatério, ainda há um terço da vida a ser vivida. Este pode ser o período mais produtivo da mulher.” A informação é da médica Rejane Maria Ferlin, durante palestra realizada nesta quinta-feira (17), na Câmara de Curitiba, ao destacar que a expectativa de vida da brasileira subiu para 80 anos e que o climatério começa por volta dos 45 a 50 anos. O evento, que também abordou a osteoporose, contou com o apoio e presença do presidente do Legislativo, vereador João Cláudio Derosso (PSDB). “Realizamos esse trabalho com objetivo de melhorar a qualidade de vida dos nossos funcionários”, afirmou.
Assuntos relacionados aos temas, como sinais e sintomas, doenças associadas, diagnóstico e métodos de prevenção, foram detalhados por Rejane, que ainda respondeu dúvidas dos funcionários e passou um vídeo ilustrativo. Após a explanação, a médica Lilian Zimermman adiantou que na terceira semana de maio haverá exames de densitometria óssea para todos os servidores.
Climatério
O climatério é o período na vida da mulher em que os ovários começam a deixar de produzir quantidades adequadas de hormônio (estrôgenio). Segundo a médica, o primeiro indício da chegada desta fase, que acarreta modificações profundas na vida da mulher, é a irregularidade menstrual. Neste período, é muito comum que surjam sintomas, como fortes ondas de calor, insônia, irritabilidade, humor instável, alterações da memória, dores de cabeça, no corpo e articulações. “O preocupante é que a mulher fica mais propensa a ser vítima de doenças cardiovasculares, como a hipertensão arterial, o infarto do miocárdio e os derrames cerebrais”, alertou, lembrando que a osteoporose também é uma doença associada ao climatério.
Osteoporose
“A osteoporose é a diminuição da quantidade de osso no corpo de uma pessoa, o enfraquecimento”, informou Rejane. “O osso é uma estrutura viva, capaz de perder a força, ficando suscetível a fraturas.” A médica alertou para casos onde a perda óssea é mais rápida que a sua reparação. “Surge um desequilíbrio no corpo que o deixa incapaz de suportar pequenos traumatismos.” Entre as fraturas mais freqüentes, citou as de vértebras e quadris, cujas conseqüências são deformidades na coluna vertebral, perda de estatura e de locomoção. A perda óssea é iniciada a partir dos 30 anos.
Grupo de risco
Além das mulheres na menopausa, o grupo de risco é formado por pessoas de pele clara ou asiáticas, com peso abaixo de 50kg, com histórico familiar de osteoporose; que fazem uso excessivo de álcool, chá e café; que utilizam quantidade insuficiente de cálcio na dieta; que usam alguns medicamentos por período prolongado ou estão imobilizadas em uma cama ou cadeira de rodas por mais de dois meses, além de fumantes. “O tabaco é extremamente nocivo ao corpo humano, altera a absorção de cálcio e vitamina D.”
Densitometria
É um exame simples e rápido, que detecta o grau de osteoporose. O exame é feito por meio de um aparelho capaz de determinar a massa óssea do corpo, verificando a quantidade de perda óssea e o risco de fratura. Conforme a médica, o exame é fácil, indolor, não requer nenhuma preparação especial e não é necessário jejum. “No dia da realização do exame, é bom evitar medicamentos que contenham cálcio”, acrescentou.