"Provarei minha inocência", diz vereador ao pedir abono de falta

por Assessoria Comunicação publicado 04/10/2016 13h35, última modificação 08/10/2021 10h50

Com os votos contrários de Bruno Pessuti (PSD), Carla Pimentel e Rogerio Campos, ambos do PSC, a Câmara de Curitiba acatou, nesta terça-feira (4), a justificativa de ausência do Professor Galdino (PSDB) à segunda chamada da sessão do dia 14 de setembro (402.00251.2016). Na ocasião, o vereador foi acusado de agressão pela parlamentar do PSC e levado à delegacia (entenda o caso).

Ao defender o abono, cuja votação havia sido adiada devido a sua ausência em plenário nas duas semanas após o episódio, Galdino subiu pela primeira vez à tribuna da Casa: “Não vou entrar no mérito do meu problema com a vereadora, isso ficará para a comissão [processante] instalada. Provarei minha inocência. Só terminei meu depoimento às cinco da tarde”.

Para Galdino, a Câmara não pode ter “dois pesos e duas medidas”, em referência à aprovação de justificativas de parlamentares que foram à delegacia prestar depoimento como testemunhas de Carla Pimentel (leia mais). “Tive um problema com a vereadora e tive que me ausentar do plenário por motivo de força maior, contra minha vontade. Não tive culpa no cartório mas tive que prestar depoimento. O que é justo é justo. Foi constrangedor, mas já passou”, completou.

Em seguida, Chicarelli (PSDC) foi à tribuna da Casa encaminhar o voto favorável à justificativa. Apesar de afirmar que não queria “entrar no mérito da questão”, ele elogiou Galdino pela defesa da causa animal, criticou outros requerimentos de justificativas de faltas já aprovados e disse que foi “vergonhoso” terem chamado a Guarda Municipal para que o colega da oposição fosse detido. Também afirmou que a ligação partiu do presidente do Legislativo, Ailton Araújo (PSC), ou do líder do prefeito, Paulo Salamuni (PV).

“Foi vergonhoso o que fizeram com o Professor Galdino aqui. Não estou dizendo a atitude da Carla Pimentel, não estou criticando o que aconteceu, é um problema de homem e mulher, mas o pós-atitude. Chamar um camburão, uma polícia pra levar um vereador desta Casa, [a] que desvalorização chegou [sic] os senhores. Vamos lutar por um Parlamento, por uma valorização do vereador”, acrescentou Chicarelli. Para o parlamentar, isso poderia ter acontecido com ele ou outro opositor.

“Já desagravo o presidente e a Mesa. Fico impressionado pela confusão mental de alguns colegas que utilizam a tribuna”, disse Salamuni, que negou ter feito a ligação para a Guarda Municipal. O vereador disse que pediu o adiamento da votação para que Galdino pudesse se justificar e encaminhou pela aprovação do requerimento. “Não tem nada a ver com o mérito da questão”, ponderou.

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