Publicidade é alternativa para o transporte público

por Assessoria Comunicação publicado 20/02/2009 15h20, última modificação 23/06/2021 07h37
Segundo dados da URBS, atualmente dois milhões de passageiros utilizam todos os dias o Sistema Integrado de Transporte Coletivo de Curitiba, composto por 1,9 mil ônibus, que atendem 395 linhas. No dia 12 de janeiro deste ano, o valor da tarifa, que era de R$1,90, passou a custar R$2,20, levantando discussões a respeito da necessidade de prestação de contas na administração do serviço de transporte público na cidade.
De acordo com as informações do vereador Professor Galdino (PV), o Decreto 1356, de 2008, criou o Conselho Municipal de Transporte, que define políticas regulatórias de transporte coletivo urbano municipal. O conselho não visa apenas questionar o valor da passagem de ônibus. Deve viabilizar a participação da sociedade civil na fiscalização e avaliação do serviço de transporte público e aproximar as diversas classes de usuários e prestadores de serviço.
A nomeação do conselho ainda não aconteceu, mas tem sido ponto de discussão e trabalho na Câmara Municipal de Curitiba. Um dos defensores da implantação imediata do conselho é o vereador Professor Galdino, que reconhece “a legitimidade que o órgão trará para as decisões sobre o preço da tarifa, a fiscalização e a avaliação do serviço de transporte.”
Alternativas
O parlamentar sugere alternativas para subsidiar parte dos custos do transporte urbano. “Estou trabalhando em uma proposta que ainda é novidade por aqui, mas já funciona em países da Europa, como Alemanha e Inglaterra: o uso da publicidade nos cartões transporte, dentro e fora dos ônibus e nos terminais.”
Galdino, conhecido por apoiar o uso da bicicleta como meio de transporte em nome de uma vida saudável e para descongestionar o trânsito de Curitiba, já apresentou ao prefeito Beto Richa a alternativa da venda dos cartões, ônibus e terminais como espaços publicitários e está confiante sobre a viabilidade da proposta: "Dois milhões de usuários. Que publicitário não vê isso como um mercado em potencial?”, questiona.